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      • slugcuidadores-informais-idosos
      • nameCuidadores Informais - Idosos
      • descriptionAo longo da nossa vida somos educados e inspirados por pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia. Inicialmente, olhamos para elas como “super-heróis” que nos salvam em situações de apuros, alguém que nos inspira e que, mais tarde, acaba por se tornar referência de vida. Podemos estar a falar dos nossos pais, avós, tios, ou alguém que de certa forma nos tenha marcado para sempre. No entanto, com o avançar do tempo os nossos ídolos ficam mais frágeis, mais vulneráveis e mais dependentes. No fundo, as funções acabam por se inverter: aqueles que antes eram os nossos heróis passam a depender de nós, e quando esse momento chegar, é a nossa vez de retribuir o cuidado e o carinho, mas não é uma tarefa simples. Nestas ocasiões, é normal haver muitas dúvidas ou até receios, e é mais do que natural não nos sentirmos preparados para tomar conta de idosos, sobretudo se o grau de dependência for muito elevado. Se este é o seu caso, então este curso é mesmo para si!
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      • bioLicenciada em Serviço Social pelo Instituto Superior de Serviço Social do Porto no ano 2007, exerceu funções de Técnica Superior de Serviço Social até final de 2014. Durante este período assumiu também a Coordenação de um centro de dia, serviço de apoio domiciliário e exerceu o cargo de Diretora de Serviços numa Instituição Particular de Solidariedade Social. Desenvolveu um trabalho de investigação na área da Gestão da Qualidade numa Instituição Particular de Solidariedade Social certificada que lhe concedeu o grau de Mestre em Gerontologia Social pelo Instituto Superior de Serviço Social do Porto. Em 2015 concluiu o Curso Geral Gestão pela Porto Business School.
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M1L1_1.mp4
            • scriptAo longo da nossa vida somos educados e inspirados por pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia. Inicialmente, olhamos para elas como “super-heróis” que nos salvam em situações de apuros, alguém que nos inspira e que, mais tarde, acaba por se tornar referências de vida. Podemos estar a falar dos nossos pais, avós, tios, ou alguém que de certa forma nos tenha marcado para sempre. No entanto, com o avançar do tempo os nossos ídolos ficam mais frágeis, mais vulneráveis e mais dependentes. No fundo, as funções acabam por se inverter: aqueles que antes eram os nossos heróis passam a depender de nós, e quando esse momento chegar, é a nossa vez de retribuir o cuidado e o carinho, mas… não é uma tarefa simples! Nestas ocasiões, é normal haver muitas dúvidas ou até receios... e é mais do que natural não nos sentirmos preparados para tomar conta de idosos, sobretudo se o grau de dependência for muito elevado. Se este é o seu caso, então este curso é mesmo para si! Os cuidadores informais devem ter consciência da responsabilidade que têm em mãos e de todas as ferramentas que têm ao seu alcance para oferecer o melhor aos seus heróis de antigamente. Cuidar de um idoso, seja ele pai, mãe, tio ou amigo, é muito mais do que um encargo: é uma verdadeira homenagem a quem contribuiu de forma decisiva para quem somos hoje. O meu nome é Carla Balbino e sejam bem-vindos ao curso sobre Cuidadores Informais. Vamos começar!
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            • scriptO primeiro mito que devemos desfazer no início deste curso é a ideia de que ser idoso é sinónimo de doença, de menor autonomia ou até mesmo de dependência total dos outros. A verdade é que é possível envelhecer de forma activa e com qualidade. No entanto, como sabemos, é inevitável que as transformações bio-psico-sociais que todas os idosos atravessam dêem origem a algumas doenças que, muitas vezes, levam o idoso à dependência física ou psíquica de outros. Mas… na qualidade de cuidadores informais, como devemos lidar com o envelhecimento dos outros e daqueles de quem vamos cuidar? Que ajudas sociais temos ao nosso dispor? Neste curso vamos dar-lhe todas as respostas para as suas questões! [1] Primeiro vamos falar sobre quais as consequências do envelhecimento; Vai aprender tudo o que precisa para ser um bom cuidador; Dar-lhe-ei alguns exemplos práticos para que possa saber como agir nos mais diversos cenários de urgência; Falaremos também sobre as respostas sociais que tem ao seu dispor; e finalmente, vou explicar-lhe quais os direitos dos idosos . [/5] No final do curso, vai ver que toda esta informação lhe será muito útil para que consiga fazer um melhor trabalho, em harmonia consigo, com a pessoa que tem ao seu cuidado e com a sociedade.
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            • scriptConsidera-se uma pessoa cheia de vida e força? Sente que essa energia toda nunca vai acabar? A verdade é que hoje podemos ser as pessoas mais activas do mundo. Temos a vontade, a disponibilidade física…tudo parece fácil…. Mas às vezes esquecemo-nos que esta capacidade… não dura para sempre! A má notícia é que a cada dia que passa, a cada segundo, desde o dia do nosso nascimento, estamos um pequenino passo mais perto da velhice. [6] Mas afinal, o que é o envelhecimento? Trata-se de um processo natural, universal e irreversível a todos os seres humanos, uma vez que implica um conjunto de transformações ao longo da vida de cada um de nós, independentemente da nossa vontade e do avanço da própria ciência. Na verdade, envelhecer é um ato único, individual e heterogéneo pois depende de factores internos e externos ao individuo, isto é, depende do seu património genético e do estilo de vida adotado ao longo do seu percurso. [/6] São estes factores que explicam o facto de todos nós envelhecermos de forma diferente. A fase da velhice é considerada uma das fases mais importantes da vida, “chega meio de mansinho sem fazer-se sentir”, mas de repente, está-se velho para as outras pessoas. Para que perceba melhor este fenómeno, vamos falar sobre dois conceitos distintos e que são fundamentais antes de falarmos dos cuidados informais: o envelhecimento individual e o envelhecimento demográfico.
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            • scriptO envelhecimento demográfico está relacionado com a longevidade dos indivíduos, ou seja, com a esperança média de vida. Hoje em dia existe uma grande preocupação com o aumento do número de idosos em comparação com o número de jovens. É que dantes as pessoas morriam mais cedo, mas ao mesmo tempo cada família tinha quatro a cinco filhos, o que fazia com que as gerações se renovassem facilmente. Hoje já não é bem assim, pois não? Pelo contrário: as pessoas vivem cada vez mais tempo, mas têm cada vez menos filhos. [7] Isto acontece devido a um conjunto de fatores como: o aumento da esperança média de vida, fruto do desenvolvimento da medicina, com vacinas e medicamentos cada vez mais avançados; verifica-se também uma descida da fecundidade, uma vez que surgiram métodos contracetivos que controlam a natalidade. E depois, claro, temos os fatores económicos, que obrigam a grande maioria dos casais um pouco por todo o mundo ter menos filhos para terem menos despesas. [/7] Portanto, as alterações demográficas podem ser explicadas por diversos fenómenos que foram ocorrendo, particularmente em termos da redução da natalidade e da redução da mortalidade. [8] A redução da natalidade que se tem vindo a verificar pode ser explicada pelas mudanças sociais que ocorreram nas últimas décadas, nomeadamente no que respeita à entrada das mulheres no mundo do trabalho, deixando para segundo plano a maternidade. Por outro lado, verificou-se também uma melhoria das condições de higiene e alimentação que influenciou, sem dúvida, o aumento da esperança média de vida. [/8] Segundo alguns autores, a velhice como problema social não é um resultado mecânico do crescimento demográfico...Contudo, é necessário analisar o contexto social onde o envelhecimento se desenrola. E de facto, este fenómeno começa ser reconhecido como um problema social pelas instituições de alguns países, uma vez que deixa de ser uma questão privada e passa a ser visto como um problema público. Na verdade, trata-se de algo que exige soluções coletivas, geralmente sob a forma de regulamentos comuns que permitem definir os direitos, equipamentos ou recursos económicos disponíveis.
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            • scriptComo sabe e bem, o nosso corpo é submetido a uma série de transformações ao longo da nossa vida, e por isso é necessário compreender que os sentidos e capacidades das pessoas vão ficando mais fracas. [9] Este processo é conhecido como envelhecimento biológico. Por exemplo, o olfato diminui, a visão começa a perder qualidade e o paladar também fica mais enfraquecido… Além disso, o próprio metabolismo fica mais lento, a digestão mais difícil e com o tempo acabamos por ficar mais suscetíveis a doenças…. E a verdade é que todas estas modificações biológicas vão influenciar o processo de envelhecimento e as vivências do idoso. [/9] Como também já deve ter ouvido falar, as pessoas deviam ser mais responsáveis com a sua saúde em vez de ignorar aqueles pequenos sinais que vão aparecendo com o tempo.… É que só assim é possível prevenir e travar a evolução de doenças, que em determinada fase são possíveis de serem completamente tratadas. Por exemplo: imagine o seu carro. Se o seu carro começa a fazer um pequeno barulho no motor, tenho a certeza que o leva logo ao mecânico. Certo? O mesmo já não acontece consigo, pois não? Se hoje sentir uma dor estranha no seu corpo provavelmente vai pensar “ó, isto passa!”. De alguma forma é estranho não é? Somos mais cuidadosos com o nosso carro do que com nós próprios! E quem diz carro, diz outra coisa qualquer como a televisão de sala que não muda bem de canal, os canos de cozinha que pingam … Mas quando sentimos uma picada nas costas, simplesmente pensamos “ó, Isto não é nada!”. A verdade é que estes comportamentos devem ser alterados! Devemos realizar consultas médicas e exames de rotina com regularidade para que possamos envelhecer com consciência e com maior qualidade de vida! Na fase mais avançada da velhice é ainda mais importante o idoso, ou a própria família, estarem atentos a qualquer sinal que o corpo possa indicar, para ser diagnosticado a tempo de se encontrar uma solução. [10] No entanto, com o envelhecimento, também se verifica aquilo que é conhecido como envelhecimento psicológico. Aqui as pessoas são sujeitas a algumas alterações ao nível cognitivo que podem apresentar um declínio (ligeiro, moderado ou acentuado) da memória, da capacidade de raciocínio, da percepção e da atenção. [/10] [11] Nestes casos é necessário estar vigilante quanto ao discurso verbal, à articulação das palavras, à consciência temporal e espacial e ao reconhecimento de objectos, entre outros exercícios que ajudem a perceber se chegou o momento de solicitar uma consulta médica. Assim, devemos apostar em estratégias e jogos que permitem a estimulação cognitiva de forma a retardar a perda das capacidades, muitas vezes associada a estados degenerativos ou demenciais. [/11] [12] Por fim, mas não menos importante, temos o envelhecimento social, isto é, a mudança de papéis sociais que uma pessoa enfrenta à medida que os anos vão passando. Por exemplo, imagine uma pessoa que ao longo da vida sempre foi pai, marido, sempre teve a sua profissão, enfim… uma pessoa que sempre foi ativa. Só que, com o passar do tempo, estas coisas mudam e o nosso papel na sociedade também muda. Deixamos de ser apenas pais e mães para ser avós, passamos para a idade da reforma e acabamos por ter uma vida completamente diferente da que sempre tivemos. [/12] Para concluir, devemos ter consciência que existem padrões de envelhecimento distintos. Por exemplo, duas pessoas podem ter a mesma idade cronológica mas possuir características diferentes, sejam elas fisiológicas, psicológicas ou sociais. É de facto errado pensar que envelhecer significa à partida que vamos ficar incapacitados e doentes, ou que envelhecer é algo triste e penoso…..nada mais errado! De certeza que alguma vez na sua vida já pensou para si mesmo: “bolas…aquele senhor tem oitenta e tal anos mas continua rijo!”. Já ou não já? Envelhecer não tem de ser mau; é simplesmente o reflexo da sua postura em relação à sua vida. Por isso, cada pessoa envelhece de forma diferente e única.
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            • scriptLembra-se de no início deste curso termos falado nos heróis da nossa vida? Os nossos pais, mães, avós, amigos…. Pois bem, com o passar do tempo estas pessoas irão ficar mais debilitadas e frágeis... e, no fundo, estes antigos heróis vão acabar eles próprios por precisar de… heróis que olhem por eles e lhes prestem os merecidos cuidados. Ora… estes novos heróis são conhecidos como cuidadores informais! [/13] Um cuidador informal é quem tem a responsabilidade de cuidar de uma outra pessoa, garantindo que as suas necessidades básicas são satisfeitas. Nos casos mais comuns, estas pessoas são na maioria idosos que não têm capacidade de viver de forma independente, bem como cumprir os atos necessários à sua sobrevivência. [/14] Normalmente, o papel de cuidador informal é assumido por familiares, amigos ou vizinhos da pessoa incapacitada e, por norma, não têm qualquer tipo de formação profissional para o cargo que vão desempenhar. Estes cuidados são, por isso, feitos numa base informal, sem qualquer remuneração ou contrato… No entanto, apesar de muitas vezes os idosos preferirem ser tratados por pessoas conhecidas, a família deve saber identificar as situações em que os seus cuidados não são suficientes, sendo necessária a intervenção especializada por parte de cuidadores formais, ou seja, de uma equipa profissional.
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            • scriptNormalmente, tornar-se cuidador não é fruto de um processo livre e consciente de escolha, até porque muitas vezes as opções são poucas...desde a oferta de alternativas institucionais ao modo como a família elege o cuidador principal. [15] No entanto, é importante que os cuidadores informais, tais como os formais, possuam determinadas qualidades éticas e morais, de forma a possibilitar relações de confiança, dignidade e respeito. No fundo, devem saber respeitar a pessoa que têm aos seus cuidados bem como compreender que a sua condição debilitada a torna dependente de si. Mas quais são as características que estes cuidadores devem ter? Aqui podemos falar em dois grandes grupos: as qualidades emocionais e as qualidades físicas. [/15] [16] As Qualidades emocionais são de extrema importância, já que os cuidadores devem possuir um forte equilíbrio emocional e facilidade de relacionamento humano. Além disso, devem ter a capacidade de compreender os momentos difíceis vividos pelo idoso, adaptar-se às mudanças sofridas por ele e pela família, bem como saber gerir bem as situações de frustração pessoal. [/16] [17] Quanto às qualidades físicas, é importante que os cuidadores possuam saúde física, incluindo força e energia, condições essenciais nas situações em que há necessidade de carregar o idoso ou dar apoio para se vestir e cuidar da higiene pessoal.[/17] De facto, os cuidadores informais são a extensão emocional e física das pessoas a quem estão a prestar auxílio. São eles que no fundo estão lá para ouvir os seus desabafos, ouvir as suas histórias e fazer companhia naquele que é possivelmente o momento mais delicado das suas vidas. Além disso, estas pessoas sentem uma enorme frustração por se sentirem fisicamente limitadas, e é nesses momentos que os cuidadores devem ser mais solidários. Não há dúvida que os cuidadores informais são um pilar importantíssimo para os idosos debilitados. No entanto, os restantes elementos da família, os amigos e vizinhos são também fundamentais para que todo este processo seja o mais equilibrado possível, tanto a nível físico como psicológico.
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            • scriptÉ habitual pensarmos na família como o lugar onde naturalmente nascemos, crescemos e morremos... ainda que nesse longo percurso possamos ter mais do que uma família. [18] Este é, então, um espaço privilegiado para a elaboração e aprendizagem de várias formas de interação humana... desde a linguagem, a comunicação e as relações interpessoais. Além disso, a família é também o espaço onde desenvolvemos relações afetivas profundas: a filiação, o amor,... enfim, é em família que construímos um conjunto de emoções e afetos que, no fundo, vão moldar a nossa personalidade e que dão origem ao sentimento de pertença. [/18] Neste sentido, a família é a unidade básica de suporte a todos aqueles que careçam de cuidados, sejam eles crianças, jovens, adultos ou idosos. Assim, quando falamos em cuidadores informais, espera-se que as redes familiares apoiem os idosos, principalmente quando as suas capacidades funcionais diminuem e a autonomia não é mais possível. Por isso, a família é muito importante no apoio instrumental ao idoso e no seu bem- estar psicológico. [19] No entanto, importa também dizer que, com a evolução da sociedade a família tem vindo a sofrer grandes transformações ao nível da sua estrutura. Como bem deve saber, dantes as famílias eram muito mais alargadas, privilegiando-se a solidariedade inter-geracional. Ou seja, as famílias eram tão grandes que era muito mais fácil haver entreajuda entre os vários elementos da família. Um casal tinha muitos filhos, que por sua vez também dava muitos netos, e assim sucessivamente, criando-se uma teia familiar muito vasta. Se uma pessoa mais velha adoecesse, era fácil prestar-lhe auxilio uma vez que o número de pessoas disponível era muito amplo. Atualmente, verifica-se um modelo mais assente na separação física e económica da família de origem. Assim, o papel da família no apoio aos seus elementos mais velhos tem vindo a reduzir-se e a tornar-se mais difícil. Além disso, as famílias tornaram-se muito mais pequenas e, ao contrário do que acontecia há umas décadas, as mulheres hoje participam de forma muito mais ativa na sociedade, abandonando os cuidados do lar. [/19] Deste modo, o apoio inter-geracional que se verificava ao longo das épocas ficou comprometido, devido a estas transformações sociais e familiares. Transformações que contribuíram para uma descontinuidade na prestação de cuidados aos idosos, comprometendo o bem-estar dos mesmos. Ainda assim, apesar de todas as transformações, o papel da família é vital para o bem-estar do elemento que carece de cuidados, já que é nela que encontra o máximo conforto, a confiança e o total sentimento de pertença. No fundo, é em contexto familiar que estas pessoas mais carenciadas, sobretudo os idosos, encontram o carinho, a compreensão e tranquilidade necessários para encarar as limitações que enfrentam no seu dia-a-dia.
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            • nameImportância dos Amigos e Vizinhos
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            • scriptTodos nós precisamos de amigos! Na verdade, os amigos são verdadeiros companheiros para toda a vida, sobretudo as amizades que conservamos durante muitos anos. É com eles com quem contamos, seja nos bons ou nos maus momentos e muitas vezes acabamos por encontrar neles… uma nova família! Estes amigos podem ser antigos colegas de escola, de trabalho, ou até os vizinhos de sempre, e é nestas pessoas em quem podemos confiar no caso de uma necessidade…inesperada! Além dos amigos, os vizinhos são também importantes, sobretudo na ausência de elementos da nossa família. [20] Na verdade, os amigos e vizinhos são uma importante parte das redes de apoio informal, implicando múltiplos aspectos que vão desde o apoio emocional, às oportunidades de socialização, até ao apoio instrumental. [/20] Quantas vezes, por exemplo, não fomos bater à porta do vizinho para pedir um pouco de sal? Seguramente que em casos de maior necessidade, os amigos e vizinhos vão estar ao nosso lado para nos ajudar! Este apoio acaba por envolver expressões de amor e afeição, o que é fundamental quer para a pessoa debilitada, quer para o cuidador. Por tudo isto, o encontro com amigos e vizinhos é visto como um apoio muito estimulante e positivo, o que contribui para o bem-estar geral de quem mais precisa. [21] O apoio prestado pelos nossos amigos ou vizinhos na tarefa de cuidar de uma pessoa debilitada pode dividir-se em duas categorias: apoio emocional e apoio informativo. Quando falamos em apoio emocional, falamos em fatores como a empatia, o carinho, o amor e confiança. Além disso, é importante saber ouvir e interessar-se pela situação destas pessoas, o que vai reforçar a ligação de amizade. [/21] [22] Por fim, temos o apoio informativo. Este tipo de apoio está relacionado com informações que podem ser úteis para lidar com os diversos problemas que os cuidadores ou as pessoas debilitadas terão de enfrentar. Por exemplo, os amigos e vizinhos podem-nos dar conselhos sobre quais as melhores clínicas ou centros de saúde a visitar, que tipo de materiais de auxílio são mais adequados, ou até partilhar experiências passadas que são semelhantes àquela que estamos a viver. [/22] Neste contexto, importa salientar que a relação com amigos e vizinhos difere da que se mantém com familiares, porque no fundo resulta das nossas escolhas, feitas com base no próprio meio social da pessoa. São até bastante comuns os casos em que as pessoas têm uma relação mais saudável com os amigos e vizinhos do que com a família, sobretudo quando a única família disponível vive no estrangeiro ou quando há casos de conflito. Todos estes fatores vêm reforçar a importância dos nossos amigos, não apenas ao longo da vida, mas sobretudo em situações de maior necessidade. A famosa frase de Shakespeare que diz que “os amigos são a família que escolhemos” de certeza que lhe é... familiar!
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            • nameBenefícios de Cuidar
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            • scriptNa maior parte dos casos, as circunstâncias que nos levam a cuidar de alguém não são as melhores. Devemos admitir que são fases difíceis e que, em casos mais complicados, podem ter um impacto muito forte na família e amigos. No entanto, ter a responsabilidade de cuidar de um familiar pode ser das experiências mais enriquecedoras que podemos vivenciar. De acordo com especialistas na área, desempenhar o cargo de cuidador informal pode mesmo ser bastante benéfico, quer para a pessoa responsável, quer para a pessoa debilitada. [23] Estes efeitos benéficos referem-se a sentimentos positivos ou a retornos práticos para a vida do cuidador, uma vez que a tarefa pela qual é responsável tem um significado existencial muito forte. Além disso, esta dimensão positiva do cuidar representa uma mais-valia para os cuidadores informais, na medida em que a relação entre ambos poderá ser fortalecida quando tem por base um sentimento de gratificação pessoal. [/23] [24] Vários estudos apontam que os aspectos positivos vivenciados pelos cuidadores são: crescimento pessoal; aumento do sentimento de realização; melhoria do relacionamento interpessoal; aumento do significado de vida... e bem-estar com a qualidade do cuidado oferecido. [/24] [25] Nesses mesmos estudos, grande parte dos cuidadores referiu que o ato de cuidar permitia-lhes valorizar as coisas simples da vida; aumentar a capacidade para resolver conflitos e aceitar melhor o seu próprio envelhecimento. [/25] Como dissemos anteriormente, muitas vezes os motivos que estão por detrás da necessidade de tomar conta de alguém não são os melhores. No entanto, como em tudo na vida, há que olhar sempre para o lado positivo e conseguir viver o melhor da situação. O contacto direto com a vida plena de um idoso, por exemplo, revela-se como aspeto positivo e benéfico para os cuidadores, já que com ele pode divertir-se e aprender, ao mesmo tempo que o protege… e quem sabe, conhecer um lado seu que não conhecia!
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            • nameSobrecarga dos Cuidadores Informais
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            • scriptCuidar de alguém pode ser de facto uma experiência muito gratificante… no entanto, esta é uma tarefa bastante exigente e, se não for bem gerida, pode levar à sobrecarga do cuidador informal. [26] Quando falamos em sobrecarga referimo-nos a um conjunto de problemas, físicos, psicológicos e sócio económicos que decorrem da tarefa de cuidar, suscetíveis de afetar diversos aspectos do individuo, nomeadamente as relações familiares e sociais, a carreira profissional, a intimidade, a liberdade e o equilíbrio emocional. [/26] Proporcionar cuidados durante um longo período de tempo pode ser esgotante a nível físico e psicológico, intervindo de forma agressiva na saúde e bem-estar do cuidador. Há autores que referem que o sistema imunitário dos cuidadores é mais frágil comparado com o de não cuidadores. Por isso, há que ter em conta a idade do cuidador... e como a maior parte dos cuidadores principais são idosos, estes acabam por ficar mais expostos a problemas de saúde do que os mais novos. [27] Ainda assim, o mais comum em situações de desgaste é o aparecimento de sintomas depressivos… e aqui é comum os cuidadores informais apresentarem sentimentos como tristeza, desespero, frustração, inquietação, entre outros, sobretudo devido à redução de tempo livre, ausência de apoio, ou até pelos conflitos familiares. [/27] Além disso, o cuidador pode ainda exercer uma atividade profissional, tornando a tarefa ainda mais difícil de gerir, sobretudo quando falamos de filhos adultos. No entanto, é preciso dizer que esta situação tanto pode ser benéfica como nefasta para o cuidador. É positiva porque permite conviver com amigos e colegas, quebrando as rotinas das tarefas de prestação de cuidados; mas tem também o lado mais difícil, principalmente pela dificuldade em conciliar as obrigações quer da profissão, quer dos cuidados a prestar ao idoso. [/28] [29] A verdade é que o impacto da tarefa de cuidar pode trazer uma série de alterações a nível profissional, como por exemplo.. alterar o horário, porque o cuidador tem de sair do trabalho para acompanhar o idoso em consultas médicas ou dar-lhe a medicação… e ainda a diminuição do número de horas de trabalho, por causa das sucessivas interrupções e alguns atrasos. [/29] Como já referimos, cuidar de um idoso em situação de dependência exige muita dedicação. Muitas vezes, o cuidador não dispõe de muito tempo, mas quando se dedica a cuidar de si… surge um sentimento de culpa, por deixar o idoso aos cuidados de outra pessoa. E isto é muito importante: o idoso não deve ficar sozinho enquanto o cuidador cuida de si, mas sim pedir alguém para estar com ele durante a sua ausência. Em todo o caso, é normal que possa existir esse sentimento, apesar de o idoso estar acompanhado. Neste tipo de situações, a redução das actividades, sobretudo sociais, é bastante frequente e pode ser duplamente negativo: ora, se o cuidador tem menos tempo, estabelece menos relações sociais e fragiliza as que já tinha… logo, tem menos hipótese de encontrar apoio social. Um idoso dependente na esfera familiar altera indiscutivelmente o ciclo de vida da família, podendo afectar as pessoas na sua individualidade e autonomia. Aqueles que desempenham um papel de cuidador informal tentam equilibrar as necessidades do idoso com as suas e, muitas vezes, com as dos outros elementos da família. Nestes casos, é comum os cuidadores sentirem fúria, frustração, sentimentos de culpa e tristeza. [/30] Como podemos ver, tomar conta de um idoso não é de todo uma tarefa fácil! Apesar de ter muitos aspectos positivos, é necessário entender as consequências de cuidar de alguém que depende totalmente de nós. Por estes motivos, um cuidador informal deve ter as características emocionais, físicas e psicológicas que lhe permita desempenhar as suas funções de forma a satisfazer as necessidades humanas do idoso. No entanto, pode haver casos em que o cuidador, por si só, não tem capacidade para fazer tudo sozinho, pondo em causa quer a sua saúde física e mental, quer o bem-estar da pessoa que tem aos seus cuidados. Nestas situações, os cuidadores devem sempre ter em consideração as respostas sociais existentes ao seu dispor... E não se deve esquecer que a sua saúde é muito importante quando falamos em cuidar de um idoso, porque só tratando bem de si poderá tratar bem dos outros.
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            • scriptEnquanto cuidadores, no dia-a-dia, precisamos de frequentar obrigatoriamente alguns serviços comunitários.... Ora vamos ao centro de saúde porque o idoso tem uma consulta médica, ora passamos pelo hospital em casos de urgência, internamento ou até para exames médicos. Também há casos em que vamos visitar o idoso ao centro de dia, ou quando vamos à Junta de Freguesia porque um vizinho encontra-se um pouco sozinho e desamparado... Ou aquelas vezes em que vamos à Segurança Social tratar do complemento social para Idosos....Enfim, uma série de situações, como pode ver...Mas... a verdade é que muitas vezes sentimo-nos perdidos, sem saber o que fazer nem onde nos dirigir para tratar de um determinado problema. Aliás, há mesmo situações em que nos mandam ir a tantos sítios, encaminham-nos tantas vezes... que acabamos por nos sentir verdadeiras bolas de ping pong, o que pode ser um bocadinho desesperante! Ora, com este módulo vou procurar dar-lhe os conselhos mais simples para que saiba o que fazer nestas situações! Vai ver que assim saberá como agir da melhor forma em prol do idoso.
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            • nameNota Prévia
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            • scriptAntes ainda de começarmos este módulo, importa fazer uma nota muito importante. Todos os casos práticos que vamos apresentar de seguida são apenas alguns exemplos que têm como objectivo orientá-lo na eventualidade de não saber como agir em cada situação. Por exemplo, se tiver que se dirigir a um Hospital na sequência de algum problema, as indicações que lhe serão dadas dependerão sempre da análise realizada pelo técnico que acompanha o seu caso. Significa isto que não existem dois casos iguais e que a avaliação irá sempre depender de uma série de factores, como a situação económica, estado de saúde do idoso, entre outros.
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            • nameCentro de Saúde
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            • script[31] Para começarmos, imagine o seguinte cenário... um idoso que vive sozinho, sem retaguarda familiar e que tem dificuldades de locomoção que se vão agravando de dia para dia. Numa consulta com o seu médico de família, este idoso refere que preferia estar num lar do que estar sempre sozinho em casa.... O que se compreende... É que estar sozinho em casa acaba por ser sempre mau, não só pela solidão, mas também porque desta forma o idoso fica mais vulnerável caso aconteça algum acidente. Além disso, estar sempre sozinho faz com que o idoso se sinta menos protegido, sobretudo durante a noite. Ora, sendo assim, o médico encaminha o caso para o assistente social do centro de saúde. O assistente social, por sua vez, avaliará o caso concreto e tomará as medidas que considerar necessárias, de forma a garantir o bem-estar do idoso. Enquanto aguarda pela disponibilidade de integrar um lar e, tendo em conta a situação do idoso, o assistente social poderá propor a sua integração num centro de dia onde ficava acompanhado, em segurança, convivia com outras pessoas e apenas regressava a casa no final do dia. Se não quisesse sair de casa, o assistente social poderia propor um serviço de apoio domiciliário que o auxiliasse na satisfação das necessidades básicas da vida diária (como alimentação, higiene pessoal, higiene do espaço, etc). Além disso, dependendo da situação económica do utente, o assistente social poderá também informá-lo e orientá-lo sobre os direitos e complementos a que poderá ter acesso no seu caso em concreto. [/31]
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            • script[32] Imagine agora um idoso de 78 anos que vive com a sua esposa de 79 anos e que, por algum motivo, é encaminhado pelo INEM para as urgências do Hospital da sua área de residência. Nisto, a equipa médica chega à conclusão que o idoso teve um AVC e que por isso ficou paralisado do seu lado direito ao nível dos membros superiores e inferiores. Como pode ver, esta é uma situação complexa...o que fazer agora? [/32] [33] Neste caso, o assistente social do hospital poderá avaliar a situação económica, social e familiar deste agregado e procurar encontrar a solução que seja mais adequada a este caso em particular. Por exemplo: poderá apoiar na procura de uma entidade que preste o serviço de apoio domiciliário que auxilie nas tarefas diárias; analisar a necessidade, por exemplo, de uma cama articulada, ou ainda outra ajuda técnica que o assistente social considere relevante para o caso. [/33]
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            • nameInstituição Particular de Solidariedade Social
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            • scriptNas Instituições Particulares de Solidariedade Social os utentes que frequentam as suas valências (como os centros de dia, serviço de apoio domiciliário ou centro de convívio) têm, antes de mais, direito aos serviços solicitados. [34] A mais-valia destas instituições é que os técnicos e colaboradores têm uma maior proximidade com o utente do que outros organismos que frequentam pontualmente. Além disso, nas Instituições Particulares de Solidariedade Social, como o serviço é diário, isso permite que as equipas possam actuar mais rapidamente em caso de necessidade. [/34] [35] Por exemplo: todos os dias vão prestar apoio na higiene pessoal ao utente. Se verificarem que ele não está bem naquele dia, chamam o INEM, avisam a família, etc. Ou então, se com o acompanhamento diário perceberem que o utente vive só e já não tem condições de saúde para estar sozinho, procuram com o utente e/ou família a melhor solução para o caso. É importante lembrar que os técnicos têm como objectivo melhorar a qualidade de vida do idoso. Para tal, tomam medidas internas e externas através da articulação com outras entidades que consideram necessárias para tratar dos casos. [/35]
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            • nameJunta de Freguesia da Área de Residência
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            • scriptAs Juntas de Freguesia normalmente têm um assistente social responsável pelas pessoas daquela área de residência. Ou seja, qualquer pessoa que pertença àquela área pode solicitar um atendimento social. No caso dos idosos mais isolados, sem retaguarda familiar e sem redes de apoio social, é comum os vizinhos ou polícia de proximidade referenciarem o caso e solicitarem o apoio do assistente social por diversos motivos: [36] más condições habitacionais, fracos cuidados pessoais ou até fraca nutrição. Ora, sendo uma pessoa da freguesia, o assistente social poderá realizar uma visita domiciliária com o intuito de diagnosticar a situação e articular com as entidades que considerar adequadas ao caso em concreto. [/36] [91]Para que compreenda melhor, imagine um idoso que vive sozinho, que ainda é autónomo, mas que tem péssimas condições habitacionais. Neste caso em particular, o assistente social vai avaliar essas condições ao nível habitacional, as condições do idoso e procurar a melhor solução. Essa solução poderá passar por encontrar uma nova habitação, propor que frequente um centro de dia, integração em Lar, entre outras possibilidades. É importante ter em conta que o técnico será a pessoa indicada para avaliar o caso e assim sugerir as soluções mais adequadas. [/91]
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            • nameSegurança Social
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            • scriptA Segurança Social é um sistema que pretende assegurar direitos básicos e a igualdade de oportunidades, bem como promover o bem-estar e a coesão social para todos os cidadãos portugueses ou estrangeiros que exerçam actividade profissional ou residam no território. [37] Por isso, a Segurança Social tem o dever de salvaguardar as pessoas dos imprevistos relacionados com o trabalho, e dos acontecimentos naturais como o nascimento, a doença e o falecimento. [/37] [38] Além disso, o Estado também procura acautelar diversas situações, como a perda da capacidade de trabalhar ou a impossibilidade de obter rendimentos suficientes que permitam satisfazer as suas necessidades básicas. [/38] Importa também dizer que a Segurança Social é o organismo público que poderá auxiliar nas questões sociais, como por exemplo no acesso a direitos e obrigações dos utentes. Quando pretende requerer um subsídio ou complemento, terá que preencher o respectivo formulário, entregar na segurança social e a avaliação é realizada por eles. No caso de integração em lar, solicita-se o atendimento social para que o técnico faça avaliação e verifique a disponibilidade existente para o caso. Não devemos esquecer que quando recorremos à Segurança Social, o técnico avalia a situação e toma as medidas que considerar necessárias. Ou seja, podemos estar perante um caso de apoio económico, apoio domiciliário, integração em lar, etc, dependendo, claro, de cada situação.
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            • nameCentro de Convívio
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            • scriptO Centro de Convívio é uma resposta social desenvolvida num equipamento de apoio a atividades sociais, recreativas e culturais. Estas são organizadas e dinamizadas com a participação ativa das pessoas idosas, sendo que a maioria é independente e assume ainda o comando da sua vida em tarefas como cozinhar, ir ás compras, pagamentos de serviços, entre outros. [/39] Nestes centros de convívio, a parte da tarde é normalmente o momento da diversão! Aqui os idosos participam em actividades de grupo, convivem, conversam, lêem o jornal... enfim, tudo aquilo que quiserem fazer para relaxar um pouco! Concluindo, podemos dizer que os centros de convívio tem como objetivo principal prevenir a solidão e o isolamento, incentivar a participação e inclusão dos idosos na vida social local, fomentar as relações interpessoais e intergeracionais...e ainda contribuir para retardar ou evitar ao máximo o internamento em instituições.
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            • nameCentro de Dia
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            • scriptO Centro de Dia é uma resposta social que acolhe pessoas com diferentes graus de dependência, contribuindo para a manutenção no seu seio familiar. Além disso, presta um conjunto de serviços que ajudam na sua valorização pessoal e partilha de conhecimentos, proporcionando ainda, durante o dia, a resolução de necessidades básicas, terapêuticas e sócio-culturais. Esta resposta social pretende: [40] - Assegurar as necessidades básicas do utilizador tais como: pequeno-almoço, almoço, lanche, higiene pessoal, participação em actividades de animação sócio-culturais e serviço de transporte, apenas no caso de a instituição usufruir de veículos para o efeito. - Prevenir situações de dependência e promover a autonomia através de exercícios de mobilização física, destreza manual e psíquica. - Promover as relações pessoais e intergeracionais através de atividades que envolvam a participação de instituições como escolas e infantários - Favorecer a permanência da pessoa idosa no seu meio habitual de vida - Contribuir para retardar ou evitar ao máximo o internamento em instituições - E finalmente, promover a auto estima e a autonomia, desenvolvendo a independência pessoal e social do utilizador através de atividades específicas para o efeito. [/40] Todas estas actividades devem ser desenvolvidas por técnicos especializados com o objetivo de prevenir e retardar os efeitos do envelhecimento.
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            • nameServiço de Apoio Domiciliário
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            • scriptNo caso da família ou cuidadores apresentarem limitações e necessitarem de apoio no domicilio , podem solicitar os serviços de apoio domiciliário que ajudam a satisfazer as necessidades básicas da vida diária. Assim, esta resposta social tem como objectivos: [41] - Contribuir na conciliação da vida familiar e profissional do agregado familiar -Permitir que as pessoas permaneçam no seu meio habitual de vida, adiando ou evitando o recurso a estruturas residenciais -Promover estratégias de desenvolvimento da autonomia -Prestar os cuidados e serviços adequados às necessidades dos utentes (mediante a sua contratualização) -Facilitar o acesso a serviços da comunidade, e por fim -Reforçar as competências das famílias e de outros cuidadores. [/41] Para que todas estas ações sejam colocadas em prática, o serviço de apoio domiciliário deve disponibilizar os cuidados e serviços dentro do horário de funcionamento garantindo, sempre que necessário, o apoio aos sábados, domingos e feriados. Além disso, dependendo da instituição, poderá prestar os seguintes cuidados e serviços: [42] -Cuidados de higiene e conforto pessoal -Higiene habitacional que deve ser estritamente necessária à natureza dos cuidados prestados -Fornecimento e apoio nas refeições, respeitando as dietas com prescrição médica -Tratamento da roupa de uso pessoal do utente -Atividades de socialização como por exemplo ir ao teatro ou às compras… - E, para finalizar, o serviço de tele-assistência que, em situações graves como queda ou desmaio, permite ao idoso alertar os serviços de emergência. Este sistema funciona através do uso de um simples telefone fixo e um relógio colocado no pulso do idoso…depois, então, sempre que necessário, o idoso deve pressionar um botão que acciona imediatamente o alerta. Devemos, no entanto, salientar que as instituições poderão não satisfazer todos estes cuidados, ou poderão até disponibilizar mais serviços do que aqueles que acabei de referir. [/42] Por isso, é importante ressalvar que os serviços de apoio no domicilio dependem sempre da instituição. Ou seja, não é obrigatório que todas as Instituições Particulares de Solidariedade Social tenham todos os serviços ao domicilio, já que isso varia de instituição para instituição. Cada uma tem autonomia para definir os serviços que pode oferecer à comunidade. Por isso, terá que recorrer àqueles que reunem os serviços que pretende no domicilio. Claro que este serviço também permite reduzir o isolamento social e a solidão de pessoas idosas, sobretudo porque assim estamos a promover a escuta ativa e do diálogo, melhorando a suas qualidades de vida e segurança. No entanto, é importante lembrar que para o utente ou familiar não é obrigatório usufruir dos 4 serviços, mas sim daqueles que considerar necessários ao caso concreto que tem em mãos. Em todo o caso, se tiver dúvidas, poderá aconselhar-se com os técnicos responsáveis pelo serviço, ainda que a decisão final seja sempre sua. Para terminar, o Serviço de Apoio Domiciliário pode ainda assegurar: [43] - Formação e sensibilização dos familiares e cuidadores informais para a prestação de cuidados aos utentes -Apoio psicossocial -Confecção de alimentos no domicílio -Transporte e Cuidados de imagem - Pequenas modificações ou reparações no domicílio - E, finalmente, actividades ocupacionais. [/43] Como pode ver, o serviço de apoio domiciliário contribui para atenuar grande parte da sobrecarga de trabalho a que estão sujeitos os cuidadores informais, sejam eles elementos da família, amigos ou vizinhos.
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            • scriptNinguém gosta de passar os serões nocturnos...sem companhia! Muitas vezes a família não têm disponibilidade de visitar os idosos durante a noite e, nesses casos, os centros de noite são a melhor solução. Estes centros tem como finalidade o acolhimento nocturno, sobretudo para pessoas idosas com autonomia que, por viverem sozinhas, isoladas e até inseguras, necessitam de suporte e acompanhamento durante a noite. [44] Esta resposta social permite: -Acolher pessoas com autonomia durante a noite -Assegurar o bem-estar e segurança do utilizador e, -Fomentar a permanência do utilizador no seu meio habitual de vida [/44] Desta forma, tanto a família como o idoso têm menos um motivo de preocupação que possa afetar o seu bem estar, quer pessoal, quer até profissional.
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            • nameAcolhimento Familiar
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            • scriptSe o cuidador informal não tem grande disponibilidade para prestar assistência ao idoso de forma contínua, o acolhimento familiar pode ser uma excelente solução. Esta resposta social consiste em integrar, temporária ou permanentemente, pessoas idosas em famílias consideradas apropriadas. [45] Normalmente as pessoas recorrem ao acolhimento familiar quando, por algum motivo, o idoso não pode permanecer no seu domicílio; quando se encontra em situação de dependência e de perda de autonomia; ou até quando vive isolado e sem apoio de natureza sócio-familiar. [/45] [46] Esta resposta social tem como objetivos: - Acolher pessoas idosas dependentes que vivam isoladas e inseguras, sem apoio social e familiar; - Oferecer um ambiente social, familiar e afetivo propício à satisfação das suas necessidades e ao respeito pela sua identidade, personalidade e privacidade,  - E por fim, permite evitar ou retardar ao máximo o internamento em instituições. [/46] Para ter acesso a este apoio, deve dirigir-se à Segurança Social ou falar com o técnico de referência. Devemos no entanto referir que o acolhimento pode, excepcionalmente, ser efectuado por um parente do acolhido a partir do 3.º grau da linha colateral (ou seja, por um tio ou sobrinho). Além disso, tudo dependerá sempre da aceitação do idoso, salvo quando ele seja incapaz de manifestar a sua vontade. Esta resposta social é de facto uma excelente solução que acaba por oferecer ao idoso aquilo que, por uma série de razões, o cuidador informal não consegue proporcionar: a segurança de um lar e o carinho de uma família!
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            • nameEstruturas Residenciais
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            • script,Esta é provavelmente a resposta social que lhe é mais familiar. A estruturas residenciais, mais conhecidas por lares de idosos, destinam-se essencialmente ao alojamento de pessoas dependentes ou pouco autónomas. A verdade é que muitas vezes os familiares oferecem alguma resistência em recorrer a estes meios.... mas mais cedo ou mais tarde, no caso de o cuidador informal não ser capaz de satisfazer as necessidades básicas do idoso, esta é mesmo a melhor solução, sobretudo porque as estruturas residenciais têm como objetivo: - Proporcionar serviços permanentes e adequados à problemática biopsicossocial das pessoas idosas - Contribuir para um processo de envelhecimento ativo - Criar condições que permitam preservar e incentivar a relação intrafamiliar - E Potenciar a integração social. [/47] Já sabe: se chegou a altura de deixar o seu pai, mãe ou irmão aos cuidados de um lar, não tenha receios: nestas instituições encontrará as condições necessárias para o bem-estar dos seus familiares! No entanto, é também importante não esquecer que o idoso, dentro das suas capacidades de decisão, deve considerar se esta é de facto solução a mais adequada para ele.
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            • nameCentro de Férias e Lazer
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            • scriptApesar de um idoso não ter uma vida social muito ativa, isso não significa que não precise de umas férias de vez em quando para espairecer! O centro de Férias e Lazer é uma resposta social destinada a todas as faixas etárias da população e à família na sua globalidade. No fundo, trata-se de uma excelente opção, sobretudo para atividades de lazer e de quebra da rotina, essenciais ao equilíbrio físico, psicológico e social. [48] Por isso, nestes centros de férias e lazer poderá usufruir de: - estadias fora da sua rotina de vida, - Contacto com comunidades e espaços diferentes, - Vivências em grupo, como formas de integração social, - Desenvolvimento do espírito de inter-ajuda. - E o Fomento da capacidade criadora e do espírito de iniciativa. [/48] Se já não se lembra há quanto tempo não passa uns dias com todos os membros da sua família mais próxima, opte por estes centros. Não se esqueça que o facto de o idoso apresentar alguma debilidade motora e mental, não significa que não precise de uns dias diferentes que quebrem a rotina a que está habituado. A verdade é que estes dias de lazer em família são muito importantes do ponto de vista psicológico, tanto para o idoso como para os restantes elementos!
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            • nameRequisitos para Acesso às Respostas Sociais
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            • scriptTodas as respostas sociais de que falámos têm como objectivo melhorar a qualidade de vida dos idosos, tentando colmatar as necessidades relacionadas com o processo de envelhecimento. Além disso, criam também condições que permitem ou incentivam a relação inter-familiar e comunitária. No entanto, nem sempre estas respostas sociais estão disponíveis. Por isso, há que ter em conta, por exemplo, a disponibilidade dos equipamentos e serviços próximos da área de residência. Agora, uma dúvida que provavelmente terá na sua cabeça: quanto custa este tipo de serviços? O valor pago pelo idoso é definido através do cálculo da sua capitação e é efectuado pelo técnico responsável. Ou seja, é necessário analisar os rendimentos do agregado familiar e as despesas mensais fixas aceites pela instituição. A partir daí o técnico da instituição calcula o valor da sua mensalidade. Ainda assim, como cada caso é um caso, para obter informações sobre estes apoios sociais deve dirigir-se: [50] -        Aos serviços de atendimento da Segurança Social da área da residência. -        ou, à instituição particular de solidariedade social que presta o apoio pretendido.   -      Pode também, consultar a listagem de respostas sociais existentes por distrito no site da Carta Social em www.cartasocial.pt. [/50]
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            • scriptPara que possa compreender melhor em que momentos deve recorrer a cada uma das soluções que tem ao seu dispor, vamos agora abordar alguns cenários que lhe vão permitir identificar a resposta social mais adequada ao seu caso. [51] Em primeiro lugar, imagine que um familiar (o seu pai, mãe, tio ou tia…) entrou na idade da reforma, mas ainda se encontra muito autónomo: cozinha, vai às compras, vai pagar as contas, vai sozinho ao médico, enfim… ainda tem uma vida bastante ativa. No entanto… assim lá mais pelo final do dia, fica sozinho a ver televisão…a fazer croché….mas parece um pouco triste. Provavelmente, como sempre foi uma pessoa sociavelmente ativa, agora sente-se menos dinâmico e sozinho. Neste caso em particular, qual seria a resposta social adequada ao caso do seu familiar? E porquê? [/51] [52] Nesta situação, o indicado é recorrer ao Centro de Convívio, porque como ainda se trata de uma pessoa ativa, este é o local ideal para conviver com outras pessoas e desempenhar atividades em conjunto. Assim, o seu familiar poderá fugir à solidão e sentir-se mais útil à sociedade, o que vai acabar por elevar a sua auto-estima! [/52]
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            • script[53] Neste cenário, imagine que o seu pai teve uma intervenção cirúrgica e que depois da operação teve que começar a usar bengala. Além disso, vive só, mas apesar de conseguir fazer as atividades básicas da vida diária, tem alguma dificuldade em cozinhar e é você por exemplo que lhe faz as compras. Como tem algumas dificuldades motoras, o seu pai fica o dia todo em casa, ora a ver televisão, ora a dormir, e não consegue deslocar-se para muito longe. Apesar destas dificuldades, é uma pessoa bastante lúcida e consciente, e que sempre foi bastante sociável e com gosto em conhecer novas pessoas. Ora, como passa muito tempo em casa e não se consegue deslocar com facilidade… deve sentir-se um pouco triste e até frustrado por não poder sair de casa como dantes, certo? O que faria nesta situação? [/53] [54] A escolha ideal seria recorrer ao Centro de Dia, já que o seu pai se encontra um pouco debilitado mas não o suficiente para ficar o dia todo em casa. Além disso, neste centro está protegido ao nível de segurança pessoal, as suas necessidades básicas são garantidas e ainda trabalha a sua parte de convívio e interação com o outros. Um pouco à semelhança do caso anterior, aqui seu pai ou familiar vai conseguir elevar a sua auto estima e o seu bem estar físico e psicológico, factores muito importantes para o dia-a-dia das pessoas idosas. [/54]
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            • script[55] Imagine agora que tem 82 anos e que o seu marido ou esposa depende totalmente de si. Como já não tem propriamente 20 anos, precisa de ajuda sobretudo nas tarefas fisicamente mais exigentes. Por isso, a sua filha depois do trabalho ajuda a dar-lhe a comida à boca, muda-lhe a fralda… mas durante o dia não consegue fazê-lo porque os seus filhos não têm disponibilidade…. E ainda por cima um deles até trabalha o fim-de-semana. Nesta situação, o que deve fazer? [/55] [56] Aqui deveria recorrer ao serviço de apoio domiciliário, porque o seu marido ou esposa necessita de apoio a vários níveis, seja na higiene pessoal, alimentação, roupa… enfim, toda a ajuda é necessária para aliviar a sobrecarga do cuidador. Na verdade, os nossos filhos, parentes próximos, até amigos e vizinhos, nem sempre têm disponibilidade para nos ajudar. Por isso, nestes casos o melhor mesmo é contar com os cuidados de uma equipa especializada e multidisciplinar que garanta as necessidades básicas da pessoa que temos aos nossos cuidados. [/56]
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            • script[57] Conhece algum parente que viva sozinho, que não tem filhos, mas que é bastante autónomo, sociável e que até frequenta um centro de dia… mas que se sente muito inseguro a dormir em casa à noite? Esta situação é bastante comum e no fundo é compreensível: as pessoas idosas, sobretudo aquelas que vivem sem companhia, podem sentir algum desconforto durante a noite por terem medo que lhes aconteça algo de mal… e a verdade é que este clima de insegurança acaba por ser mau quer a nível mental como físico. Os idosos acabam por viver sobressaltados e, por exemplo, podem não conseguir dormir bem durante a noite. [/57] [58] Ora, neste caso em particular, a solução mais adequada seria recorrer a um centro de noite. Como o único problema do idoso é ter medo de ficar em casa à noite por não ter companhia, nestes centros a sua segurança é totalmente garantida. Além disso, acabam sempre por conviver com outras pessoas, contribuindo para o seu bem estar e auto estima social. [/58]
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            • script[59] Imagine que conhece uma idosa sem retaguarda familiar, que é muito amorosa, prestável e que se sente muito sozinha em casa, seja de dia ou de noite… Mas pior do que isso, é que a sua saúde está cada vez mais debilitada e frágil. Sempre que pode, vai lá a casa fazer-lhe alguma companhia, e sugere sempre que encontre alguém que tome conta dela, ou que pondere ir para um lar onde possa receber todos os cuidados que precisa. No entanto, ela diz que não, que não quer viver com pessoas desconhecidas… que o que mais precisa é de estar com uma família e com pessoas com quem se possa relacionar de forma mais calorosa…. O que no fundo faz todo o sentido, não é? Quando estamos sozinhos é normal sentirmos falta do carinho de uma família. O que faria nesta situação? Qual seria a resposta social mais adequada? [/59] [60] Neste caso em concreto, o mais acertado seria recorrer ao Acolhimento familiar. Aqui devemos ter em atenção que a idosa tinha vontade de viver numa casa particular onde pudesse desfrutar do calor de uma família em vez de ir para uma estrutura residencial. [/60]
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            • script[61] O alzheimer é das doenças mais difíceis de ultrapassar, quer para o doente como para a sua família. Se porventura tem um familiar em processo demencial, em que as suas capacidades físicas e psicológicas entram em declínio todos os dias… é provável que o serviço de apoio domiciliário já não seja a resposta mais adequada, sobretudo porque assim o idoso iria ficar sozinho durante a noite. Nesta situação, caberá à família decidir o que pretendem fazer. Levá-lo para casa de algum familiar? Contratar um cuidador para as noites e manter o apoio domiciliário? Mas…. E se não chegarem a um consenso? Qual será a solução mais adequada? [/61] [62] Tendo em conta o caso concreto, as estruturas residenciais são mesmo a resposta mais viável. Como o idoso já não está na posse das suas capacidades mentais e motoras, e como a família não pode ficar com ele, o mais acertado é integrá-lo nestas unidades residenciais. Não devemos esquecer que estas podem ser públicas ou privadas, sendo que a família deverá optar pela melhor solução. [/62]
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            • scriptToda a gente precisa de umas boas férias, e nisto não há idades nem feitios: uns diazinhos de férias em família são ótimos para relaxar. Os idosos podem não ter uma vida tão ativa como a de um adulto, mas também é necessário passar alguns dias fora para quebrar a rotina. Pois bem, assim sendo, imagine que gostaria de proporcionar ao seu familiar uns dias de lazer… e que inclusivamente gostaria de o acompanhar nessa “viagem” como forma de passarem tempo de qualidade… estarem juntos… conhecer novos locais e culturas… enfim, uma série de atividades diferentes e enriquecedoras! Então… qual seria a resposta social que deveria adotar? [63] Neste caso, recomendo o Centro de lazer e férias, porque assim os familiares podem estar presentes nas atividades em que o idoso irá estar inserido com o seu grupo de convívio. Ou então, se o idoso estiver até em bom estado de saúde, porque não acompanhar a família para um destino diferente? O importante é proporcionar momentos diferentes que possam aumentar o bem-estar de toda a família. [/63]
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            • script[64] A pensão de velhice é um apoio em dinheiro pago às pessoas com idade igual ou superior a 66 anos que tenham descontado durante pelo menos 15 anos para a Segurança Social. Têm direito a esta pensão: - Os Trabalhadores por conta de terceiros (ou seja, a contrato). - Membros de Órgãos Estatutários de pessoas coletivas (como diretores, gerentes e administradores). - Trabalhadores independentes (ou seja, a recibo verde). - E Beneficiários do Seguro Social Voluntário. [/64] No caso de não saber onde se dirigir para tratar da pensão de velhice, fique a saber que deve dirigir-se ao serviço de segurança social directa, aos serviços de atendimento da segurança social ou, no caso de morar no estrangeiro, ao centro nacional de pensões. E agora um detalhe muito importante! Normalmente quando vamos a um sítio tratar de algum assunto, fica-nos sempre a faltar qualquer documento. Para que quando for tratar da pensão de velhice não lhe falta nada, leve consigo: [65] - Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão, seja o seu ou do idoso - Documento de Identificação Fiscal - Declaração de atividade profissional exercida - Fotocópia dos documentos comprovativos do tempo de serviço militar obrigatório, exceto se já tiver requerido a contagem daquele tempo - e finalmente, um documento que identifique o número de identificação bancária, onde conste o seu nome como titular da conta. [/65] Fique também a saber que os interessados em beneficiar da pensão de velhice podem apresentar o requerimento com a antecedência máxima de 3 meses, relativamente à data em que o idoso deseje iniciar a pensão.
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            • namePensão Social de Velhice
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            • scriptA pensão social de velhice é um apoio em dinheiro, pago mensalmente às pessoas de idade igual ou superior à idade de acesso à pensão de velhice, segundo o regime geral de segurança social. É importante lembrar que este apoio é diferente da pensão de velhice porque apoia tanto os utentes não abrangidos por sistemas de proteção social obrigatória, como os que não têm descontos suficientes para a Segurança Social para ter direito à pensão de velhice. Posto isto, fique a saber que este apoio é dirigido: [66] - a quem é Cidadão português, residente em Portugal e que não esteja abrangido por qualquer sistema de proteção social obrigatória; - aos cidadão dos Países da União Europeia, Cabo Verde, Canadá, Austrália e Cidadãos Brasileiros que residam em Portugal e não estejam abrangidos por qualquer sistema de proteção social obrigatório; - e, finalmente, a quem, sendo abrangido por um sistema de proteção social obrigatória, não completou o período mínimo de contribuições exigido, ou ainda se esta for de valor mensal inferior ao da pensão social. [/68]
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            • nameComplemento Solidário para Idosos
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            • scriptO Complemento Solidário para Idosos é um apoio mensal, pago em dinheiro a idosos de baixos recursos, com idade igual ou superior a 66 anos que residam em Portugal. Além disso, trata-se de uma prestação diferencial, ou seja, é um apoio adicional aos recursos que os destinatários já possuem. [69] Este complemento destina-se a pessoas que preencham uma das seguintes condições: • Ser beneficiário de pensão de velhice, sobrevivência ou equiparada; • Ser cidadão nacional beneficiário de subsídio mensal vitalício; • Ser cidadão nacional e não reunir as condições de atribuição da pensão social por não preencher a respectiva condição de recurso. [/69] [70] No entanto, devem ser cumpridos outros requisitos, tais como: • Residir em território nacional há pelo menos 6 anos • Autorizar a Segurança Social a aceder à informação fiscal e bancária relevante para atribuição do Complemento, extensível ao cônjuge ou pessoa a viver em união de facto; • Estar disponível para proceder ao reconhecimento de direitos e à cobrança de créditos, extensível ao cônjuge ou pessoa a viver em união de facto. [/70] [71] É importante ainda referir que quem recebe este complemento tem acesso a benefícios adicionais de saúde como por exemplo: Medicamentos – Aquisição de óculos e lentes – Aquisição e reparação de próteses dentárias removíveis e, por fim, consultas gratuitas em dentistas e estomatologistas, através de um cheque-dentista. [/71]
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            • nameBenefícios Adicionais de Saúde
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            • scriptAs pessoas que estão a receber o complemento solidário para idosos têm direito a apoios para reduzir as suas despesas de saúde, no âmbito de dois programas específicos: [72] O primeiro são os benefícios adicionais de saúde, que lhe permite o reembolso das despesas de saúde na compra de: - Medicamentos, - óculos e lentes - E na Aquisição e reparação de próteses dentárias removíveis [/72] Depois temos o programa nacional de promoção da saúde oral, que lhe permite aceder de forma gratuita às consultas de dentista e estomatologista, através de um cheque-dentista que lhe é passado pelo Médico de Família. Para receber este apoio é preciso: [73] - Estar a receber o Complemento Solidário para Idosos - Pedir o reembolso da despesa no Centro de Saúde onde está inscrito no prazo de 6 meses, a contar da data que está nos recibos. - E, finalmente, é necessário que o médico de família encaminhe o beneficiário para as consultas de saúde oral e proceder à emissão de cheques-dentista, com base em critérios clínicos. [/73] [74] Para terminar, a questão que se impões é a seguinte: Pode acumular este apoio com outros que já recebe? A verdade é que sim, mas apenas com: - O Complemento Solidário para Idosos - A Pensão de velhice, sobrevivência ou de invalidez - A Pensão Social de Velhice - e com o Subsídio mensal vitalício. [/74]
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            • namePensão de Invalidez
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            • scriptA pensão de invalidez é um apoio em dinheiro, pago todos os meses para proteger os beneficiários em situações de incapacidade permanente para o trabalho.Para verificar se existe incapacidade permanente costumam ser avaliados alguns factores como: [75] - O funcionamento físico, sensorial e mental - O estado geral - A idade - As aptidões profissionais - E por fim, a capacidade de trabalho que ainda possui. [/75] [76] A incapacidade permanente pode ser considerada de dois tipos: invalidez relativa e invalidez absoluta. A invalidez relativa é declarada quando um beneficiário não pode obter mais de um terço da remuneração correspondente ao exercício normal da sua profissão. Além disso, também se considera invalidez relativa quando não é expectável que a pessoa recupere mais de 50% de remuneração num espaço de 3 anos. No entanto, se por exemplo o beneficiário exercer mais do que uma profissão abrangida pelo regime geral, a redução da incapacidade de ganho prevista refere-se sempre à profissão com remuneração mais elevada. [/76] [77] Já a invalidez absoluta diz respeito à incapacidade permanente e definitiva para toda e qualquer profissão ou trabalho em que o beneficiário não apresente capacidades de ganho. Além disso, também se considera invalidez absoluta no caso de a pessoa não conseguir recuperar a capacidade de obter quaisquer meios de subsistência até à idade legal de acesso à pensão de velhice. [/77] [78] As pessoas que têm direito à pensão de invalidez relativa são: - Os Trabalhadores por conta de outrem - Os Membros de Órgãos Estatutários de pessoas coletivas - E por fim,Trabalhadores independentes [/78] Em relação às pessoas que têm direito à pensão de invalidez absoluta são todas as anteriormente descritas, acrescentando apenas os beneficiários do seguro social voluntário. Para terminar, não devemos esquecer que a invalidez é certificada pelo Sistema de Verificação de Incapacidades em função da incapacidade permanente apresentada pelo beneficiário.
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            • namePensão Social de Invalidez
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            • scriptA pensão social de invalidez é um apoio em dinheiro, pago igualmente todos os meses, e tem como objetivo proteger os beneficiários em situações de incapacidade permanente para o trabalho. É diferente da pensão de invalidez de regime geral porque apoia os beneficiários não abrangidos por qualquer sistema de proteção social obrigatória. Além disso, também apoia quem não tem descontos suficientes na Segurança Social para ter direito à pensão de invalidez de regime geral. [79] Ora, e e quem tem direito à pensão social de invalidez? - Quem é cidadão português, reside em Portugal e não está abrangido por qualquer sistema de proteção social obrigatória; - Quem é cidadão dos Países da União Europeia, Cabo Verde, Canadá, Austrália e Cidadãos Brasileiros que residam em Portugal e não estejam abrangidos por qualquer sistema de proteção social obrigatório; - E, finalmente, quem não completou o período mínimo de contribuições exigido para ter direito a uma pensão de invalidez ou quando esta é de valor mensal inferior ao da pensão social. [/81]
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            • nameComplemento por Cônjuge a Cargo
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            • scriptEste apoio é uma prestação paga mensalmente aos pensionistas de velhice e de invalidez do regime geral da Segurança Social com cônjuge a cargo. [82] Quem tem direito a este apoio são: - Os pensionistas de invalidez e de velhice: - As pessoas Que começaram a receber a pensão antes de 1 de janeiro de 1994; - E pessoas cujo marido ou mulher não tenha rendimentos ou, os que tiverem, serem inferiores a 36,80€ por mês. [/82] Para ter acesso a esta prestação, deve preencher o requerimento de complemento por cônjuge a cargo e apresentá-lo nos serviços da Segurança Social.
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            • nameComplemento por Dependência
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            • scriptO complemento por dependência é um apoio mensal em dinheiro dado aos pensionistas que se encontram numa situação de dependência e que precisam da ajuda de outra pessoa para satisfazer as necessidades básicas...sobretudo porque não conseguem fazer a sua higiene pessoal, alimentar-se ou deslocar-se sozinhos! [83] As pessoas que têm direito a este apoio são, por um lado, os pensionistas de invalidez, de velhice e de sobrevivência do regime geral de Segurança Social, bem como pensionistas do regime não contributivo que se encontrem em situação dependente. Por outro lado, temos os beneficiários não pensionistas em situação de incapacidade de locomoção originada por doença. [/83] [84] É importante não esquecer que a situação de dependência é certificada pelo Sistema de Verificação de Incapacidades da Segurança Social e é dividida em dois graus. O primeiro grau dirige-se a pessoas que não conseguem satisfazer necessidades básicas da vida quotidiana; já o segundo grau dirige-se a pessoas que, além de dependentes, também se encontrem acamadas ou apresentem sinais de demência grave. [/84] Para terminar, devemos ter em consideração que este apoio não pode ser acumulado com rendimentos de trabalho ou outra prestação que tenha o mesmo fim.
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            • nameCuidados Continuados Integrados
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            • scriptA Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados é constituída por um conjunto de instituições, públicas ou privadas, que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social a pessoas em situação de dependência. [85] Estes apoios têm como objetivo: prestar cuidados continuados integrados a pessoas em situação de dependência; Investir no desenvolvimento de cuidados de longo prazo, promovendo a distribuição equitativa das respostas a nível territorial; Qualificar e humanizar a prestação de cuidados; Potenciar os recursos locais e apoiar a criação de serviços comunitários de proximidade; E, por último, ajustar ou criar respostas adequadas às consequências do envelhecimento individual [/85] Um dos muitos aspectos positivos em relação a este tipo de apoios é que se dirigem a todos os cidadãos, nomeadamente pessoas de todas as idades que apresentem demência; pessoas com doenças crónicas; ou até pessoas com doença incurável ou em estado terminal de vida. Além disso, este tipo de cuidados de saúde não têm custos para os cidadão... sendo que apenas terá de pagar os gastos quando justificado e dependendo dos seus rendimentos. Por outro lado, o internamento em unidades de convalescença e em unidades de cuidados paliativos não têm custos para o utente. Já nos casos de permanência em unidades de internamento de média e de longa duração, os custos dependem da capacidade económica de cada utente e família.
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            • namePensão de Sobrevivência
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            • scriptUma das situações mais críticas que uma família pode ultrapassar é quando um dos seus membros acaba por falecer, sobretudo quando se trata de uma das fontes de rendimento. Nestas situações, as famílias podem contar com a pensão de sobrevivência. Este apoio tem como objetivo compensar os familiares pela perda de ganhos que resulta do seu falecimento. As pessoas que têm direito à pensão de sobrevivência são: [86] o cônjuge (ou seja, a pessoa com quem o beneficiário estava casado); ex-cônjuges, mas só aqueles que até à data da morte recebiam pensão de alimentos, ou que apenas não a recebiam por incapacidade económica do falecido; pessoas em união de facto, ou seja, a pessoa com quem o beneficiário vivia há mais de dois anos, em condições iguais às de cônjuge; descendentes e , por fim, ascendentes que se encontravam até à data ao cargo do falecido, no caso de não haver cônjuges, ex-cônjuges ou descendentes com direito à pensão. [/86]
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            • nameSubsídio de Morte
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            • scriptAo contrário dos outros apoios, o subsídio de morte é pago de uma só vez aos familiares dos beneficiários da segurança social. Este apoio tem como objetivo compensar as despesas causadas pela morte e facilitar a reorganização da vida familiar. [90] As pessoas que têm direito a este subsídio são os cônjuges, ex-cônjuges, pessoas em união de facto, descendentes e, por fim, ascendentes. No entanto, os requisitos de acesso a este complemento variam consoante a relação que as pessoas mantinham com o falecido... Por isso recomendo que consulte o documento em anexo nesta lição para obter informações mais detalhadas. [/90]
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            • namePensão de Viuvez
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            • scriptA pensão de viuvez destina-se ao cônjuge ou à pessoa que vivia em união de facto com o pensionista falecido que estava a receber pensão social. Apesar de este apoio se destinar a viúvos e viúvas, estes devem cumprir alguns requisitos como: [87] - Ter nacionalidade portuguesa, - Residir em território português - não ter direito a qualquer tipo de pensão - E por fim, devem preencher as condições de recursos da pensão social [/87] A pensão de sobrevivência pode ser pedida nos serviços da Segurança Social, no prazo de 6 meses a partir do mês seguinte ao do falecimento do pensionista. Após este prazo, a pessoa só tem direito a receber a pensão desde o mês seguinte ao da entrega do pedido. No entanto, a partir dos 5 anos após o falecimento, a pessoa interessada perde o direito de requerer a pensão de viuvez.
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            • nameReembolso Despesas Funeral
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            • scriptO reembolso de despesas de funeral é um apoio atribuído de uma só vez para compensar as despesas do funeral. Para ter acesso a esta prestação, a pessoa falecida devia ser beneficiária do regime geral de Segurança Social, quando não existirem familiares com direito ao subsídio por morte.   [88] Os requisitos necessários à atribuição deste subsídio são: - A pessoa falecida deve ter tido pelo menos um mês de contribuições na Segurança Social - Não haver familiares com direito ao subsídio por morte - E por fim, deve ser apresentada a fatura original das despesas do funeral [/88] Para ter acesso a este apoio deve fazê-lo por requerimento nos serviços de atendimento da Segurança Social ou nas lojas do cidadão no prazo de 90 dias a contar da data do falecimento.
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            • scriptO subsídio de funeral é uma prestação única para compensar as despesas efetuadas com o funeral de um familiar ou de qualquer outra pessoa (incluindo recém-nascidos). [89]Para ter direito a este subsídio as pessoas têm de: residir em Portugal ou pertencer a um país com o qual Portugal tem um acordo para estas situações. Provar que tiveram de facto despesas com o funeral. Não ter direito ao subsídio por morte. E, por fim, o falecido tem de ter sido residente em Portugal. [/89] Para informações mais detalhadas consultar Guia Prático – Subsídio de Funeral
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            • scriptMais cedo ou mais tarde vamos acabar por envelhecer, e a grande verdade, como muitos dizem, é que toda esta energia e força que hoje temos…um dia vai desaparecer...mas… envelhecer não tem de ser…algo negativo! O mais importante é que nos preparemos mentalmente e até fisicamente para a nossa terceira idade! É necessário fazer… uma auto-reflexão sobre aquilo que é o envelhecimento e o que isso implica! Envelheci… ok... e agora? Como me sinto? O que é que vou querer fazer? Quais os meus interesses?...Predisposições? Há alguma coisa que nunca fiz e que gostava de fazer, logo agora que tenho tanto tempo livre? Será que…quero conhecer pessoas novas? Ou será que prefiro...manter a minha rede de amigos? E onde é que vou morar? Vou querer…continuar em casa? Tenho condições para viver desafogada e aproveitar o resto da minha vida...como sempre quis? E a família! A minha família! Mantenho uma boa relação com ela? E a minha saúde? Se eu adoecer, vou ter alguém para tomar conta de mim? Tantas, tantas e tantas perguntas que devemos colocar a nós próprios…e como vê… envelhecer é tão natural…tudo o que devemos fazer é encará-lo exatamente como isso mesmo: algo simplesmente natural! Por isso é muito importante fazer esta auto-reflexão e perceber como iremos ser quando formos velhinhos… Quando somos adolescentes planeamos a nossa vida adulta e colocamos imensas questões…. E a verdade é que na fase adulta devemos também fazer perguntas e responder às nossas próprias dúvidas e anseios. No fundo…o nosso envelhecimento deve ser bem planeado para que possamos ter um fim de vida o mais pacífico possível, mas também para que estejamos melhor preparados na eventualidade de acontecer algum imprevisto… E se conseguirmos aceitar e compreender tudo aquilo que envolve o processo de envelhecimento, então aí podemos dizer que estamos preparados para cuidar de um idoso e tornámo-nos bons cuidadores.
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            • scriptNo decorrer deste curso, abordamos várias temáticas....desde o envelhecimento e as suas consequências no idoso....quem são os cuidadores informais e as sobrecargas a que estão sujeitos....quais as respostas sociais existentes que podem aliviar o estado emocional e físico dos cuidadores informais.....Analisámos também alguns casos práticos que podem ajudar a ser mais eficientes na resolução de situações e abordamos os direitos que assistem os idosos e os seus cuidadores. O envelhecimento, como referi, é um processo natural e contínuo que nos afetará a todos! Ter consciência do processo de envelhecimento poderá fazer com que sejamos melhores cuidadores, pelo que é mesmo importante fazermos uma autoreflexão e colocar a nós próprios uma série de perguntas! A verdade é que a resposta a estas questões permite-nos colocar no lugar do outro, e isso faz toda a diferença no momento de cuidar. E lembre-se: aqueles que hoje precisam de nós foram os heróis que nos ajudaram sempre e que nunca nos deixaram ficar mal... no fundo eles são os responsáveis por sermos quem somos! Agora é a nossa vez de ajudar! O meu nome é Carla Balbino, este foi o curso sobre Cuidadores Informais. Até uma próxima!
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      • nameTécnicas para o Desenvolvimento da Criatividade
      • descriptionConsidera-se uma pessoa criativa? Usa com frequência técnicas que lhe permitem desenvolver e potenciar a sua capacidade de inovar? A criatividade é uma das apostas da empresa em que trabalha? Provavelmente, alguns dos que me estão a ver responderão: “Não”. Se foi o seu caso, deixe-me dizer-lhe porque é que deve juntar-se a este curso. Todos nós sabemos que o mundo empresarial de hoje exige cada vez mais de nós. O stress, a pressão, os desafios, a necessidade de resultados... tudo à nossa volta tem impacto no nosso rendimento! A criatividade é, por isso, vital para a sobrevivência e expansão das empresas, abrindo portas à criação e desenvolvimento de novos produtos, ajudando ainda na constante melhoria dos serviços prestados. Cabe-nos, a nós, praticar o uso da criatividade todos os dias, e deixar os resultados aparecer naturalmente. E o que é que ganhamos com esta atitude? Uma série de atributos, desde uma produção de ideias mais rica, diminuição de custos, aumento da motivação dos que são capazes de gerar algo novo e, o mais importante de tudo, o aumento da sua própria auto-estima.
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      • bioFormadora na área comportamental desde 1998. Ministra cursos como Motivação e Liderança; Coordenação de Equipas de Trabalho; Excelência no Atendimento ao Público; Técnicas de Vendas; Negociação Eficaz; Comunicação Interpessoal e Assertividade; o Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores. A paixão e dedicação à Formação Profissional deve-se ao muito que se aprende com quem se interage. O conhecimento deve ser acessível a todos e partilhado pois trata-se da maior riqueza que podemos ter e usufruir. Licenciada em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada do Porto.
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            • scriptConsidera-se uma pessoa criativa? Usa com frequência técnicas que lhe permitem desenvolver e potenciar a sua capacidade de inovar? A criatividade é uma das apostas da empresa em que trabalha? Provavelmente, alguns dos que me estão a ver responderão: “Não”. Se foi o seu caso, deixe-me dizer-lhe porque é que deve juntar-se a este curso. Todos nós sabemos que o mundo empresarial de hoje exige cada vez mais de nós. O stress, a pressão, os desafios, a necessidade de resultados... tudo à nossa volta tem impacto no nosso rendimento! A criatividade é, por isso, vital para a sobrevivência e expansão das empresas, abrindo portas à criação e desenvolvimento de novos produtos, ajudando ainda na constante melhoria dos serviços prestados. Cabe-nos, a nós, praticar o uso da criatividade todos os dias, e deixar os resultados aparecer naturalmente. E o que é que ganhamos com esta atitude? Uma série de atributos, desde uma produção de ideias mais rica, diminuição de custos, aumento da motivação dos que são capazes de gerar algo novo e, o mais importante de tudo, o aumento da sua própria auto-estima. Falar sobre criatividade é falar em qualidade de vida, quer no plano da saúde física, quer mental. Muitas vezes, a solução para um grande problema passa apenas por encará-lo da forma mais simples possível! O meu nome é Cristina Ferreira, e sejam bem-vindos ao curso de Técnicas para o Desenvolvmento da Criatividade. Vamos começar!
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            • scriptA criatividade não é um talento inato, mas sim uma qualificação e, como tal, exige treino. Por isso, vou ajudá-lo a compreender todo o processo criativo e, acima de tudo, ensinar-lhe técnicas e ferramentas que vão estimular a sua capacidade de resolver problemas de forma criativa. [1] Ao longo dos 5 módulos do curso vamos falar sobre Criatividade e Inovação; vai perceber quais os diferentes tipos de pensamento que usamos quando somos confrontados com os mais variados desafios. Falaremos das etapas do processo criativo e as atitudes a desenvolver em cada uma das delas. Vou explicar-lhe o processo de Resolução de Problemas e de como transformar as nossa ideias em acções práticas. E, finalmente, vai ainda aprender algumas ferramentas de apoio à criatividade que auxiliam o estímulo criativo. [/5] Durante o curso vão-lhe ser apresentados pequenos desafios para resolver, bem como alguns vídeos e documentos de apoio que pode consultar, assim como a apresentação das técnicas que lhe vão ser úteis para aplicar no seu local de trabalho, ou mesmo a um nível mais pessoal.
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            • script[6] Charles Mingus, um influente músico americano de jazz, disse um dia que "tornar o simples em complicado é fácil; tornar o complicado em simples é...criatividade." [/6] E aquilo a que todos nós aspiramos é tornar as nossas vidas cada vez... mais simples. No entanto, por vezes, parece que somos bloqueados por uma espécie de "miopia mental" que nos impede de ver ou perceber aquilo que por vezes...é óbvio! A afirmação de Charles Mingus é muito interessante e pode ajudar-nos a perceber o conceito de [7] "Criatividade”. [/7] Se lhe pedirem, a si, para definir "Criatividade" através de uma só palavra, talvez a resposta não seja imediata. É que escolher uma única definição para esta noção é utópico, tamanha é a amplitude do seu significado. Basta pensarmos que cada pessoa tem um perfil criativo distinto, daí a dificuldade na definição deste termo. [8] A palavra Criatividade vem do latim Creatus e significa criar, do verbo infinitivo Creare. Trata-se da capacidade que um indivíduo tem de criar algo, mas não necessariamente algo novo, do nada. Falamos, sim, em capacidade criadora, em engenho, em inventividade. É a capacidade criativa que faz com que o Homem seja orientado para o futuro, sendo essa a chave para a capacidade evolutiva da humanidade. [/8] A Criatividade consiste, por isso, em encontrar métodos para executar tarefas de uma maneira diferente do habitual, com a intenção de satisfazer um propósito, preferencialmente através de uma forma mais simples, mais rápida e eficiente. É necessário procurar uma nova maneira de olhar sobre as coisas que fazem parte do nosso quotidiano, e assumir riscos, desafiando o status quo. Para tal, devemos ter em nós algo determinante: [9] a MOTIVAÇÃO, sobretudo a motivação intrínseca, essencial ao processo criativo. [/9] Ao longo da nossa vida já nos deparámos com situações em que as coisas simplesmente não saíam bem, por mais que nos esforçássemos. Certo? Situações aborrecidas, com as quais não nos identificamos. Situações.....que não nos motivam! Seja no trabalho ou na vida pessoal, quando não sentimos motivação, parece que bloqueamos, as nossas tarefas arrastam-se e os resultados... ficam aquém do desejado. Mas quando fazemos algo de que gostamos, ou quando nos colocamos objectivos bem definidos, a nossa mente abre-se, desbloqueia, e as ideias quase que surgem por elas próprias. Olhamos as coisas com outra perspectiva, “a” outra perspectiva, a que foge ao óbvio, a que é diferente, a que é....criativa! Quando encontramos motivação para aquilo que fazemos, motivação que parta de nós próprios, a nossa mente explora diferentes abordagens e chega a ideias nas quais mais ninguém pensou. Por isso é que se trata de um elemento tão importante quando falamos de criatividade.
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            • script[10] Conhece a famosa frase: “A Necessidade é a mãe da Inovação." ? Na verdade, Platão não poderia encontrar melhor forma de explicar este conceito. [/10] [11] A palavra Inovação deriva do termo latino Innovatio, e refere-se a uma ideia, método ou objecto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriormente conhecidos. Trata-se, no fundo, da introdução de uma novidade ou do aperfeiçoamento de algo já conhecido e estabelecido. Por outro lado, podemos também dizer que inovação é a exploração bem sucedida de novas ideias criadas pela nossa mente. E aqui tanto podemos estar a falar de produtos ou serviços. [/11] Actualmente, esta noção é mais usada no contexto de ideias e invenções, da exploração económica, sendo encarada como algo de novo que chega ao mercado, resultando de uma busca consciente e intencional de oportunidades. Além disso, a inovação pode ser definida como “saber fazer mais com menos recursos”, potenciando a competitividade das empresas. E, na maior parte dos casos, ser mais competitivo significa chegar a novos mercados, aumentar receitas e margens de lucro, entre outros benefícios. [12] Para tal, devem ser estudadas e implementadas medidas inovadoras ao nível do produto, processos, e modelo de negócio. [/12] [13] As inovações de produto ou seviço prendem-se com alterações nos seus atributos, promovendo mudanças na forma como é percebido pelos consumidores. Por exemplo, imagine o caso das televisões: antes eram caixas quadradas com um ecrã em vidro; hoje são aquilo que conhece: fininhas e até dão para ver filmes em 3D. [/13] [14] Depois temos as inovações de processos, que se prendem com modificações na produção de um produto ou serviço. Estas inovações não geram propriamente impacto no produto final, mas trazem sempre benefícios em todo o processo de produção, normalmente com o aumento da produtividade e redução de custos. Pegando no mesmo exemplo das televisões, é fácil perceber que dantes, como eram feitas também à mão, a produção fosse mais lenta e cara; hoje, como são feitas por máquinas, são feitas milhares de televisões por dia a preços acessíveis. [/14] [15] Finalmente, as inovações do modelo de negócio, ou seja, a forma como o produto ou serviço entra no mercado. Por exemplo, campanhas de publicidade originais ou formas de pagamento que facilitem o acesso do consumidor ao produto ou serviço, entre outras estratégias que o possam tornar inovador. [/15] No fundo, criatividade e Inovação são conceitos inseparáveis, mas não são sinónimos. Por exemplo, imagine que agora mesmo você tinha uma ideia de projecto extremamente inovadora e interessante que iria querer aplicar. Neste caso, foi a sua capacidade criativa que o conduziu a essa mesma ideia. Só que você, por si só, dificilmente conseguiria passar a ideia do papel à prática, porque isso poderia envolver mais pessoas, processos de trabalho complexos, modelos de negócio ajustados, entre outras etapas que devem ser aplicadas para criar algo inovador. Ou seja, todo este encadeamento de etapas é o processo de inovação: algo que vai transformar uma ideia em negócio, desde a definição do produto, dos processos e do modelo de negócio. [16] Em suma, a criatividade dura um pequeno instante, é como que um “flash” ou uma iluminação; já a inovação perdura e realiza-se no tempo e ao longo de diversas etapas. É a diferença entre a Descoberta e o Trabalho. Quando falamos de criatividade referimo-nos mais a processo individual; já a inovação é um processo colectivo, devendo ser trabalhado em grupo e conduzir, colectivamente, a uma mudança de percepção daquilo a que estamos habituados. Ou seja, uma ideia que resulta de um processo criativo passa a ser considerada uma inovação apenas quando for aplicada e trabalhada, dando origem a algo de novo e diferente para as nossas vidas. [/16]
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            • scriptO psicólogo americano Joy Paul Guilford considerou que existem dois tipos de resposta a um problema. Chamou-os de produção convergente e produção divergente, tratando-se de duas formas de pensamento que se complementam, não funcionando um sem o outro. Todos nós conhecemos alguém que, perante as situações mais difíceis de resolver, consegue sempre encontrar as respostas mais simples e inesperadas. Normalmente, dizemos que estas pessoas “pensam fora da caixa”, que fogem ao óbvio. E o primeiro conceito de Guilford, o pensamento divergente, consiste nisso mesmo. [17] Tal como a palavra indica, é uma forma de pensar que diverge daquilo a que estamos habituados. Por isso, caracteriza-se pela originalidade dos processos que utilizamos na procura de soluções, estimulando novos hábitos de pensamento. Trata-se da procura não de uma única solução, mas de todas as soluções possíveis. É um pensamento que assenta na originalidade e que não funciona sobre hábitos adquiridos. Além disso, é também caracterizado por um espírito de aventura que nos conduz a respostas originais que chegam até nós através de associações cognitivas muito amplas. [/17] Guilford, a propósito deste conceito, afirmou o seguinte: "No pensamento divergente avança-se para muitos lados. Sempre que seja necessário, muda-se de direcção, o que conduz a uma pluralidade de respostas que podem ser, todas elas, correctas e adequadas". Ora, todos nós sabemos que a realidade muitas vezes não é simples. Logo, os problemas podem e devem ser resolvidos por diversos ângulos: as soluções que agora são possíveis não o serão sempre, e por isso há que desenvolver habilidades mais criativas de solucionar questões. [18] O famoso psicólogo Edward De Bono introduziu a este propósito o conceito de Pensamento Lateral, um método para a solução de problemas, e que assenta na ideia de que devemos encarar um problema a partir de vários ângulos e não centrar-mo-nos apenas numa única perspectiva. [/18] [19] Por outro lado, pensamento Convergente é um pensamento realista, uma actividade mental submetida a instruções e canalizada para encontrar apenas uma solução, exigindo um modo de pensamento específico da informação, da memória e das aprendizagens em geral. [/19] [20] Um exemplo muito simples é quando aprendemos a conduzir um carro. Trata-se de um raciocínio mais rigoroso, calculista, conformista, disciplinado e rotineiro. Nesta situação em concreto existem normalmente dois intervenientes: um aluno e um instrutor. O processo de pensamento do aluno é induzido através de “ordens de comando” submetidas pelo líder, que neste caso é o instrutor, direccionando a sua mente para acções e soluções únicas, sob forma de um pensamento rigoroso e prudente, mas limitado. [/21] Depois desta explicação, poderá estar a pensar: “bem, o pensamento convergente não é nada criativo”. Mas engana-se! Como dissemos no início da lição anterior, pensamento divergente e convergente complementam-se e são essenciais no processo da criatividade. [22] Enquanto que o pensamento divergente é a etapa onde criamos várias ideias, o pensamento convergente é a fase em que devemos fazer as nossas escolhas, decidindo quais das opções são viáveis. No fundo, o pensamento convergente é o momento em que analisamos criticamente as ideias que surgiram durante o pensamento divergente, sendo que estas duas etapas são muito importantes em todo o processo criativo. [/22]
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            • nameCaracterísticas e Atitudes da Personalidade Criativa
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            • script[23] Vamos abrir este capítulo com uma afirmação de Szent-Gyorgyi, Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, e que nos diz o seguinte: “Criatividade consiste em ver o que toda a gente vê e pensar o que ainda ninguém pensou.” [/23] Agora, pense comigo. Quantas vezes já deu por si a “sonhar” acordado? É daquelas pessoas que adora observar ao detalhe tudo o que o rodeia, explorando tiques e comportamentos? Diverte-se ao explorar formas diferentes de observar as coisas mais simples do dia-a-dia? Se sim, então é mais do que provável que você seja alguém muito criativo! [24] É que Frank Barron, psicólogo especialista em criatividade, estudou as características da personalidade de pessoas criativas e verificou que todas elas tinham em comum uma série de factores, tais como: procurar novas maneiras de olhar um mesmo fenómeno; possuir uma enorme facilidade de pensamento - o que nos permite ter ideias que fogem ao que estamos habituados; gostar de analisar o significados das coisas; gostar de desafios e, finalmente, possuir uma forte motivação intrínseca. [/24] [26] No entanto, é importante fazer a distinção entre a motivação extrínseca e intrínseca. A extrínseca vem de factores externos, e um bom exemplo é imaginar alguém que se motiva ao fazer um trabalho simplesmente pelo desejo de ganhar dinheiro. Por outro lado, a motivação intrínseca é o prazer de realizar um determinado trabalho; é trabalhar “com amor à camisola”. Segundo Teresa Amabile, conhecida professora de administração de empresas, a motivação extrínseca constitui um entrave à criatividade, ao passo que a motivação intrínseca é essencial ao processo criativo. E é fácil perceber porquê: é que quando trabalhamos por gosto, entregamo-nos mais facilmente às tarefas que realizamos e as ideias surgem com naturalidade; quando trabalhamos “só porque sim”, os processos tornam-se de tal forma mecanizados que rejeitamos à partida o desenvolvimento de novas ideias. De facto, quando nos apaixonamos pelas actividades que desempenhamos, o processo criativo é muito mais propício a desenvolver-se já que nos sentimos constantemente inspirados. [/25] [26] Na verdade, a criatividade pode-se manifestar nas mais diversas áreas e actividades. Além disso, não depende apenas da inspiração do indivíduo, mas também de factores como a Preparação, o Conhecimento e o Tempo investido nas tarefas em causa. E se pensa que é algo exclusivo a génios e artistas, está absolutamente enganado! A criatividade não é uma característica inata, mas que pode ser trabalhada, e acaba por depender não só do ambiente de trabalho e da sociedade em que nos inserimos, como também da forma como nos educamos a nós próprios. Lembre-se: a criatividade é um recurso demasiado precioso e que necessita de ser bem explorado, sobretudo na actual conjuntura de mercados de turbulência e forte pressão competitiva. [/26] Nas empresas em que as relações se estreitam na base da confiança, em normas flexíveis, e em que exista uma política interna de incentivo e recompensa às novas ideias, a criatividade agradece e certamente irá florescer. Para começarmos o cultivo da criatividade da forma mais simples, sugiro que tente seguir as seguintes recomendações: [27] - Não condicione o seu pensamento com a primeira percepção que teve aquando a abordagem à situação-problema; - Também não se deve satisfazer com a primeira solução que encontra; - Não desanime nem desista: é difícil ser criativo em tudo; - Observe, e absorva todos os detalhes de forma cuidadosa; - E por fim, aprenda a fazer perguntas com mais frequência: “Quem?”; “Onde?”; “Quando?”; “Como?”; “Porquê?”; “De que forma?”; “Com que resultados?”; … enfim, tente questionar tudo à sua volta. Inicialmente, se persistir nestas pequenas atitudes, vai ver que estará a dar um passo construtivo. [/27] Sugiro agora a visualização de dois vídeos curtos, através dos links abaixo indicados, nos quais vamos reconhecer muitos dos traços da Personalidade Criativa que ainda agora aqui referimos. O primeiro é o video de propaganda de uma campanha contra a SIDA. O segundo vídeo refere-se àquele que foi considerado o melhor sketch humorístico de todos os tempos. É o “Dead Parrot”, dos Monty Python e está legendado em português.
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M2L5.mp4
            • script[28 IMAGENS] Vamos exercitar a mente?! Antes de avançarmos para o próximo módulo, não resisto em colocar-vos um pequeno desafio. Como podem ver, temos aqui seis copos alinhados, sendo que os três primeiros copos estão com sumo e os restantes três estão vazios. O objectivo deste exercício é que consiga alinhar os copos, de forma a que os cheios e os vazios se alternem. Ou seja: um cheio, um vazio, um cheio, um vazio, e por aí fora. No entanto, para resolver este desafio poderá apenas movimentar UM copo. Então vamos lá, pense um pouco. Depois de resolvê-lo sozinho, ou em equipa, poderá confirmar a solução mais à frente neste vídeo. Sugiro que coloque na pausa e tente resolvê-lo agora. Boa sorte! E lembre-se: seja criativo! Então, conseguiu resolver o exercício? Achou difícil ou até conseguiu resolver com alguma facilidade? Bem, independentemente de ter conseguido ou não, o que importa agora é saber a solução! Ora bem, para resolver este exercício teria de pegar no segundo copo cheio, despejar o seu conteúdo no quinto copo (contando da esquerda para a direita), e voltar a colocar o segundo copo no sítio. Bem simples, não é verdade? Se não conseguiu resolver este desafio, foi porque, inconscientemente, criou uma regra que não existe: a de não poder mexer no conteúdo do copo, ou até não poder levantar o copo da mesa. Este é um tipo de bloqueio mental muito comum: suposições criadas pela nossa mente sobre como as coisas devem ser. O desafio passa sempre por olhar as coisas da forma mais simples possível! [/slide28IMAGENS]
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            • nameDesafio II
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M2L6.mp4
            • script[29] Depois do desafio dos copos, lanço-lhe mais um: o Exercício dos Pontos. Este é um desafio já muito conhecido, mas que é muito interessante para testar a nossa capacidade criativa e de resolução de problemas. Vê estes 9 pontos? Desenhe 9 pontos iguais numa folha. Depois, tente ligá-los usando, no máximo, 4 linhas rectas, sem levantar a caneta. Então, acha que consegue? Este é mais difícil. Mas dou-lhe uma dica: fuja ao óbvio! Seja criativo! Bom, vamos ao desafio? Antes de começar, sugiro que faça pausa no vídeo e tente resolvê-lo agora mesmo. Mais à frente terá a solução para o exercício. Boa sorte... e até já! [/29] Então, como correu? Este exercício é um bocadinho mais difícil, mas com uma mente criativa nada é impossível! Como tudo na vida, os problemas não têm de ter apenas uma única solução; há que quebrar pressupostos. E este caso em particular não foge à regra. O exercício dos pontos não tem apenas uma solução, e todas elas fogem ao óbvio. [30] - Primeiro: as linhas não têm que estar dentro do quadrado que nós “automaticamente imaginamos formado pelos pontos; - Segundo: as linhas não têm que passar pelo centro dos símbolos; - E finalmente: devemos quebrar o pressuposto de que a linha tem espessura fina. [/32] Estas são apenas algumas soluções para este exercício. Mas como pode ver, devemos encarar todos os desafios que nos são colocados através de uma perspectiva arrojada e irreverente. E lembre-se: o mais importante é nunca impor regras e barreiras à nossa mente.
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            • nameO Processo Criativo
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L1.mp4
            • scriptO Espírito Criativo é muito mais do que um relâmpago ocasional em que as ideias parecem desabrochar todas ao mesmo tempo. Frequentemente damos por nós mesmos a apreciar uma determinada ideia e pensamos: “Porque é que EU não pensei nisto primeiro?”; “Será que há pessoas que têm muito mais facilidade em criar”? “Será que eu sou capaz de conceber algo simples e genial”? [33] A frase de Antoine Lavoisier que nos diz que “Nada se cria, tudo se transforma”, faz-nos reforçar a ideia de que a criação vai buscar inspiração ao nosso baú pessoal de experiências vividas, ou seja, a TUDO o que já vivemos. Desde às nossas imagens armazenadas, à nossa “bagagem” cultural, à associação de impressões “antigas”, enfim.. Tudo, tudo o que já experienciámos contribui para que consigamos produzir algo de novo. [/33] Os especialistas que se debruçam sobre esta temática referem que o Processo Criativo contempla 4 etapas básicas, elaboradas pelo físico alemão Hermann von Helmholtz e por Graham Wallas, da Universidade de Londres. [34] A primeira etapa é a da Preparação. Já alguma vez ouviu dizer que as grandes ideias requerem 99% de trabalho árduo e 1% de inspiração? É que esta etapa refere-se a isso mesmo. Nesta fase não há nada de mágico ou milagroso. É trabalho, trabalho, trabalho. Trata-se, no fundo, de entender melhor o que se vai criar. Para isso deve ler, anotar, discutir, questionar, explorar e estudar tudo ao pormenor sobre o que se relaciona com a sua ideia, desde projectos semelhantes, tentativas anteriores de criar algo semelhante, até ao que se diz sobre o assunto no meio académico. Criar exige sempre técnica. Tentamos nesta etapa aprender a dominar a criação para poder potenciá-la, tirar o seu melhor proveito. Por isso, devemos contrariar o hábito de ver as coisas sempre da mesma forma, assim como contrariar a auto-censura. [/34] [35] A segunda etapa é a Incubação, e aqui devemos fazer algo como deixar a nossa mente em “banho-maria”. O consciente sai de cena para dar lugar ao Inconsciente; o criador desliga-se do problema a ser solucionado, as ideias são enterradas na mente e as conexões serão realizadas. É um trabalho inconsciente, pois nem sempre nos apercebemos que estamos nesta fase. As ideias ficam livres para combinações com padrões novos de criatividade e associações imprevisíveis. Para lhe dar exemplos concretos, fique a saber que Einstein e Sherlock Holmes diziam que as melhores ideias lhes vinham à cabeça enquanto tocavam violino. É que a mente inconsciente é intelectualmente mais rica do que a consciente e, por isso, o inconsciente trabalha por nós enquanto relaxamos! [/35] [36] Depois da Incubação, vem a terceira etapa: a Iluminação. Aqui, sim, entra toda a magia do processo criativo. Esta fase pode ser considerada como o Clímax de todo o processo, pois é o momento onde tudo se encaixa e encontramos "O" pensamento que completa a cadeia das ideias em que estamos a trabalhar. As manifestações do consciente e do inconsciente completam-se e então... Eureka!, encontramos o resultado ou solução que queríamos. [/36] [37] Só que cuidado! Sem querer ser desmotivadora, depois da Iluminação há que ser prudente, e aí entra a quarta etapa: a Verificação. A última fase do processo traz de volta à acção o pensamento consciente para podermos avaliar a solução e verificar se a mesma é viável. É considerada como uma revisão do nosso trabalho até então, sendo necessário distinguir, no seu material final, aquilo que é valido e o que não é. O problema é que às vezes deixamo-nos entusiasmar de tal maneira, que seguimos em frente com uma ideia que, afinal de contas, não é assim tão boa. A verificação também pode ser feita pedindo a opinião de terceiros, num processo que pode levá-lo a novas intuições e conceitos. [/37] Estão assim apresentadas as etapas do processo criativo. É evidente que cada indivíduo tem o seu processo criativo; por isso importa conhecê-lo bem para poder optimizá-lo. Para perceber melhor como funciona este processo, sugiro que veja este vídeo. Nele vai encontrar testemunhos de pessoas envolvidas no meio criativo, descrevendo como é que normalmente desenvolvem as suas ideias e ultrapassam os bloqueios mentais. Este vídeo pode ser importante para a lição seguinte, onde vamos falar sobre os obstáculos no processo criativo.
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            • nameBloqueios Mentais
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L2.mp4
            • scriptTodos nós, em algum momento das nossas vidas, já nos sentámos à nossa secretária e, por mais que tentássemos, simplesmente não saía ideia nenhuma. Nada. Zero! Chega a ser desesperante, não é? Estes são aquilo a que chamamos de [38] bloqueios mentais, factores que, como o nome indica, bloqueiam a criatividade. Normalmente, são obstáculos que nos impedem de perceber correctamente os problemas ou de conceber as soluções possíveis. Nestes momentos, senti-mo-nos como incapazes de pensar em algo que seja diferente. E, na verdade, estes Bloqueios Mentais podem ser divididos em 5 categorias: [/38] [39] A primeira são os Bloqueios de Percepção. Estes são obstáculos que nos impedem de perceber com total clareza a situação ou problema, dificultando a sua análise sob diferentes pontos de vista. O excesso de informação e detalhes, a antecipação de limites que por vezes nem existem ou até mesmo estereótipos são alguns exemplos deste tipo de obstáculos. [40] Depois temos os Bloqueios Emocionais. Já alguma vez teve medo de contar a alguém uma ideia espectacular que teve simplesmente porque tem medo de parecer ridículo? Então está a ter um destes bloqueios emocionais, já que estes resultam do desconforto que sentimos em explorar e comunicar as nossas ideias às outras pessoas. Exemplos destes bloqueios são o medo de parecer ridículo; o medo de correr riscos e de falhar; o desconforto sentido com as fraquezas da ideia ou até a visão pessimista em relação aos resultados. [/40] [41] Em terceiro lugar temos os bloqueios culturais. Normalmente são gerados por pressões da sociedade, cultura ou grupo a que pertencemos. Assim, rejeitamos à partida o modo de pensar de pessoas ou grupos diferentes, sendo isso uma barreira que acabamos por impor a nós próprios. Expressões comuns como “Aqui fazemos desta maneira e assim é que está certo”; “É preciso alinhar com os procedimentos internos deste grupo”, são alguns dos muitos exemplos de formas de bloquear a nossa capacidade de resposta mais divergente. [/41] [42]Os Bloqueios Ambientais e Organizacionais também são importantes. Normalmente resultam das condições físicas e culturais do ambiente de trabalho em que estamos inseridos, nomeadamente um clima de trabalho mais austero, gerador de insegurança; a falta de apoio, de confiança e de cooperação nas equipas; atitudes que inibam a expressão de emoções, do humor, da partilha crítica de opiniões, entre outros. [/42] [43] Finalmente, os Bloqueios Intelectuais e de Comunicação. Trata-se da dificuldade em formular e expressar com clareza quer os problemas, quer as ideias. São bloqueios que resultam de factores como informação incorrecta ou incompleta acerca da situação alvo a gerir; da procura de soluções apenas dentro dos limites da sua função ao nível da intervenção profissional, ou até da crença de que para um problema existe apenas UMA solução válida…[/43] Infelizmente, são muitos os factores que podem bloquear a nossa criatividade. Desta forma, é fundamental que saibamos identificar e reconhecer quais são os factores internos e externos que interferem com o nosso processo criativo. Assim, podemos trabalhar para mudar a nossa maneira de perceber, definir e examinar quer os problemas, quer as suas possíveis soluções.
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            • nameEstimular o Potencial Criativo
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L3.mp4
            • scriptA melhor forma de estimular o seu potencial criativo é olhar e pensar sob diferentes perspectivas, procurando viver uma vasta gama de novas experiências. [44] Procure variar em tudo um pouco e quebrar rotinas, desde aquilo que come, os sítios que escolhe para se divertir, o que lê ou até para onde viaja. Procure também contactar com áreas de conhecimento diferentes daquela a que está habituado, porque isso pode permitir-lhe absorver ideias que de outra forma nunca conseguiria atingir. [/44] [45] Outra coisa muito importante que também deve fazer é discutir ideias fora dos seu círculos habituais, seja de amigos ou colegas de trabalho. Desta forma, vai ter um número de ideias e de respostas menos óbvias, menos esperadas. Na verdade, é muito interessante discutir certas questões com pessoas fora da área de abrangência da temática em causa, já que elas podem indicar-nos soluções mais inovadoras ao avaliarem o problema sob um prisma diferente. [/45] Agora, uma pergunta: por dia, quanto tempo gasta para pensar? Sim, pensar? Costuma deixar-se ouvir a si mesmo? De facto, é necessário saber parar e dedicar algum tempo por dia a pensar, mas a pensar de forma a que o pensamento flua completamente, sem censurar as ideias, mesmo que nos pareçam ridículas, infantis ou impraticáveis, até porque o humor é um grande desbloqueador da criatividade. Não é por acaso que os humorístas são pessoas extremamente criativas. [46] Outro comportamento que devemos assumir é a postura de observador, ou seja, ser sensíveis a tudo o que de interessante exista à nossa volta. Para isso, devemos apontar num caderno as ideias que nos assaltam o cérebro, bem como imagens, pensamentos, desenhos, artigos, ou seja, todo um material solto e diverso que poderá vir a ser muito útil... se calhar mais cedo do que esperamos. [/46] [46] Devemos igualmente ser curiosos: perguntar mais e melhor, já que a curiosidade leva-nos a investigar, desenvolvendo assim o nosso potencial criativo. Perguntas começadas por “E se…”?; “Como?”; “Porquê”?, são sempre boas questões de princípio. [/46] [46] Uma outra postura bastante aconselhada é a de enfrentar os desafios com uma atitude positiva, pensando sempre que um problema é de facto uma oportunidade de se superar como pessoa, uma oportunidade de criar algo novo, logo, uma forma de auto-conhecimento. [/46] [46] Além disso, devemos ser resilientes. Não nos podemos deixar abater pelo que de mau existe à nossa volta. Devemos, sim, conseguir transformar o descontentamento que possamos sentir em motivação para realizar algo construtivo, ultrapassando as limitações. Por isso, tente ser mais perseverante, determinado e paciente. [/46] [46] Mas, mais importante que tudo: Tenha uma Mente Aberta! Isto é fundamental para a nossa mente criativa. Se nos livrarmos de suposições, preconceitos e de tudo o que limita o nosso raciocínio, é meio caminho andado para a equação de novas ideias e soluções inovadoras. Um telemóvel, por exemplo, já não pode ser visto apenas como um equipamento que serve meramente como telefone, mas sim como um aparelho com mais funções, desde máquina fotográfica, e-mail, GPS, entre outras. [/46] Agora já sabe: quebrar a rotina, discutir ideias com amigos fora da sua área de actividade, parar para pensar, observar, questionar e ter uma mente positiva são o segredo para estimular a sua criatividade. Tente aplicá-los já a partir de hoje e vai ver que os resultados começam a surgir... talvez até mais cedo do que espera!
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            • nameDesafio III
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L4.mp4
            • scriptAo longo deste módulo foram indicadas algumas atitudes essenciais que estimulam a sua criatividade. Já sabemos que não é nem fácil nem rápido implementar novas atitudes no nosso dia-a-dia mas... podemos começar por algum lado, certo?! Ter e desenvolver a capacidade de se concentrar nos detalhes sem perder a visão do todo, é também uma habilidade fundamental que deve treinar. [IMAGEM] Por isso, sugiro agora a realização de um desafio bastante divertido: o Exercício das Velas. Pois bem, para fazer este exercício vai precisar dos seguintes materiais: - Uma daquelas caixas clássicas de cartão duro com várias velas de cera lá dentro ; - Uma caixa com pionés; - Uma caixa cheia de fósforos. [/IMAGEM/] [47] Para completar este desafio com sucesso terá de fixar 3 velas na vertical, acesas, numa parede ou quadro de cortiça, gastando o menos possível os recursos que tem ao seu dispor. Bem mais complicado, hã? Se porventura não tiver consigo nenhum destes materiais, pode sempre imaginar uma solução possível para este exercício. Sugiro que de seguida coloque o vídeo na pausa e que tente resolver o desafio agora. Quando achar que pode ter encontrado uma resposta, recomece o vídeo e logo terá a solução! Combinado? Não se esqueça: abra as asas à imaginação! Boa sorte! :D [/47] Ora olá de novo! Conseguiu resolver o desafio? Espero que não tenha pegado fogo à casa ou que não tenha esburacado as portas e as paredes :D Este exercício é até bastante simples de resolver se formos criativos! A grande maioria das pessoas apresenta até ideias bastante interessantes, mas costumam falhar nos seguintes pontos: [48] - gastam muitos fósforos, já que queimam as 3 velas para as fixarem entre si depois da cera ficar mais solidificada; - espetam muitos pioneses entre as velas e mais uns quantos para posteriormente fixarem as velas à parede; - deitam muita cera para o chão, não economizando assim nem recursos disponíveis nem tempo. [48] [IMAGEM] No entanto, quando tiramos as 3 velas do interior da caixa, tendemos a ignorar a caixa. Desta forma não percebemos a utilidade dela para este desafio. Pensamos apenas que serve para guardar objectos dentro dela. Neste exercício, a caixa pode e deve servir como prateleira para suportar em si as 3 velas na vertical. [/IMAGEM] [IMAGEM] Assim, basta 1 ou 2 pioneses para fixar a caixa na parede, na horizontal, como se fixássemos uma prateleira [IMAGEM] [IMAGEM] Depois, só temos de colocar as 3 velas lá dentro, fixando-as com um pouco de cera derretida e acendê-las por segundos [/IMAGEM] [IMAGEM] Mas a caixa não tem necessariamente de ser presa à parede desta forma! Podemos fixar a caixa na vertical. Depois é só colocar as 3 velas no topo da caixa, fora do interior da caixa onde estavam todas as velas inicialmente guardadas. [IMAGEM] [IMAGEM DOS EXERCÍCIOS COMPLETADOS] Parece fácil, não é? Como pode ver, basta libertar a mente de todo e qualquer bloqueio mental que possamos ter. É mesmo caso para dizer que a criatividade faz... maravilhas! [/IMAGEM DOS EXERCÍCIOS COMPLETADOS]
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        • nameFlexibilizar e Ampliar o Pensamento Criativo
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            • nameProcesso de Resolução de Problemas
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M4L1.mp4
            • scriptMuitos dos projectos que criamos acabam por ficar apenas no plano das ideias, das boas intenções, e raramente passam do papel à prática.Transformar uma boa ideia em ACÇÃO requer planeamento, bem como a avaliação de todos os recursos necessários (sejam de ordem financeira, técnica, ou recursos humanos). Depois, também é bastante útil avaliar o tempo necessário à execução de cada etapa do projecto que tem em mente. Além disso, quando nos sentimos excitadíssimos com o nosso projecto, muitas vezes caímos no erro de achar que os outros também vão estar. Muitas vezes, isso pode não acontecer. A verdade é que dificilmente conseguimos implementar um projecto sozinhos; há quase sempre a necessidade do apoio de terceiros, do seu comprometimento e do seu trabalho. Por isso, teremos de conseguir vender as nossas ideias aos outros, certo?! [49]Para uma aprovação e execução bem sucedida dos seus projectos há que apostar num planeamento rigoroso. Esse planeamento passa por Quatro Etapas: Definir o objectivo; Elaborar um plano de acção; viabilizar a ideia; e gerir a execução do projecto. [/49] [50] A primeira etapa é muito simples. Aqui, devemos ter a preocupação de comunicar com clareza a ideia proposta, os resultados desejados, e os prazos para concluir todo o processo de implementação. Desta forma, os seus objectivos devem ser específicos, mensuráveis, atingíveis, realistas e terem prazos definidos. [/50] [51] Na segunda etapa vai ser necessário uma estratégia e um plano onde venham detalhados os caminhos a serem tomados para o alcance do seu objectivo. Este plano de acção define o que é que precisa de ser feito, quando, por quem, e que recursos serão necessários. Trata-se do processo de operacionalização do objectivo, e deve ser claro nos seguintes pontos: - Quais os objectivos a serem atingidos; - As actividades que devem ser cumpridas; - A sequência em que essas actividades devem ser executadas; - As datas em causa: de início e fim de cada actividade a realizar; - As pessoas responsáveis por cada uma das actividades em questão; - Todos os recursos necessários para o projecto; - As metas a serem atingidas no final de cada uma das actividades já apontadas; - E, finalmente, os indicadores, ou seja, os parâmetros de avaliação necessários ao correcto acompanhamento e avaliação da execução do plano por fases. É, assim, vital que todas as pessoas envolvidas na execução possam participar nesta fase do Planeamento. [/51] Mas passemos à terceira etapa. Se você necessitar da aprovação e sobretudo do apoio de terceiros, então o sucesso do seu projecto não depende exclusivamente da qualidade da sua ideia, mas também da forma como pretende implementá-la. O sucesso do seu projecto vai depender da sua arte de persuadir, de vender a sua ideia às pessoas de quem depende para torná-la viável, de forma a ser implementada na prática. Para tal, deverá ter em atenção alguns passos que poderão ajudá-lo, aumentando assim as probabilidades de passar as ideias à acção prática: [52]- Identifique as pessoas chave para a aprovação do seu projecto e tente cativar a sua curiosidade e interesse, como que uma prévia aprovação. Quando for para uma reunião de apresentação, leve tudo o que envolve a sua ideia muito bem estruturado e apelativo. - Também se deve preparar para críticas e objecções, antecipando cenários, com respostas muito claras, objectivas, respeitando os diferentes pontos de vista que os outros possam ter. - Aposte na simplicidade, limitando-se ao que é essencial, evitando dados excessivos e demasiado detalhados, para não aborrecer o seu público ou desviar a conversa do assunto principal. - Por fim, saiba destacar cada um dos benefícios, já que cada pessoa gosta sempre de saber o que tem a ganhar com o seu envolvimento. Assegure-se que a sua ideia traz mais valias para os que se envolvem no projecto. [/52] Depois de assegurar a viabilização da ideia, deve gerir a execução do projecto. Para tal, deve reunir ou trabalhar atributos fundamentais, tais como: [53] Ser um excelente comunicador; ser disciplinado; persistente; ter capacidade liderança; deve ser um bom gestor de conflitos; deve ter amplo conhecimento e experiência na gestão de projectos; assim como a habilidade de perceber antecipadamente problemas e de solucioná-los com a rapidez e eficácia necessárias. [/53] Se todas estas etapas estiverem presentes, desde a concepção da ideia à sua execução, com avaliação e acompanhamento constante, então chegou o momento de colher os frutos, os benefícios de tudo o que foi semeado na sua mente, na fase mais primária do seu projecto.
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            • nameMétodo SCP - Solução Criativa de Problemas
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M4L2-2.mp4
            • scriptEmbora normalmente julguemos que procuramos soluções de uma forma intuitiva, também podemos afirmar que, a maior parte das vezes (sem termos consciência disso!) assumimos a sequência de vários passos até chegarmos à resolução desejada. [54] De uma forma muito simples, podemos definir PROBLEMA como uma discrepância entre o que inicialmente projectamos alcançar e o que efectivamente foi atingido como resultado; podemos definir problema como um obstáculo, um conflito, ou tudo o que nos provoca dissabores e prejuízos. [/54] [55] Bem, também podemos criar uma nova definição para esta palavra no nosso dicionário mais íntimo, e passar a definir PROBLEMA como uma OPORTUNIDADE para criar algo diferente, distinto, e se possível, inovador. Para tal, é muito importante estabelecer métodos que nos permitam contornar os obstáculos de forma positiva. Independentemente da sua natureza e complexidade, a resolução efectiva de um problema deve obedecer aos seguintes passos: [/55] [56] Primeiro: a Definição Exacta do Problema. Trata-se uma descrição clara e simples do que está a acontecer. Para tal, devemos procurar toda a informação necessária sobre o problema, assim como as suas causas. Segundo: Solução do Problema. Aqui devemos ser capazes de gerar muitas ideias e eleger a que for mais adequada para resolver o problema. Por fim, a terceira: Implementação da Solução, onde deverá existir um Planeamento, assim como execução das acções necessárias à solução do problema. [/56] Como pode ver, a presença de uma metodologia torna muito mais fácil replicar os processos bem sucedidos em futuras ocasiões, contribuindo para desenvolver habilidades na solução criativa de problemas. Estes métodos fornecem-nos princípios, directrizes e ferramentas que nos ajudam a organizar o raciocínio, a orientar a criação de ideias, contribuindo depois na sua avaliação, selecção, e implementação. É que não basta eliminar problemas; há que tirar partido deles. [57] Neste sentido, os dois principais Métodos de Resolução Criativa de Problemas são: - O Método SCP - Solução Criativa de Problemas e o método PIS - Pensamento Inventivo Sistematizado. Neste nosso Curso vamos apenas abordar o primeiro. A Solução Criativa de Problemas baseia-se num modelo introduzido por Alex Osborn (o criador do Brainstorming) e Sidney Parnes (que foi professor na Buffalo State College). [/57] A estratégia deste modelo é obter uma clara e rigorosa definição do problema, assim como gerar várias soluções. O método de Solução Criativa trata-se de um conjunto de processos que têm como objectivo analisar e solucionar problemas, bem como identificar e ultrapassar desafios. Para tal, é necessário estabelecer objectivos de forma a que os consigamos atingir. Este método é constituído por 6 passos que guiam o processo criativo, definindo passo a passo o que deve ser feito para que se consiga produzir soluções. Mas atenção! Não nos devemos esquecer que estes passos se dividem em duas fases de que já falámos durante este curso: a da criação de muitas possibilidades, de muita imaginação, sem castração de ideias – ou seja, o Pensamento Divergente e, a fase da avaliação e realização de escolhas entre as várias possibilidades, ou seja, o Pensamento Convergente. [58] Passemos então os 6 passos do Método de Solução Criativa de Problemas. São eles: 1- IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA; 2- OBTENÇÃO DE DADOS; 3 - FORMULAÇÃO DO PROBLEMA; 4- CRIAÇÃO DE IDEIAS; 5- DESENVOLVIMENTO DA SOLUÇÃO; 6- IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO. [/58] [59] Vamos então analisar cada um destes passos, começando pelo primeiro, o da IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA. Este processo inicia-se precisamente quando reconhecemos o problema, e nos apercebemos do que temos de enfrentar. Devemos elaborar uma descrição preliminar do problema, que poderá ser, nesta fase inicial, algo de não muito preciso e rigoroso. Ainda assim é muito importante definir o problema. [/59] [60] O segundo passo que devemos assumir é o da OBTENÇÃO DE DADOS: Com este passo vamos ser capazes de chegar a uma definição mais clara daquilo que estamos a enfrentar. Aqui devemos explorar todas as fontes de informação relacionadas com o problema diagnosticado, ou seja, recolher dados para, posteriormente, seleccionar aqueles que realmente são importantes de se analisar no passo seguinte, que é o da FORMULAÇÃO DO PROBLEMA: [/60] [61] Nesta fase devemos fazer a ligação entre os dados obtidos na etapa anterior e a criação de possíveis soluções. Esta etapa ajuda, assim, a aperfeiçoar a definição inicial do problema, até porque o fracasso na solução é precisamente a falha na definição clara desse mesmo problema. [/61] [62] Passamos então ao quarto Passo, que é o da CRIAÇÃO DE IDEIAS: Aqui devemos procurar as técnicas e as ferramentas mais adequadas no sentido de sermos capazes de gerar o maior número possível de soluções. As soluções encontradas só irão ser avaliadas, melhoradas ou combinadas na etapa seguinte, logo, este passo caracteriza-se pelo Pensamento Divergente. Lembra-se deste conceito? É a fase em que damos asas à nossa inspiração e deixamos a mente criar ideias e soluções de forma livre e espontânea. Depois tínhamos o pensamneto convergente, que era a fase em que faziamos a escolha de qual a melhor opção a seguir, correcto? Este conceito é vital no quinto passo, o do DESENVOLVIMENTO DA SOLUÇÃO, onde o pensamento convergente tem um papel muito importante. Aqui, as ideias anteriormente criadas vão agora ser avaliadas segundo critérios definidos. Nesta etapa irá nascer então uma solução específica para resolver o problema! [/63] [64] Finalmente, o último passo do Método de Solução Criativa de Problemas é o da IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO: Nesta fase cria-se um Plano de Acção onde devem estar identificadas as seguintes questões: O que vai ser feito?; Porquê?; Como?; Quando?; Onde? E Como? Todas as pessoas envolvidas neste Plano deverão ter essa informação bem explicada para que possam estar devidamente envolvidas no processo da implementação. Deverá também saber monitorizar a implementação, bem como avaliar continuamente os resultados obtidos e identificar eventuais medidas correctivas, para que o plano de acção tenha sucesso. [/64]
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            • scriptGerir e acompanhar projectos, conduzir eficazmente reuniões de trabalho, resolver problemas, tomar decisões, criar soluções inovadoras a cada novo desafio…Uffa! Toda esta azáfama dá muito trabalho e exige um grande esforço da nossa parte! E o problema é que nem sempre temos tempo, nem recursos e, sobretudo, a disposição mental para pensar em alternativas que tragam novos benefícios. Muitas vezes já nos colocamos a seguinte pergunta: “Como explorar ao máximo as minhas capacidades mentais?” Ou: “Como posso simplificar o processo de criação de ideias?”, ou ainda: “Que chave-mestra usar para aceder ao meu potencial criativo?”. Bom, de facto, embora o desejássemos, as varinhas mágicas não existem nem quando falamos de criatividade. No entanto, a boa notícia é que não faltam ferramentas e técnicas criativas que devemos conhecer e explorar. Depois de compreender a forma como cada uma dessas técnicas se implementa na prática, e passando a aplicá-las diariamente, eu sei que elas farão toda a diferença na eficácia do seu desempenho pessoal e profissional. Entre uma imensa panóplia de ferramentas potenciadoras do desenvolvimento da criatividade, escolhi 7 delas, sobretudo pelo seu potencial, facilidade de compreensão e aplicação. Vamos começar pela Técnica da Listagem de Atributos. Acompanhe-me...vai ser muito produtivo!
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            • nameListagem de Atributos
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            • scriptA Listagem de Atributos é uma ferramenta indicada para quando você quiser CRIAR ou MELHORAR um produto, serviço, sistema, ou projecto. Deve ser aplicada quando estiver perante uma situação que possa ser decomposta em atributos ou características. Para uma correcta utilização desta Técnica devemos ter em consideração os seguintes passos: [65] 1º - liste os atributos, por exemplo, de um determinado produto com parâmetros como material de que é feito, peso, cor e dimensão; 2º - construa uma tabela designando uma coluna para cada um dos atributos; 3º - em cada linha da coluna, aponte os diferentes valores que o respectivo atributo possa assumir em grau de importância, por exemplo, numa escala de zero a dez. terminado este exercício, a tabela mostrará as possíveis variações ou alternativas de cada atributo; 4º - seleccione um valor numa coluna e combine-a com os valores de outras colunas. Para cada combinação você poderá terá um produto distinto; 5º - como último passo, seleccione e examine as combinações que lhe parecem mais interessantes. Faça melhorias nessas combinações possíveis. Devemos sempre colocar questões sobre como podem ser modificados e adaptados os atributos, assim como qual a sua possível viabilidade e rentabilidade. Sugiro agora que consulte o documento em anexo chamado “Listagem de Atributos” para que possa exercitar a aplicação desta Ferramenta de uma forma simples, através de um exemplo muito prático. [65]
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            • script[66] Brainstorming é uma palavra que pode ser traduzida como “Tempestade Cerebral” ou “Tempestade de Ideias”. Criada em 1941 por Alex Osborne, trata-se de uma ferramenta para criação de novas ideias, conceitos ou soluções relacionadas a um tema específico, e é óptima para as alturas em que necessita de respostas rápidas para questões relativamente simples. É frequentemente usada para o desenvolvimento de novos produtos, para campanhas publicitárias, melhoria de processos de produção, gestão de projectos, entre outros. [/66] O ambiente de discussão deve ser livre de críticas e de restrições à imaginação. A sua finalidade é a de reunir uma série de ideias que possam servir de orientação para a solução de um problema ou desenvolvimento de uma oportunidade, rompendo com as habituais limitações do pensamento. Porquê ter só uma opção de resposta quando se tenta resolver um problema? Para a aplicação desta ferramenta é necessária a existência de um líder que prepare e organize a sessão, que defina os seus objectivos e que reúna o grupo de pessoas que devem estar presentes na discussão. [67] Além disso, a aplicação do Brainstorming não deve exceder os 45 minutos e os grupos de discussão devem ser de 6 a 12 participantes. As ideias lançadas por último tendem a ser as melhores já que são lançadas depois de ouvidas as respostas mais evidentes face ao problema em questão. Quando falamos em brainstorming, podemos falar em 5 fases para a sua aplicação: [/67] [68] A primeira, a abertura da sessão, é onde o líder deve explicar os objectivos da reunião e encorajar a produção de ideias. Nesta fase, deve ficar bem claro que ninguém se deve inibir de expor as suas propostas, nem criticar assertivamente as ideias lançadas pelos outros participantes. [/68] [69] Depois, a Produção de ideias, onde a qualidade das ideias, nesta fase, nem é o mais relevante. Aqui os participantes lançam as suas ideias espontaneamente e estas são escritas num quadro. Mas há regras: não se deve fazer juízos de valor; deve-se encorajar todos os participantes a produzir o maior número de ideias possível e combiná-las para gerar outras. Nesta fase, o líder é um facilitador que encoraja a produção de soluções e mantém o grupo centrado na questão principal. [/69] [70] A terceira fase é a avaliação das ideias. Estas são divididas em grupos e ordenadas com base na sua utilidade e prioridade. Depois, o líder regista as opiniões dos participantes em relação a cada uma. Se, por exemplo, o grupo acha que uma ideia é boa, mas dispendiosa, o líder deverá orientar o grupo para pensar em formas de contornar esse problema. [/70] [71] Quarta fase: Eliminação de ideias. Aqui, ideias consideradas impraticáveis são eliminadas, centrando o foco do grupo naquelas que são melhores e mais importantes. Mais tarde, na Quinta fase, procede-se ao registo das ideias finais, as respectivas prioridades e formas de implementação. [/72] Faço-lhe agora um convite: o de visualizar a publicidade de uma marca sobejamente conhecida por todos nós, a Pepsi. Entre outras técnicas que terão sido utilizadas para a criação desta campanha, o Brainstorming foi certamente uma delas. Veja então esta publicidade tão criativa no seguinte link. Ate já. https://www.youtube.com/watch?v=Go9rf9GmYpM
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            • scriptViu o vídeo? Ora aqui está uma forma bem mais interessante e divertida de aguardar pelo autocarro, não acha? Agora vou lançar-lhe um desafio! É um clássico! Deverá cronometrar o tempo no seu relógio, e sem batota, combinado?! [73] Em 10 minutos apresente, no mínimo, 50 utilizações que poderia dar aos clipes de papel! Tudo o que pode fazer com clipes e no final, escreva as sua respostas por tópicos. Depois de terminar, consulte o documento em anexo onde pode encontrar a solução para este exercício. Vá usando e abusando desta técnica; mesmo a nível particular, no nosso grupo de amigos, é muito interessante lançar um belo desafio para a mesa do café, com perguntas arrojadas e pertinentes! [73]
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            • nameComparações e Metáforas
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            • scriptA técnica das Comparações e Metáforas é uma técnica tão simples quanto isto: centre-se no problema que tem em mãos e estabeleça uma comparação com algo que tenha semelhanças. Partilho aqui consigo um exemplo bastante curioso. Há uns anos, uma empresa decidiu produzir batatas fritas embaladas cujo pacote não ocupasse muito espaço nas prateleiras. Porém, se fosse retirado o ar do interior dos pacotes, as batatas ficariam desfeitas. A solução foi encontrada através de uma analogia: a empresa imaginou que as batatas eram folhas de árvores. Como sabe, as folhas de árvore não podem ser comprimidas quando estão secas, porque se partem. No entanto, é possível fazê-lo enquanto ainda têm alguma humidade. Eureka!! Foi então que o produtor teve a ideia de molhar batatas fritas com pouca humidade em água e comprimi-las até à forma pretendida. Resultado? As famosas Pringles. Então o desafio que lhe coloco é mesmo este: a partir de agora, tal como num treino, vamos passar a olhar para um problema que nos surja e tentar estabelecer todas as analogias possíveis e imaginárias que assaltem o nosso cérebro! Vão surgir ideias fantásticas, não tenho a menor dúvida!
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            • scriptEsta é uma das técnicas que considero mais interessantes. A SCAMPER trata-se de uma técnica de criatividade e desenvolvimento de ideias concebida por Bob Eberlee em meados do século XX. É utilizada para MELHORAR um produto, serviço ou processo existente. Mas, acima de tudo, é extremamente útil para abrir a sua mente a novos conceitos e focar toda a sua capacidade criativa. A intenção é guiá-lo na realização de uma sessão de Brainstorming, e fazer com que a discussão do grupo envolvido seja orientada para um resultado produtivo. Com o uso desta ferramenta é possível criar novas versões de um produto ou serviço, ou até mesmo gerar uma ideia totalmente diferente. [74] Então, e como se implementa a SCAMPER? Primeiro deverá identificar o que quer melhorar (seja produto, serviço ou processo). A partir desta definição, irá comandar a discussão através das seguintes premissas: S = Substituir C = Combinar A = Adaptar M = Modificar P = Propor E = Eliminar R = Rearranjar / Reverter Dez minutos para cada palavra serão suficientes e após encerrar a discussão, os grupos de trabalho apresentam as soluções encontradas. Mas olhemos para cada conceito de forma detalhada: [/74] [75] LETRA S de SUBSTITUIR Se tem alguma coisa que gostava de ver diferente, esta é a altura para discuti-lo! Repense o problema e substitua uma coisa por outra até achar uma ideia que faça sentido! E na verdade tudo pode ser substituído: pessoas, procedimentos, lugares, coisas, conceitos, e emoções. As palavras de ordem aqui são: renomear, trocar, reembalar, alterar, mudar, etc. [/75] É fundamental trabalhar sempre com perguntas e interrogar-se nesta etapa com questões como: - Posso mudar as propriedades do produto? A cor, textura, a forma, o tamanho? - Poderei usar outros componentes ou materiais? - Posso substituir uma parte do produto, serviço, ou processo? Encerrada esta ronda com base na palavra substituir, deverá escutar as sugestões e recolher os papéis onde foram feitas as anotações, colocando-os num envelope com a letra S, e assim sucessivamente com as letras seguintes. [/76] [77] Próxima letra: C de COMBINAR Pense em combinar duas ou mais partes do seu problema para criar um produto ou processo diferente. Grande parte do pensamento criativo envolve a combinação de ideias não relacionadas. As Palavras-chave aqui são: reunir, misturar, juntar, relacionar, unir, fundir, entre outras. [/75] Além disso, nesta fase deverá colocar questões como: - E se eu combinar recursos? - Que produtos podem ser combinados? - Poderei combinar passado e presente? [/78] [79] Espaço agora para a LETRA A de ADAPTAR Adaptar permite sobreviver, e na verdade a sua ideia nem precisa de ser de todo original, mas sim uma possível resposta ao problema em questão. É extremamente importante ouvir as ideias e opiniões dos outros. Aqui as palavras-chave são: incorporar, variar, contextualizar, ajustar, rever, e deve levantar questões como: - Que ideias fora do meu campo posso incorporar? - Pensando na Natureza, que ideias posso adaptar? - Em que desafios semelhantes me posso inspirar? [/80] [81] É a vez da LETRA M, de MODIFICAR Uma curiosidade interessante: sabia que o gás de cozinha original não tem cheiro? É verdade! No entanto, para que nós saibamos que há alguma fuga de gás, são incluídas propriedades específicas nas nossas botijas de gás domésticas. Assim, através do cheiro, sabemos quando não devemos acender um fósforo na cozinha, por exemplo. Caso contrário, as consequências poderiam ser... explosivas. Como pode ver, pequenas modificações no processo, produto ou serviço servem para agregar valor e solucionar problemas que conseguimos visualizar com antecipação. As palavras-chave nesta fase são: mudar, intensificar, converter, transformar, diferenciar, e deve colocar as seguintes questões: - Como posso modificar o comportamento das pessoas? - Poderei adicionar sabor, cheiro, som, texturas? - O que é que aqui poderá ser repetido ou multiplicado? [/82] [83] Agora, a LETRA P – PROPOR Pense em aplicações alternativas para as suas ideias. O seu sucesso ou fracasso depende também do contexto. As palavras-Chave aqui são: aproveitar, beneficiar, aplicar, explorar, empregar e, para tal, deverá levantar questões como: - Que mais pode ser reutilizado ou modificado? - Se algo aqui for modificado, que outros usos poderão surgir? - E se usarmos a mesma ideia em situações diferentes? [/84] [85] Vamos para a penúltima, a LETRA E – ELIMINAR Tenha em atenção que eliminar não é necessariamente perder, e que mesmo podendo cortar, podemos cortar tudo menos o significado das coisas. Ou seja, eliminar não significa que deva alterar drasticamente o conceito do seu produto ou projecto. Apenas irá aperfeiçoar aquilo que já produziu, limitando-se àquilo que realmente acrescenta valor. As Palavras-Chave aqui são: limitar, simplificar, diminuir, abandonar e recusar. Nesta fase pode colocar questões como: - Que partes poderei remover sem alterar a sua função? - Há algum recurso que posso omitir? - Posso dividir em partes diferentes? [/86] [87] Finalmente: LETRA R de REVERTER Trata-se de rearranjar o que você sabe para descobrir o que ainda não sabe. Reverter a sua perspectiva pode abrir sua mente a novas descobertas. Isto é Criatividade no seu melhor! As Palavras-Chave aqui são: inverter, reposicionar, reordenar, reorganizar ou readaptar. As perguntas que deve colocar poderão ser do tipo: - Há alguns componentes que podem ser mudados de lugar? - Posso mudar o horário de entrega? - E se tentarmos o oposto do que inicialmente tínhamos previsto? [/88] Como pode ver, esta é uma ferramenta ampla, com infinitas aplicações. E a verdade é que são inúmeros os exemplos no mercado actual que foram modificados através desta metodologia. Convido-o a ler o documento em anexo chamado “Scamper e o Caso do Post-It” para analisar de uma forma clara a aplicação desta ferramenta genial.
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            • nameEstímulo Aleatório
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            • scriptA ideia do estímulo aleatório é do conhecido autor Edward de Bono. Com ele nasceu o termo Pensamento Lateral, bem como a ferramenta criativa conhecida por “The Six Thinking Hats”: os Seis Chapéus Pensantes, de que vamos falar na lição 5.9. [89] O Estímulo Aleatório é a provocação e a busca de novas linhas de pensamento. A estratégia consiste no seguinte: deve escolher uma palavra relacionada com o que queremos. No fundo, uma palavra que identifique o nosso desafio, ou o nome do nosso problema. Depois, deve escolher aleatoriamente uma outra, à sorte. E agora vem a parte curiosa: deve ligar estas duas palavras com a sílaba “PO”, e no fim deve observar as conexões que decorrem deste exercício. Mas calma: a sílaba “PO” não aparece ao acaso; ela vem de POssibilidade, hiPOtese, ou mesmo suPOsição. Agora que percebeu como fucniona este raciocínio, siga os seguintes passos: [/89] [90] 1º - Escolha uma palavra que representa a sua situação alvo, o seu desafio, o seu problema. Para servir de exemplo, vamos pegar na palavra "aprender", já que neste momento o seu objectivo é esse: aprender tudo sobre criatividade, não é? [/90] [90] 2º – Esta é a regra mais importante! Deve agora procurar uma palavra aleatória. Esta palavra deve ser um substantivo, ou seja, não vale verbos nem adjectivos. Mas atenção!: não deve ser você a escolher a palavra, já que queremos evitar o pensamento existente. Não pode mesmo violar esta regra. A palavra pode ser sorteada das seguintes maneiras: A primeira é usando um dicionário. Pense num número de página (por exemplo, 147) e uma posição nessa página (por exemplo, a 9ª palavra que lhe surge). Se essa palavra não for um SUBSTANTIVO, continue de seguida até encontrar um. Quando o encontrar, aceite-o sem desculpas pois não vale mudar. A outra hipótese é fechar os olhos e colocar a ponta do dedo sobre uma página de um jornal, revista ou livro. Escolha a palavra mais próxima do seu dedo. Será com essa que irá então trabalhar esta técnica. [/90] [91] Para efeito de exemplo, vamos imaginar que, neste caso, nos saía a palavra "programa"[/91] [92] Finalmente, deve agora ligar as duas palavras com a sílaba “PO”: por exemplo, ligando "aprender” com “programa" o resultado seria: “aprenderPOprograma”. Vê? Agora só tem que registar todas as ideias geradas através desta provocação e deixar a mente trabalhar. [/92] Quer um exemplo prático do próprio criador desta técnica, Edward de Bono? [93] O autor ligou a palavra “cigarro” com “flor”, dando origem à provocação “cigarroPOflor”. Desta forma, De Bono teve uma uma ideia revolucionária: colocar sementes de flores nos filtros dos cigarros. Assim, sempre que a beata de um cigarro for atirada ao chão num jardim ou parque, nascem flores. Grande ideia, não acha? Para obter o estímulo aleatório, poderá usar também imagens e objectos, embora as palavras normalmente sejam mais ricas e práticas de usar. [/93] Que tal agora fazer um exercício? Pensar num actual desafio ou problema seu e experimentar o poder desta técnica? Ou então deixo-lhe uma sugestão, com a palavra TEMPO…claro que não estou a facilitar em nada o seu exercício dado que estou a introduzir aqui um conceito bastante complexo mas, quem sabe, até poderá servir para o ajudar a melhorar a sua organização. Não se esqueça: deve ligar a primeira palavra que lhe calhar como um substantivo e, entre a palavra Tempo e esse substantivo encontrado, deverá colocar no meio a sílaba "PO".
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            • scriptA técnica dos Mapas Mentais foi criada por Tony Buzan e Barry Buzan, tendo como objectivo dar a maior liberdade possível à mente. Trata-se de uma espécie de DIAGRAMA usado para representar palavras, ideias, tarefas ou outros itens ligados a um conceito central. Desta forma, os Mapas Mentais organizam a informação em diferentes grupos, ramificações ou áreas. As grandes vantagens da utilização desta ferramenta são: [94] - A importância relativa a cada ideia é indicada de forma clara, pois quanto mais perto do conceito central estiverem, significa que têm mais importância que as restantes; - As conexões entre conceitos são facilmente identificadas; - As revisões são mais rápidas; - É mais fácil incluir nova informação; - Finalmente, esta disposição gráfica estimula o cérebro a fazer novas conexões. [/94] [95]Resta agora saber como se constrói um Mapa Mental. Para isso, deve ter em conta os seguintes passos: 1.º - Escreva o tema ou desafio principal no centro de uma folha. 2.º - Desenhe diversas linhas a partir dele e escreva nos seus extremos palavras-chave, por exemplo, "objectivos", "desenvolvimento", "princípios". Não se preocupe inicialmente com o tipo de ideias geradas ou com a sua utilidade; mais tarde terá tempo para se preocupar com isso. 3.º - Gere ideias a partir de cada uma das palavras-chave relacionadas com o tema central, sem fazer qualquer tipo de avaliação. 4.º - Estabeleça as relações que quiser entre cada uma delas e faça os esquemas que achar úteis. Prossiga com os desdobramentos até atingir o nível de detalhe necessário. 5.º - Analise as combinações geradas e avalie a coerência e exequibilidade. [/95] [96] No entanto, não basta saber como fazer um mapa mental. Há que saber usar toda a informação criada. Para que consiga rentabilizar esta ferramenta, considere algumas regras: - Primeiro: Enfatize tantos elementos quanto puder. use uma Imagem central, utilize várias cores, símbolos, formas, tamanhos de letra, enfim, tudo o que realce e destaque. - Não interrompa o fluxo de ideias, deixe para mais tarde os possíveis julgamentos que lhe possam ocorrer. - Mostre associações, usando setas, cores, símbolos ou outras formas para mostrar as conexões existentes. - Seja muito Claro e organize o seu espaço: por exemplo, deixando áreas em branco para futuros acréscimos de informação; usando apenas uma palavra-chave por linha; ou usando letras de imprensa, já que são mais fáceis de ler e lembrar. - Por fim, desenvolva um Estilo Próprio: use a sua criatividade e torne os seus mapas mais coloridos, alegres, definindo um Layout personalizado. [/96] Cada um deve construir o seu Mapa Mental de acordo com a sua necessidade, linha de pensamento e criatividade. Deixo-lhe, no entanto, um link através do qual poderá visualizar inúmeros exemplos de Mapas Mentais, dos mais simples aos mais complexos, mas que servirão de apoio para a sua própria organização de ideias. Se neste momento lhe está a ocorrer um desafio que tem em mente para resolver, uma ideia que anda a geminar, ou um problema que necessita de acção, então recomendo-lhe que comece já a tratar disso! Experimente construir o seu Mapa Mental, de forma a organizar com clareza todas essas ideias e criar assim o seu Plano de Acção.
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            • nameOs Seis Chapéus Pensantes
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            • scriptA Teoria dos Seis Chapéus Pensantes é uma técnica que vai ajudá-lo a organizar e a desenvolver a sua criatividade. Ela identifica seis direcções gerais de pensamento, cada um deles representado através de 6 chapéus, de 6 cores distintas. Estes chapéus deverão ser usados pelos participantes da discussão, com vista à resolução do problema previamente identificado. Nesta altura poderá estar a pensar? “Mas de que forma é que um chapéu colorido me vai ajudar?” Edward De Bono utiliza a metáfora dos "seis chapéus" para explicar este método: quando usamos um chapéu de uma das 6 cores, pensamos de uma forma específica, encarnando um personagem. Interessa que os participantes tenham a capacidade de reconhecer os vários métodos de pensamento que costumam utilizar e que consigam incorporar novas características no seu próprio processo individual de pensamento. Mas porquê chapéus coloridos? Na verdade, cada cor desempenha um papel fundamental, já que esta determina o “personagem” que cada um deve encarnar. [97] O chapéu branco é o racional: apela à informação conhecida e necessária, analisando e referindo os factos, sem fazer julgamentos. [/97] [98] O Vermelho é o chapéu emocional. É utilizado para expressar sentimentos e emoções e para dar respostas mais intuitivas. No fundo, apresenta ideias sem ter necessidade de as justificar; aquele que tiver na posse deste chapéu apresenta os seus sentimentos mais genuínos em relação ao assunto em questão. [/98] [99] O chapéu Preto, mais conhecido como o pessimista, é o chapéu do julgamento, da precaução; a razão pela qual alguma coisa pode não vir a resultar; é utilizado para examinar obstáculos e as razões porque determinada decisão não deu certo. [/99] [100] O Amarelo é o chapéu optimista: representa a esperança e procura os benefícios de um projecto, sendo utilizado para o pensamento mais criativo. É o conhecido como “positivo lógico”. Realça porque é que a ideia pode resultar e os seus benefícios. [/100] [101] O chapéu Verde é o provocador: é o chapéu das alternativas, das propostas interessantes, das ideias imaginativas, dos cenários “E se…?”. Trata-se de uma espécie de ventilador de ideias. [/101] [102] Finalmente, o chapéu Azul, o organizador. É usado para gerir o processo do pensamento, tendo sempre uma visão geral da discussão e o controlo da mesma; É o chapéu que auxilia, por exemplo, a identificar o chapéu que terá que ser "usado" em cada momento. Inclui o planeamento da acção para os próximos passos, os papéis a distribuir , as responsabilidades e a gestão do tempo. [/102] Como pode ver, este método é bastante divertido, não é? No entanto, a Teoria dos Seis Chapéus Pensantes é baseada no pressuposto de que não é possível discutir ao mesmo tempo TODOS os aspectos possíveis de um problema. Então, quais são os passos a serem executados para uma correcta aplicação desta técnica? [103] - 1º: Apresente ao grupo a Questão a ser trabalhada. Recomende que a análise do problema deve ser encarada sob diferentes pontos de vista e que haverão 6 tipos de pensadores, 6 abordagens diferentes, personificadas através da cor de cada um dos 6 chapéus. Apresente ao grupo a descrição do tipo de pensamento simbolizado por cada uma das cores para que saibam o que é esperado deles em cada uma das perspectivas. - 2º: Concentre a discussão num ponto de vista em particular. Cada elemento deve ser livre de escolher por que chapéu quer começar. No entanto, deixo-lhe uma sugestão: se começarem todos pelo chapéu AZUL, a reunião poderá começar com todos os participantes a assumirem esta linha de pensamento representada pela cor. E assim sucessivamente. Toda a gente utiliza a mesma cor, ao mesmo tempo, no mesmo desafio. Todos podem observar as variantes do assunto a ser tratado, de uma forma coesa e sem confrontação. No caso de começarem pelo chapéu azul, poderão colocar questões do género: Como é que a reunião vai ser desenvolvida? Quais as metas e objectivos propostos? Se seguirem para o chapéu vermelho, recolham as opiniões e, sobretudo, as reacções em relação ao problema em causa. Se movimentarem de seguida a discussão para o chapéu amarelo e depois o verde, estarão então na fase ideal para partilharem ideias e novas soluções para o problema. Poderão movimentar depois a discussão entre o chapéu branco como parte do desenvolvimento da informação e, o chapéu preto, de forma a serem apontadas as críticas às soluções já criadas. Mas vamos ao 3º e último Passo: Examine as Alternativas e Escolha uma Solução. Todos os participantes devem analisar criticamente as propostas de soluções apresentadas e eleger a Solução. Com uma boa gestão do tempo e o apelo à participação de todos os elementos envolvidos, a duração aproximada desta técnica é de cerca de uma hora. [/103] Como pode ver, esta é sem dúvida uma das técnicas mais divertidas de aplicar e que vai ajudá-lo a contribuir de forma mais activa na empresa onde trabalha. Fica aqui desde já lançado um convite: aplique este método a um dos problemas que enfrenta no seu dia-a dia-profissional ou até pessoal. E não se esqueça de usar os chapéus! Sugiro agora a leitura de um documento que poderá encontrar em anexo nesta lição. Neste documento encontrará um Estudo de Caso que nos revela um magnífico exemplo em que esta técnica foi aplicada com resultados surpreendentes. Até já!
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            • scriptEstamos quase a chegar ao fim. Quase! Antes de terminármos o curso, recomendo-lhe um livro bastante interessante. Chama-se "1000 Testes e Jogos de Inteligência" , da Editora Girassol, e contem uma selecção de exercícios que nos permitem trabalhar todas as nossas "zonas" do cérebro... E na verdade, aqui podemos dizer que: "Um destes exercícios por dia, nem sabe o bem que lhe fazia"! Votos de Projectos muito Criativos!
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            • nameAté uma Próxima
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            • scriptSe tivessemos de resumir todo este curso numa só frase, não seria difícil de escolher uma. Como dizia Erich Fromm, "a Criatividade requer a coragem de abandonar as certezas." Depois desta experiência, tenho a certeza que se sente mais inspirado e motivado para encarar a vida profissional com outra atitude ou, quem sabe, poderá até começar o seu próprio projecto! Esperamos ter proporcionado momentos lúdicos e que possa agora aplicar na sua vida tudo o que aprendeu connosco. Acima de tudo, lembre-se que a criatividade não é nenhuma espécie de truque de magia que aparece divinalmente para nos inspirar. Deve ser algo trabalhado por si e pelos seus colegas...e com treino, vai ver que as ideias vão aparecer naturalmente. Boa sorte nos seus projectos! Foi para mim um prazer estar consigo. O meu nome é Cristina Ferreira e este foi o curso de Técnicas para o Desenvolvimento da Criatividade. Até à proximidade!
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      • nameHigiene e Segurança Alimentar - HACCP
      • descriptionFalar em higiene e segurança alimentar é falar do bem estar de todos nós, consumidores. Comigo irá aprender as noções básicas desta área, de modo a que saiba quais as condições necessárias para garantir a higiene e segurança dos produtos alimentares em todas as fases de produção. Este curso destina-se a todos os colaboradores e responsáveis que manipulam alimentos, mas é igualmente útil para o público em geral. Ao longo do curso, tem ao seu dispor documentos em anexo que poderá consultar para complementar a informação contida nos vídeos. Além disso, durante o curso poderá responder a perguntas relacionadas com os temas de cada lição.
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            • scriptOlá. o meu nome é Fátima Martins e vou ser a sua formadora no curso de Segurança e Higiene Alimentar. Comigo irá aprender as noções básicas desta área, de modo a que saiba quais as condições necessárias para garantir a higiene e segurança dos produtos alimentares em todas as fases de produção. Este curso destina-se a todos os colaboradores e responsáveis que manipulam alimentos, mas é igualmente útil para o público em geral. [104] Primeiro, vamos falar das origens do sistema HACCP; vai aprender tudo sobre as noções gerais de microbiologia alimentar; falaremos sobre os pré-requisitos do sistema HACCP; e finalmente, também ficará a conhecer quais são os 7 princípios deste sistema. [/107] Feitas as apresentações, vamos então dar início ao curso e aprender como é garantida a higiene e segurança dos nossos alimentos.
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            • scriptNão há nada pior do que encontrar algum tipo de problema com a comida que consumimos. Também não seria para mais: é que estamos a falar da nossa alimentação! A higiene e segurança alimentar são aspectos muito importantes no dia-a-dia de cada um, e de um vasto conjunto de actividades e instituições. Na verdade, é um sector em que a oferta não pára de crescer e onde a qualidade é importante para quem compra. As empresas que produzem, manuseiam ou fornecem alimentos reconhecem uma necessidade cada vez maior em demonstrar e documentar as condições de controlo, de modo a garantir [1] a imprescindível qualidade alimentar.[/1] [2]De seguida, vou dar-lhe a conhecer um pouco da história e evolução do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo, também conhecido como HACCP, que não é mais que a sigla do nome em inglês. Para ser mais fácil de compreender, vamos referir-nos a este sistema como HACCP ao longo do curso. É um nome difícil e comprido, mas o seu objectivo é MUUUITO simples: reduzir o risco de infecções e intoxicações alimentares. [/2]
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            • scriptO Sistema HACCP teve início em 1959, pela mão de uma empresa norte americana especializada na produção de alimentos à base de cereais. Curiosamente, um dos objectivos da empresa era garantir que os alimentos usados em programas espaciais da NASA eram seguros para os seus astronautas. Assim sendo, nessa altura havia duas grandes preocupações: [108] Uma delas, imagine só, eram as migalhas geradas pela comida dos astronautas, porque como estavam num espaço sem gravidade, as migalhas podiam flutuar e interferir nos circuitos eletrónicos. Este problema foi facilmente resolvido com o desenvolvimento de embalagens e de alimentos que pudessem ser consumidos de uma só vez. A outra preocupação era a existência de microrganismos nos alimentos que pudessem vir a causar doenças nos Astronautas. Como no espaço não há médicos, isso podia ser mesmo um grande problema, como deve imaginar. [/108] Para resolver este problema, criou-se o [3] conceito de “ Modos de Falha”. Com estes Modos de Falha, antecipava-se que potenciais perigos poderiam ocorrer e em que ponto poderiam surgir. Estes pontos ficaram conhecidos como pontos críticos de controlo, [/3][4]) dando origem à designação de HACCP, que em português significa, como já sabe, Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo.[/4] Já agora, fique a saber que este sistema foi testado em 1969 pela NASA, quando o homem foi à lua. Mas, curiosamente, só passados 3 anos foi tornado público durante a Conferência Internacional de Segurança Alimentar. Paralelamente ao desenvolvimento do sistema HACCP, foi criada [5] em 1963 a Comissão do Codex Alimentarius, uma organização que tinha como objetivo proteger a saúde dos consumidores e assegurar boas práticas no comércio de alimentos. [/5] [109]Rapidamente esta organização adotou o sistema HACCP e publicou um código de regras para a indústria alimentar. Este documento descreve um conjunto de procedimentos predefinidos, necessários para controlar as condições estruturais e operacionais dentro dos estabelecimentos. Assim, é possível garantir um ambiente favorável na produção, distribuição, armazenagem dos alimentos e claro, durante a sua venda. [/109] (Nuno: breve pausa na edição) Como já dissemos, inicialmente o HACCP estava direccionado apenas para a indústria alimentar, mas ao longo do tempo, surge a necessidade de estender esta metodologia também às empresas de retalho. Toda esta evolução resultou do reforço das normas legais em matéria de segurança alimentar, mas deve-se essencialmente à crescente exigência de NÓS, consumidores. No entanto, após uma série de mudanças das leis, todas as empresas ligadas, directa ou indirectamente ao sector alimentar, foram obrigadas a implementar um sistema baseado nos princípios do HACCP. [/110] Outra novidade introduzida pelas alterações das leis foi passar para os operadores do sector alimentar, a responsabilidade em identificar as medidas necessárias que garantam a segurança alimentar. Estas regras aumentaram a responsabilidade do operador, é verdade, mas permite sobretudo criar um modelo de HACCP adaptado a cada situação, garantindo assim que os alimentos estão em perfeitas condições. De facto, este modelo é muito completo e eficaz, uma vez que atua de forma contrária ao que sucedia. É que, anteriormente, [8] a análise do produto final só era verificada APÓS a deteção do problema. Agora a análise é feita DURANTE todo o processo de produção dos alimentos, de forma a que não haja nenhuma falha. [/8] Concluindo, podemos dizer que o sistema HACCP é um método bastante preventivo e seguro, que permite identificar os potenciais riscos antes de obtermos o produto final. Assim, são eliminados ou reduzidos esses riscos para níveis aceitáveis, tornando os alimentos que consumimos ainda mais seguros.
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            • scriptAs doenças de origem alimentar provocadas por microrganismos são actualmente uma das MAIORES preocupações de saúde pública a nível mundial. Quando os alimentos são manipulados de uma forma incorreta, podem originar contaminações cruzadas colocando em risco a saúde do consumidor. O que é [slide9] então a contaminação cruzada? A contaminação cruzada consiste na transferência de substâncias ou microrganismos prejudiciais à saúde, de uma fonte contaminada para um alimento não contaminado. [/slide9] Para ilustrar esta situação, imagine que corta queijo numa tábua onde acabou de cortar outros alimentos que podem estar contaminados. O queijo era um alimento seguro, mas acabou por ficar contaminado pelas substâncias presentes na tábua. Fácil, não é? Ainda assim, podem existir outros veículos responsáveis pela transferência da contaminação: [10] Em primeiro lugar, as nossas mãos (por exemplo, quando mexemos em alimentos crus e depois em alimentos confeccionados ou já prontos para consumo); Outro exemplo a ter em conta, como já vimos são as superfícies de trabalho e utensílios, como as facas ou as tábuas de corte, quando não estão correctamente higienizadas. [/10] Possivelmente nesta altura está a questionar-se: "como é que eu posso então evitar contaminação cruzada?" É muito simples: basta seguir algumas boas práticas, [11]como o correto armazenamento e acondicionamento dos alimentos; Higienizar bem as mãos, as superfícies de trabalho e os utensílios, bem como controlar as temperaturas..... se bem que existem ainda outros procedimentos que iremos abordar de forma mais detalhada durante este curso [/11], uma vez que também fazem parte dos pré requisitos necessários à aplicação do HACCP. Mas, passemos a um tema também ele bastante importante: vamos falar sobre quais os perigos alimentares que existem e que podem alterar a qualidade dos alimentos.
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            • scriptOs perigos alimentares podem ser classificados de acordo com a sua natureza, e são normalmente agrupados em 3 categorias: biológicos, químicos ou físicos. [/slide12] De uma forma geral, considera-se perigo para a segurança alimentar todas as substâncias que tornem os alimentos impróprios para consumo. Estas substâncias tanto podem fazer parte do próprio alimento como podem ser elementos externos. Quando falamos nos potenciais perigos que tornam os alimentos não seguros, devemos ter em conta as características específicas ou sensibilidades de determinadas categorias de consumidores. Estamos a falar por exemplo de pessoas alérgicas a certos alimentos, ou pessoas pertencentes a grupos de risco como crianças, idosos, e ainda pessoas com um sistema imunitário fragilizado, ou seja, pessoas com poucas defesas imunitárias . Já de seguida iremos abordar de forma um pouco mais detalhada os vários perigos alimentares.
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            • namePerigos Biológicos
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L3-1.mp4
            • scriptEntre as três categorias de perigos, o perigo biológico é o que representa maior risco. Esta categoria de perigos é dividida em [13] vários grupos de microrganismos, desde bactérias,vírus, parasitas e fungos. Os fungos por sua vez incluem os bolores e as leveduras. [/13]. Os microrganismos são seres vivos invisíveis a olho nu, que se encontram POR TODA A PARTE, e como deve imaginar os alimentos que comemos não são excepção. Estes organismos são muitas vezes associados à manipulação dos alimentos por parte dos operadores, e aos produtos crus contaminados que sejam utilizados como matéria-prima. Imagine por exemplo que come sushi, mas um sushi que foi preparado num espaço pouco higiénico, com um peixe que não estava devidamente conservado. O resultado....como deve imaginar, poderia mesmo não ser o melhor. Muitos destes microorganismos ocorrem naturalmente no ambiente a que estão expostos. No entanto, alguns deles podem ser destruídos por via de processos térmicos e, na grande maioria, controlados por boas práticas de higienização e armazenamento, as quais iremos abordar de forma mais detalhada durante este curso. Estes microrganismos [14] podem ser considerados como Benéficos ou Patogénicos. [/14] [111] São benéficos para o ser humano quando usados na produção específica de certos alimentos, como por exemplo os iogurtes, onde podemos encontrar os bifidus ativos [/111]. No entanto, apesar de os microrganismos benéficos serem de extrema importância, neste curso apenas iremos centrar-nos nos agentes patogénicos, ou seja, os que causam alteração dos alimentos tornando-os impróprios para consumo , podendo mesmo vir a causar doença ou dano no consumidor. Felizmente, são cada vez menos os casos de doenças de origem microbiana transmitidas através da ingestão de alimentos contaminados. Tal facto deve-se a vários factores, tais como [15]: a crescente melhoria das condições higiénicas; a utilização de programas de controlo de qualidade microbiológica cada vez mais eficazes, e à existência de processos mais seguros do ponto de vista de saúde pública. [/15] Embora se conheçam mais de 250 tipos diferentes de bactérias, vírus e parasitas causadores de doenças de origem alimentar, apenas alguns aparecem frequentemente. As bactérias, pela sua diversidade, constituem de longe o grupo microbiano mais importante e mais vulgarmente associado às doenças transmitidas pelos alimentos. Contudo, torna-se igualmente necessário abordar os vários perigos biológicos, para que os saiba identificar e eliminar, não colocando a sua saúde nem a do consumidor em risco.
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            • nameBactérias
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            • scriptAs bactérias patogénicas são, entre os vários tipos de microrganismos, as responsáveis pelo maior número de casos de intoxicação alimentar. Estes seres microscópicos estão presentes em todos os ambientes, [16] como na água, no solo, no ar e nos seres vivos. [/16] Na realidade, as bactérias encontram-se presentes na sua maioria em alimentos crus. De um modo geral, quando as bactérias encontram condições adequadas que permitam a sua sobrevivência e crescimento, multiplicam-se de forma MUITO rápida. Este desenvolvimento é normalmente designado [17] por crescimento bacteriano, e funciona de seguinte forma [/17]. Imagine que tem uma bactéria. Essa bactéria vai dividir-se em duas, essas duas originam 4, e assim sucessivamente. Quando o número de bactérias atinge um nível elevado nos produtos alimentares, estamos perante [19] uma dose infectante. Ou seja, trata se do número mínimo de microrganismos presentes num alimento necessários para causar doença [/19]. Em condições favoráveis a esta multiplicação, as bactérias podem multiplicar-se tão rapidamente que em menos de 2 horas, 1000 bactérias passam a ser mais de 1 milhão. Curioso, não é? Um mau armazenamento ou a manipulação inadequada de alimentos crus podem originar um número significativamente maior destes microrganismos ao longo da produção, aumentando o risco de se obter um alimento perigoso. [20] Além disso, apesar da maioria das bactérias morrer durante a confecção, algumas desenvolvem uma espécie de escudo protetor conhecido por esporo. O esporo é uma espécie de parede que protege a bactéria das condições adversas, [/20] permitindo que sobreviva até serem criadas condições favoráveis à sua multiplicação. Por isso, é essencial conhecer e controlar os factores que influenciam o desenvolvimento bacteriano, de forma a evitar este processo. É que o esporo apresenta uma resistência superior ao calor, bem como às radiações, antibióticos e até mesmo a alguns agentes desinfectantes.....Daí tantas bactérias conseguirem sobreviver. Para saber um pouco mais sobre estas espécies, consulte os documentos em anexo nesta lição.
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            • scriptOs Fungos incluem os bolores e as leveduras. Os bolores são aqueles fungos filamentosos e, como o nome indica, parecem ser feitos de fio. [21] Normalmente encontram-se no solo, nas superfícies dos vegetais, em animais, no ar e até na água. Mas é nos vegetais e nas frutas que é mais frequente surgir o bolor, levando à sua decomposição, produzindo substâncias prejudiciais ao ser humano. [/22] Por outro lado, os bolores podem também ser benéficos, como por exemplo os utilizados na produção de certos alimentos, como o queijo, e até em medicamentos como a penicilina. Os bolores são na maioria aeróbios, ou seja, precisam de oxigénio para sobreviver, mas ainda existe uma minoria que sobrevive mesmo sem oxigénio. É Verdade... Desenvolvem-se bem em alimentos com pH ácido, preferem temperaturas entre os 20 e 30ºC, e são capazes de crescer com pouca quantidade de água. [96] Como já deve ter reparado, é vulgar encontrar bolores em vários alimentos, como por exemplo no Pão, Bacalhau, Chouriço, Amendoins , entre muitos outros alimentos que consome no seu dia a dia. [/96] A redução deste risco passa pela implementação de boas Práticas de higiene, tais como [24] diminuir o tempo de armazenamento, saber respeitar as temperaturas de conservação de cada alimento, reduzir o contacto com o ar, e pela adição de ácidos e conservantes. [/24]. Se tivermos estes cuidados, conseguimos de certeza manter os nossos alimentos seguros. [23] Lembra se no inicio deste módulo termos falado também nas leveduras? pois bem, são fungos unicelulares. Estes fungos são também conhecidos como fermento e encontram-se em maior número em frutas e vegetais.[/23] As leveduras são usadas no fabrico de bebidas, como a cerveja e o vinho, e ainda para o fabrico do pão ou outros produtos fermentados. Algumas espécies são perigosas para o ser humano, embora estes fungos não causem problemas de segurança sanitária. Para mais informações, já sabe pode consultar os documentos em anexo nesta lição.
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            • nameVírus
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            • scriptComo já vimos, os vírus também fazem parte da categoria dos perigos biológicos. Na verdade, a definição exacta de vírus é muito complexa. Como são tão simples e rudimentares, nem podem ser realmente considerados organismos vivos independentes. De facto, não conseguem reunir as condições essenciais para viver de forma independente, como trocar substâncias com o meio externo, desenvolver um metabolismo que lhes permita obter energia, ou reproduzir-se pelos seus próprios meios. [25] Os vírus são microrganismos muito pequenos, com diâmetro inferior a 0,1 micro-metros, sendo que só podem ser vistos com microscópio electrónico. [/25] Uma particularidade interessante sobre os vírus é que precisam de um hospedeiro para se multiplicarem. Um hospedeiro é o ser vivo onde o vírus se instala e se desenvolve. Para perceber melhor como sobrevivem os vírus, imagine o feto de um bebé: o bebé depende da mãe para sobreviver e se desenvolver dentro da barriga dela; sem a mãe, que neste caso seria a hospedeira, morria. O mesmo acontece com os vírus: precisam de um ser vivo onde se possam desenvolver. Como só se multiplicam em seres vivos, os vírus não se reproduzem em alimentos, à excepção daqueles que se consomem vivos, como algum tipo de marisco. Dessa forma os alimentos não desenvolvem vírus, mas servem de TRANSPORTE . As fontes de viroses transmitidas por alimentos [27] são: fezes, urina de indivíduos infectados, bem como água contaminada. Ainda assim, os alimentos mais frequentemente envolvidos [/27] [28] em surtos virais são os pescados crus, como marisco, ou vegetais crus como as saladas. [/28]. Não devemos esquecer que os vírus são os principais responsáveis pelos surtos de gastroentrites, sobretudo em crianças. Por estes motivos, torna-se mais uma vez importante reforçar que a higiene pessoal dos manipuladores, principalmente a higiene das mãos, deve merecer sempre máxima atenção, de forma a prevenir a transmissão destes vírus. Já sabe: pode aprender um pouco mais através dos documentos deixados em anexo.
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            • scriptOs parasitas são cientificamente designados por [29] helmintes[/29]. Normalmente habitam no interior do corpo de outros animais, e dependem deles para viver. A complexidade do seu ciclo biológico obriga os parasitas a terem vários hospedeiros e o ser humano não é excepção. Enquanto que alguns habitam no nosso intestino, outros sobrevivem nos músculos, fígado ou outros tecidos, havendo ainda os que necessitam de circular por vários órgãos à medida que vão amadurecendo. [/112] [31] Normalmente, as infecções parasitárias são associadas a produtos mal cozinhados, ou alimentos prontos-a-comer. A transmissão dá-se através do consumo de carne desses animais, bem como em pescado contaminado. No entanto, pode ocorrer ainda pelo contacto com o animal, nomeadamente animais domésticos. [/31] Neste último caso, a contaminação passa para os alimentos através do manipulador, principalmente os alimentos que não sofrem qualquer tratamento térmico, como o caso das saladas que se consomem cruas. Existe uma ENORME lista de parasitas, mas aquela de que provavelmente já ouviu [32] falar é a bicha solitária. Existem outros tipos parasitas que poderá pesquisar no documento em anexo disponível neste módulo. [/32] Como podemos então evitar estes parasitas? A congelação dos alimentos pode matar os parasitas encontrados em alimentos tradicionalmente consumidos crus, alimentos marinados ou parcialmente cozidos. É importante salientar que os parasitas só passam para os alimentos através do manipulador ou através de água contaminada. Podemos eliminar praticamente qualquer risco através da utilização de água potável, mas para isso é preciso ter cuidado com furos ou poços próprios que não tenham sistemas de tratamento de água. Também é muito importante manter as temperaturas adequadas no processamento térmico e no armazenamento em frio. Se ficou com alguma dúvida, consulte a documentação em anexo referente a esta lição.
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            • namePerigos Físicos
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L8.mp4
            • scriptA contaminação física ocorre quando existem objectos estranhos no alimento que possam vir a causar doenças ou lesões no consumidor. Como exemplos destes perigos físicos podemos considerar [33]: pedaços de madeira, metais como agrafos, pregos e anzóis; objectos pessoais como anéis, brincos, entre muitos outros. Mas, existem ainda os que podem fazer parte do próprio alimento como ossos ou espinhas. [/33] [34] Toda esta contaminação pode ser resultado de vários factores tais como más práticas de higiene dos manipuladores; falta de higiene e conservação das infraestruturas, equipamentos e materiais em contacto com os alimentos; mas poderá ainda resultar da inexistência ou ineficácia dos planos de higienização e de planos de controlo de pragas. [/34]. De facto, existe uma ENORME variedade de perigos físicos nos alimentos, e por isso esses perigos devem ser controlados no âmbito dos pré-requisitos do plano HACCP, como iremos verificar nos módulos seguintes. À semelhança dos outros perigos, este tipo de perigo pode passar a estar presente nos alimentos em qualquer etapa da cadeia produtiva, daí a importância de uma inspeção cuidadosa e técnicas de vigilância aplicadas, desde do produtor até ao consumidor. Torna-se assim importante ter em conta que os perigos físicos podem ser considerados um perigo à segurança do alimento, dependendo essencialmente dos comportamentos e dos cuidados do manipulador, mas também do próprio consumidor.
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            • namePerigos Químicos
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L9.mp4
            • scriptA contaminação química de alimentos pode ocorrer desde a produção da matéria-prima até à ingestão do alimento. No âmbito da segurança alimentar, o risco químico nos alimentos resulta da presença de substâncias químicas em níveis que possam ser considerados um risco para a saúde dos consumidores. [35] Estas substâncias podem estar naturalmente presentes nos alimentos, (como por exemplo nos cogumelos venenosos, levando em muitos casos o consumidor à morte). Mas este tipo de contaminação resulta principalmente de factores externos, e pode mesmo ocorrer durante o transporte ou acondicionamento dos alimentos. [/35] As substâncias químicas adicionadas intencionalmente nos processos de produção primária ou de transformação, como por exemplo corantes, conservantes e aromatizantes, ou mesmo até medicamentos veterinários, também podem ser considerados como contaminantes químicos, se estiverem presentes nos alimentos em quantidades superiores aos limites máximos definidos e permitidos por lei. Outra forma importante de contaminação química é a passagem de substâncias químicas provenientes de materiais em contacto com os alimentos, como pode acontecer com determinados tipos de embalagem ou utensílios. [slide36] Resumindo, podemos então ter em conta os seguintes perigos químicos: Aditivos alimentares, quando usados em grandes concentrações (como por exemplo corantes e conservantes); Pesticidas; Medicamentos veterinários; Toxinas naturais (como por exemplo cogumelos, como vimos há pouco, ou peixes exóticos e marisco); Alergenos (como glúten e lactose); Substâncias naturais vegetais (como solanina da batata); e por fim Químicos, que podem ser os criados pelo processo de produção (como óleos de fritura - daí a importância de o trocar frequentemente), ou ainda aqueles que são introduzidos durante o processo (como produtos de limpeza e desinfecção quando não são os indicados para a área alimentar ou quando usados em doses ou concentrações excessivas.). Para saber mais sobre perigos químicos, consulte a informação em anexo nesta lição.[/36]
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            • nameDoenças de Origem Alimentar
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L10.mp4
            • scriptAs doenças de origem alimentar constituem um grupo de doenças que se definem de acordo com a sua natureza infecciosa ou tóxica e podem resultar pelo consumo de água ou alimentos contaminados. Estão normalmente associadas a um conjunto de sintomas como vómitos, diarreia, naúseas, dores abdominais, [37] sendo vulgarmente conhecidas por gastroentrites. [/37] A razão pela qual surgem estes sintomas prende-se com o funcionamento do nosso organismo, uma vez que ocorrem quando as funções do aparelho gastrointestinal são perturbadas. As doenças de origem alimentar, em especial as que são provocadas por microrganismos patogénicos, constituem um problema de saúde pública. Estas doenças podem ocorrer sob duas apresentações clínicas: [38] doença infecciosa, geralmente causada por bactérias; ou intoxicação, que pode ter origem bacteriana ou química.[/38]. [113] A doença infecciosa acontece quando ingerimos alimentos contaminados com bactérias patogénicas vivas. A parte da bactéria responsável pela infecção designa se por inócuo e tem de ser suficientemente forte para que consiga ultrapassar a barreira gástrica, já que a acidez do estômago tem um papel protector na destruição de microrganismos. Mas caso não se consiga eliminar, os microorganismos sobreviventes chegam ao intestino delgado, onde se multiplicam, dando origem ao aparecimento dos sintomas. [/113] De entre os vários sintomas, o mais comum associado às doenças de origem alimentar são as diarreias aquosas, uma vez que as infecções ocorrem normalmente no nosso intestino. (/100) A dose infecciosa varia com o tipo de microrganismo e com a pessoa. Por isso, o aparecimento de infecção deve-se à interação entre a capacidade do microrganismo causar doença, e a sensibilidade do hospedeiro. É importante referir que isto varia ao longo da vida, dependendo do estado fisiológico e estado de saúde das pessoas. [101] Assim, as crianças, as grávidas, os idosos e pessoas com um sistema imunitário fragilizado, constituem o grupo mais exposto a este tipo de doenças.[/101] [114] Já no processo de intoxicação alimentar, não são os microrganismos que originam sintomas, mas sim a suas toxinas. Isto significa os microrganismos se desenvolveram no alimento, produzindo toxinas que depois vão ser ingeridas quando comemos. [/114] A grande diferença entre as duas doenças deve-se ao período de incubação que é habitualmente muito mais reduzido nas intoxicações. Isto acontece porque as toxinas, quando chegam ao aparelho gastrointestinal, iniciam a sua ação sem precisarem de tempo para se desenvolverem. [39] Geralmente, o período que vai desde a ingestão de alimentos ao aparecimento de sintomas pode ir de uma a duas horas e, alguns casos, poder até ser de 30 minutos. Como vê, as toxinas são extremamente rápidas a atuar. [/39] A prevenção destas doenças assenta em medidas reguladoras, de vigilância e educacionais, que requerem a aplicação de boas práticas. E lembre-se: a prevenção de doenças é a forma mais eficaz e menos dispendiosa de as curar e evitar. Poderá consultar toda esta informação de forma resumida no esquema sobre as doenças transmitidas por alimentos, em anexo nesta lição.
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        • namePré-Requisitos do Sistema HACCP
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            • scriptApós termos falado sobre microbiologia alimentar, vamos agora falar dos pré-requisitos, tal como prometido anteriormente! [40] Ainda se lembra do significado da sigla HACCP? Isso mesmo, é o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo, durante toda a fase de produção dos alimentos. Para que um sistema de HACCP seja implementado e funcione de forma eficaz, é necessário o cumprimento de pré-requisitos. [/41] Os pré-requisitos devem assegurar condições de base adequadas à produção de alimentos seguros, em termos ambientais e de operação. O cumprimento dos pré-requisitos permite, posteriormente, implementar o sistema de segurança alimentar HACCP. De forma resumida, podemos dizer que os pré-requisitos controlam os perigos associados ao meio envolvente do processo de produção dos alimentos, enquanto que o sistema HACCP controla os perigos associados ao processo de produção em si. [42] Ou seja, a primeira fase passa pela implementação dos Pré-requisitos; e a segunda fase visa a aplicação dos princípios deste sistema. Neste módulo iremos abordar apenas a primeira fase. Vamos então ver quais os pré-requisitos necessários. [/42]
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            • scriptUm dos pré-requisitos a ter em conta são as instalações onde se produzem ou manipulam os alimentos. Estas devem estar implantadas em locais onde não existam nas imediações agentes que possam apresentar problemas a nível de contaminações. [43] A área deve ser limpa, favorecendo o controlo de pragas, e devem estar disponíveis as infra-estruturas necessárias à laboração, como a energia eléctrica, sistema de esgotos, abastecimento de água potável e acessos rodoviários. [/43] As instalações devem ser concebidas de materiais não-absorventes, resistentes, laváveis e não tóxicos. [44] Devem ser também concebidos sistemas de iluminação, tratamento de ar, controlo de temperatura e humidade adequados às operações a realizar, bem como sistemas de drenagem nos pavimentos, sempre que necessário. [/44] As zonas onde se realizam atividades incompatíveis, ou onde há ocorrência de contaminações cruzadas, devem estar fisicamente separadas. [45] Devem ainda estar previstas zonas específicas para recepção e armazenamento de matérias primas, armazenamento e preparação das soluções de limpeza, lavagem de equipamentos e utensílios; produção, armazenamento e expedição do produto final. Além disso, não devemos esquecer as instalações sanitárias, vestiários, escritórios e zonas sociais, e ainda as zonas de armazenamento temporário de resíduos. [/46] Estas zonas deverão ter as características específicas de acordo com o produto e operação em causa. Devem existir dispositivos informativos de acesso restrito à área de laboração e saídas de emergência. Devem, ainda, estar previstos sistemas de higienização de mãos e pés onde necessário, e em número suficiente. Estes devem ter saboneteira e sistema de secagem de mãos, de preferência papel.
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            • nameEquipamentos e Utensílios
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            • scriptOs equipamentos e utensílios devem ser adequadamente desenhados e concebidos para o uso pretendido e devem ser utilizados de maneira a minimizar o risco de contaminação dos alimentos. Devem ser duráveis e manter as suas características nas condições normais ao longo do tempo. Os equipamentos devem ser posicionados de forma a permitirem o acesso por baixo, por dentro e à volta dos mesmos, para ser mais fácil de limpar, inspeccionar e verificar o seu estado. Todos os utensílios, aparelhos e equipamentos que entrem em contacto com os alimentos devem respeitar as seguintes regras: [47] Devem ser suaves, livres de frinchas, fendas, uniões, juntas e não podem ter imperfeições. [/47] Além disso, materiais usados na construção dos equipamentos, incluindo as superfícies para contacto com os alimentos, não devem permitir a migração de substâncias indesejáveis nem ter impacto na cor, odor e sabor dos alimentos. [48] Devem ser duráveis, lisos, impermeáveis mas facilmente laváveis e não absorventes nem porosos. Devem ainda ser resistentes à corrosão e resistentes às operações de higienização e produtos químicos usados. É importante que os equipamentos se mantenham em boas condições de arrumação e bom estado de conservação, de modo a minimizarem qualquer risco de contaminação. [/48] [49] Quanto aos materiais, o aço inoxidável é o material mais indicado, porque é muito resistente à corrosão e é fácil de limpar; Não deve ser usado ferro fundido nem metal galvanizado. Estes materiais apenas podem ser usados nas superfícies dos fogões [/50] Já agora, sabia que, por incrível que pareça, as panelas e outros utensílios de cozinha também podem ser responsáveis por contaminações? As panelas e tachos mais perigosos são os de alumínio teflon, sobretudo quando são arranhados com o uso de utensílios durante a confecção dos alimentos; As panelas antigas de cerâmica ou esmaltadas, também são muito perigosos. É que durante a confecção libertam para o alimento metais pesados, entre eles alumínio, cádmio e chumbo, que contaminam os alimentos e consequentemente quem os consome. [51] Os recipientes que não oferecem risco à saúde são as panelas e utensílios de aço-inox, panelas de ferro ou de cobre e panelas de vidro.Além disso, para o armazenamento e aquecimento de alimentos devem ser utilizados essencialmente recipientes de vidro ou inox. [/51] [52] Os utensílios de plástico também são responsáveis por contaminações. O mesmo acontece com os taparuéres, que utilizamos vezes sem conta, por serem recipientes muito práticos. [/52] O problema resulta quando o plástico entra em contacto com alimentos gordurosos, ácidos ou aquecidos, libertando substâncias cancerigenas e contribuindo para que pessoas com tendência para a obesidade engordem facilmente. [103] A madeira deve também deve ser evitada. Não há nenhuma lei que proíba a utilização de equipamentos e utensílios em madeira, é um facto, mas a madeira na sua maioria é porosa, absorvente proporciona com facilidade o desenvolvimento de microrganismos, uma vez que fissuras servem de refúgios para as bactérias. Por outro lado a utilização de madeira pode ainda resultar num perigo físico, ou seja podem soltar-se lascas, contaminando assim o alimento. [/103] [53] Por estes motivos, opte por talheres feitos com materiais como o aço inoxidável, acrílico, silicone ou plástico. [/53] Qualquer que seja a sua opção, deve ter sempre presente que este tipo de contaminações expõe-nos a um maior risco de desenvolvimento de futuras doenças.
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            • nameHigiene pessoal
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            • scriptO conceito de higiene pessoal refere-se ao estado geral de limpeza do corpo e da roupa dos colaboradores que manipulam os alimentos. Para minimizar os riscos de contaminação a empresa deve estipular regras de higiene, segurança e saúde. Estas regras devem estar expostas em locais estratégicos tais como vestiários, instalações sanitárias e junto aos lavatórios para que todos as possam consultar sempre que preciso. [54] Os comportamentos a adotar por qualquer manipulador de alimentos são: Manter um nível adequado de limpeza pessoal ao nível do corpo, uniforme e calçado; Comportar-se de modo apropriado, seguindo todas as regras de higiene adotadas. [/54] É muito importante não esquecer que qualquer pessoa, mesmo saudável, pode contaminar os alimentos. [55] Os manipuladores de alimentos devem manter as mãos limpas, lisas e sem fissuras onde os microrganismos se possam alojar e desenvolver, podendo causar doenças. [/55] [115] A lavagem das mãos deve ser frequente, de forma correta e deve ser feita num lavatório, com comando não manual e com uso exclusivo para esse fim. Junto a este deverá estar disponível um sabonete líquido bactericida, assim como toalhas de papel descartáveis. Além disso, não deve esquecer que o uso de secadores eléctricos de mãos nestas áreas deve ser evitado. É que estes equipamentos podem dispersar a contaminação pela área de trabalho.O lavatório deverá ser munido de água quente e fria. [/115] [56] As unhas deverão apresentar-se sempre curtas, limpas e sem verniz e é proibido o uso de unhas postiças. São também desaconselháveis as unhas roídas, devendo-se alertar os manipuladores para esse facto. [/56] [116] Deverá estar a perguntar-se: "mas quando é que devo lavar as mãos?". Pergunta, e pergunta muito bem. Na verdade existe uma série de ocasiões nas quais deve lavar as mãos. Por exemplo, quando muda de roupa civil para a farda de trabalho; sempre que muda de uma tarefa para outra; ou até mesmo sempre que mexe nos olhos, no cabelo ou no nariz. Ainda assim, existem muitas outras situações nas quais deve lavar as mãos. Para saber quais são, consulte o documento em anexo nesta lição. [/116] [57] Mas espere, há mais. Depois de saber QUANDO lavar as mãos, importa saber COMO lavá-las. Fique a saber que sempre que lavar as mãos, deve: molhar as mãos e ante-braços; ensaboá-los por 15 a 20 segundos, não esquecendo os espaços entre os dedos, e utilizar a escova das unhas; enxaguar bem as mãos e os antebraços; secar as mãos com papel toalha; e finalmente, deve aplicar álcool gel de forma a eliminar na totalidade qualquer tipo de contaminação. [/57] Os manipuladores com feridas e doenças não podem manipular diretamente os alimentos. As feridas, mesmo quando tapadas podem ser fontes de contaminação. Estas devem ser protegida com pensos impermeáveis e de cor viva. Além disso, deve usar luvas ou dedeiras, para impedir a contaminação dos alimentos. Devem também ser evitados comportamentos como: [58] fumar; mascar ou comer; e espirrar ou tossir sobre alimentos não protegidos. [/58] O uso de adornos como ganchos, anéis, colares, pulseiras e relógios é estritamente proibido, sendo que a única excepção é o uso da aliança. Mas caso a use, deve retirá-la quando lavar as mãos. No entanto, não é recomendada a sua utilização durante a manipulação de alimentos, uma vez que pode ser um perigo físico e microbiológico eminente. [59] Além destes adornos, também se deve evitar o uso de maquilhagem, cremes e perfumes intensos. [/59] Além de tudo o que já dissemos, a saúde dos manipuladores é um ponto fulcral para que se garanta a segurança dos alimentos. [60] Neste sentido, todas as pessoas que contactam com os alimentos devem, por um lado, fazer um exame médico completo antes de iniciar a sua atividade profissional. Depois devem repetir este exame periodicamente e sempre que existam razões que justifiquem. [/60] [61] Por outro lado, devem comunicar ao seu responsável sempre que sofram de doenças ou sintomas, tais como: dores abdominais, diarréia, febre, náuseas e vómitos; anginas, tosse ou corrimento nasal; processos inflamatórios da boca, olhos e ouvidos; lesões da pele como erupções, furúnculos e feridas infectadas. [/61]
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            • nameControlo de Pragas
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M4L5.mp4
            • scriptNeste módulo vamos abordar mais um pré-requisito do sistema HACCP. O controlo de Pragas, não é mais que um conjunto de ações tomadas com o objectivo de erradicar, ou manter em níveis satisfatórios as pragas que atacam o homem e os seus bens. Este princípio pode ser de carácter preventivo ou corretivo. [62] As medidas de carácter preventivo têm como objectivo minimizar a possibilidade das pragas entrarem nas instalações. E como já diz o ditado "mais vale prevenir que remediar!" [] Por outro lado, as medidas corretivas têm como objectivo a eliminação física das pragas. [/63] No que concerne à segurança alimentar, entende-se por praga um grande número de animais ou plantas que, estando numa instalação, apresente uma probabilidade elevada de contactar com os alimentos e de os contaminar. Neste cenário, o risco de se poder causar problemas no consumidor por produtos contaminados é muito elevado. As pragas são, por isso, uma das principais preocupações ao nível da segurança alimentar, [64] já que as espécies rastejantes, como as baratas e formigas, ou espécies de roedores como os ratos, podem ser fontes de contaminação nos alimentos. [/64] Na procura de alimento, estes animais podem libertar pêlos, excrementos e saliva, e transportar bactérias como Salmonelas e Leptospira, contaminando os alimentos e espalhando doenças. As pragas podem ainda provocar prejuízos em equipamentos, como nos canos do gás ou da água e cabos eléctricos, muitas vezes com consequências desastrosas. [117] Por isso, as principais medidas de prevenção da ocorrência de pragas passam pela manutenção adequada das instalações e equipamentos, cumprimento dos planos de higienização e inspeção de matérias primas e materiais de embalagem [/117] Concluindo, não se esqueça que os procedimentos de controlo de pragas terão sempre de garantir a segurança dos alimentos, não podendo colocar em causa o seu bom estado.
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            • nameAbastecimento de Água
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            • scriptToda a água que directa ou indirectamente é utilizada durante o processo de lavagem de equipamentos e utensílios, ou em contacto com os alimentos, tem de respeitar os requisitos mínimos para água destinada a consumo humano. Caso a água seja distribuída por uma entidade gestora de abastecimento, a empresa do sector alimentar apenas terá de comprovar que a água cumpre esses requisitos. [118] Isto pode ser conseguido, pedindo à entidade gestora os resultados do controlo analítico da zona de abastecimento a que a empresa pertence. [/118] É importante não esquecer que as entidades gestoras disponibilizam esses resultados aos utilizadores. Aconselha-se no entanto que seja cumprido um plano de colheitas abrangendo o controlo analítico de todos os parâmetros definidos na lei, com a periodicidade nela referida. Nos casos em que a água utilizada tem origem em captação própria (normalmente através de poços ou furos), esta deverá ser sujeita no mínimo a um tratamento de desinfecção. [/99] Este tratamento deve ser suficiente para evitar uma eventual contaminação. Em qualquer dos casos, as análises deverão ser efetuadas por um laboratório de preferência acreditado pelo Instituto Português de Acreditação e aprovado pelo Instituto Regulador de Águas e Serviços. [74] Algo que também é importante não esquecer é a qualidade do gelo usado. [/74] Sempre que possa entrar em contacto com os alimentos, o gelo deve ser fabricado a partir de água potável e armazenado em condições que o protejam de qualquer tipo de contaminação. Resumindo, é extremamente importante tratar da água que é utilizada nas instalações de produção dos alimentos. Caso contrário, a água pode tornar-se num veículo de contaminação, e posteriormente causar danos nos consumidores.
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            • nameGestão de Resíduos
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            • scriptOutro Pré-requisito a ser implementado é a Gestão de resíduos. As empresas deverão implementar sistemas de gestão de resíduos adequados à dimensão e tipo de atividade. [74] Aqui deverão ser consideradas as etapas de separação, armazenamento e encaminhamento dos diversos tipos de resíduos produzidos.[/74] Além disso, a acumulação de resíduos não deverá ser permitida nas áreas de manipulação de alimentos. É que estes resíduos podem dar origem um ambiente propício à contaminação dos produtos. [76] Em primeiro lugar, a empresa deverá identificar cada tipo de resíduo gerado e prever as quantidades produzidas. [/76] Com esta informação poderá selecionar empresas adequadas ao seu encaminhamento, estabelecendo contratos de prestação de serviços. Depois, deverá também definir a frequência de recolha, bem como os locais apropriados para armazenamento temporário dos resíduos, de forma a que não haja acumulação e consequente contaminação dos produtos alimentares. [/77] No caso dos óleos usados na fritura, devem ser recolhidos para recipientes bem identificados e encaminhados para uma empresa especializada. Não devemos esquecer que o estabelecimento deve arquivar a guia de encaminhamento de resíduos. Deverão ainda ser definidos circuitos de recolha de resíduos das instalações de forma a minimizar ou eliminar a probabilidade de ocorrência de contaminações cruzada. [97] Não devemos esquecer que as instalações deverão estar providas de contentores adequados, onde os resíduos possam ser depositados. [] Estes contentores devem ser forrados com sacos de plástico e ter uma tampa accionada por pedal. [/98] Estes locais e contentores também devem estar contemplados nos planos de higiene anteriormente referidos, no sentido de se evitar a ocorrência de pragas. Resumidamente, os resíduos alimentares, subprodutos ou lixos devem ser adequadamente tratados para não constituírem fontes de contaminação dos alimentos.
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            • scriptOs alimentos devem atingir o seu ponto de consumo em perfeitas condições de higiene e segurança alimentar. Nesse sentido, é importante controlar não só as condições de preparação e manuseamento, como também o transporte. Por isso, as condições de transporte devem assegurar que: [78] os alimentos e embalagens não sejam contaminados; que permitem uma limpeza e desinfecção fácil e eficaz; que facilitem a separação entre diferentes produtos alimentares; Proporcionam uma proteção eficaz contra poeiras, fumos e outros tipos de contaminações; e, por fim, devem assegurar que mantêm as condições necessárias aos alimentos como temperatura, humidade ou outras relevantes. [/78] De facto, o transporte é um fator muito importante. Apesar de ser uma das últimas etapas dos alimentos chegarem até nós, é aqui que muitas vezes o alimento é contaminado. Mas já sabe: se seguir à risca as dicas anteriores, o alimento chega até aos consumidores em excelentes condições.
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            • name Higienização
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            • scriptUma das medidas fundamentais para garantir a segurança alimentar é, sem dúvida, o cumprimento de um programa de higienização. Este vídeo tem como objectivo dar-lhe indicações e procedimentos para uma correta higienização, não só das instalações, como também de equipamentos, utensílios e superfícies, que de forma directa ou indirecta estejam em contacto com os alimentos. Para melhor compreender esta lição torna-se desde já necessário perceber que o Processo de Higienização é composto por 2 etapas distintas: [79] a limpeza e a desinfecção. [/79] A limpeza consiste no processo de remoção da sujidade orgânica e mineral, e o resultado da operação é visível. Ou seja, é fácil ver se uma mesa ficou bem limpa: basta ver se tem alguma sujidade. A desinfecção, por sua vez, consiste no processo de destruição ou redução dos micróbios para nível seguro. Esta só deve ser feita APÓS o processo de limpeza de que falámos antes, já que os microrganismos podem estar presentes mesmo em superfícies que à partida lhe pareçam limpas. É que os microrganismos, como já dissemos, não conseguem ser vistos a olho nu. Para que a Higienização seja eficaz, é importante ter em atenção o tipo de produtos e os utensílios a utilizar. [80] Em relação aos produtos, estes podem ser classificados como detergentes e desinfectantes. [/80] Os Detergentes são agentes de limpeza à base de sabão ou outra substância, cuja principal ação é remover e eliminar a sujidade. Já os desinfectantes são substâncias químicas, utilizados para eliminar as bactérias, mas a sua aplicação só se torna eficaz quando utilizados em superfícies limpas. Ou seja, só devemos passar ao desinfectante depois de aplicarmos primeiro o detergente. Como deve saber, hoje em dia existe uma vasta oferta de detergentes, como por exemplo: [83] - Abrilhantadores - Abrasivos - Corrosivos - Desengordurantes - Desincrustastes Entre muitos outros. [/83] [84] No entanto, como também sabe, há uns mais eficazes que outros. Dada esta diversidade, quando escolher o detergente, deve ter em conta os seguintes factores: - A rapidez de atuação - Capacidade para desprender a sujidade e de penetrar em fissuras - Facilidade de enxaguamento - Não deve ser corrosivo - Deve ser biodegradável - E de Fácil aplicação. [/84] [85] O mesmo acontece na escolha do desinfetante. Aqui deve ter atenção também algumas características como: - A eficácia na eliminação dos microrganismos patogénico - A rapidez de atuação - A facilidade de enxaguamento e aplicação [/85] [86] Não podemos esquecer que existem cuidados especiais também a ter em conta com os utensílios e equipamentos de limpeza. Os esfregões, esfregonas, panos, entre outros, devem ser mantidos limpos, uma vez que representam uma elevada fonte de contaminação. Por isso: - Deve lava-los em água corrente após cada utilização - Mergulha-los em solução detergente ou desinfectante - Passa-los por água corrente - e de preferência devem ser secos ao ar. [/86] [119] O local onde armazena os produtos e equipamentos de higienização deve estar identificado e separado fisicamente de outras áreas e, de preferência, ser um espaço fechado com acesso restrito. Caso não seja possível, deve existir uma separação evidente entre produtos, equipamentos de higienização e os alimentos. [/119] Até agora falamos da importância de uma Higienização eficaz, da escolha correta de produtos e ainda dos cuidados a ter com os respectivos utensílios e equipamentos. Torna-se agora importante perceber como é fundamental ter um plano de Higienização bem elaborado. O que é então um plano de Higienização? Tal como o nome indica, é um plano onde está registado um conjunto de informações e normas relacionadas com cada local, equipamento e utensílio, com o "intuito de fazer cumprir a correta higienização”. Os planos de higienização devem mencionar: [87] - O que higienizar (desde o local, área, equipamento ou utensílio) - Como o fazer; - Quando fazer (ou seja, se deve ser diária, semanal ou mensal) - Produtos e equipamentos que deve usar; - Que quantidade utilizar (e aqui deve seguir sempre as indicadas na ficha técnica e rotulo fornecidos pelo fabricante) - Quais as medidas de segurança a adotar (ou seja, as indicações prescritas na ficha de dados de segurança. Mesmo em situações de emergência, deve ler sempre antes de utilizar cada um dos produtos) - Quem se responsabiliza pela operação (ou seja, nome do colaborador) [/87] [88] Além disso, o Plano de Higienização deve ser revisto caso ocorra alguma alteração, nomeadamente: - Se a empresa adquirir novos produtos de higienização; - se adquirir novos equipamentos; - Se forem feitas alterações na disposição das instalações - Ou após obras de manutenção ou alteração das infra-estruturas. [/88] [89] Finalmente, o procedimento de higienização deve seguir 5 etapas fundamentais. Vejamos então cada uma delas. Em primeiro lugar temos a pré-lavagem. Aqui são removidos os resíduos sólidos, com a ajuda de utensílios apropriados (como aspirador, escova, etc.) Em segundo lugar, a Lavagem com detergente, onde é removida a camada de sujidade, durante o tempo necessário para poder atuar. Em terceiro, o enxaguamento, ou seja, a passagem com água corrente para eliminar a sujidade solta e os resíduos de detergente. Em quarto lugar temos a desinfeção que, como vimos anteriormente, vai eliminar ou reduzir os microrganismos para níveis seguros. Por último, mas não menos importante, temos novamente o enxaguamento com água corrente desta vez para eliminar o desinfetante. [/89] Depois de tudo isto, lembre-se: uma correta Higienização contribui de forma extremamente eficaz para a eliminação de uma possível contaminação.
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            • nameMatérias-Primas
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M4L10.mp4
            • scriptNa concepção de alimentos, deve-se garantir que a matéria-prima cumpre os requisitos necessários para a confecção de um alimento seguro. Para tal, é da responsabilidade do operador ou do responsável, fazer a escolha dos fornecedores que cumprem os requisitos de segurança alimentar. [120] Além disso, devem ser também estipulados critérios nas matérias-primas recepcionadas. Estes critérios devem ter em conta as características microbiológicas, físicas e químicas das matérias primas. Ou seja, as características que podem ser percebidas pelos sentidos humanos, como a cor, o brilho, a luz ou o odor. [/120] [90] É igualmente importante verificar os prazos e a periodicidade de entrega, condições de transporte como temperatura ou humidade, estado das embalagens, ou outras que possam ser consideradas relevantes. [/90] De modo a cumprir estas regras, é fundamental ter uma lista de fornecedores para cada matéria-prima e registar as condições de entrega. Junto com o produto recebido devem também ser solicitadas as fichas técnicas. Estas fichas técnicas não são mais do que a descrição das características do produto, assim como utilização prevista e precauções especiais a ter. A ficha técnica é uma ferramenta indispensável para um produto final seguro e de qualidade.
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            • nameFormação em Higiene Alimentar
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            • scriptA formação em higiene alimentar é fundamental para todos os que, directa ou indirectamente, operam produtos alimentares. (riso) Por isso é que provavelmente está a frequentar este curso. De acordo com as normas, os operadores devem garantir que o pessoal que manuseia os alimentos, e os responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção de sistemas de segurança alimentar, tenham formação adequada nesta área. Todo o pessoal envolvido deve possuir as competências e conhecimentos adequados ao bom desempenho das suas funções, assegurando a protecção dos alimentos. É importante ainda salientar que a acreditação da empresa prestadora de serviços de formação, ou a certificação do formador, deverão ser factores de preferência na selecção do prestador da formação.
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        • nameOs Sete Princípios do HACCP
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            • nameO que são?
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            • scriptComo já vimos, o HACCP garante que os produtos alimentares são produzidos com a máxima segurança, de forma a chegarem ao consumidor final sem qualquer risco de contaminação. Esta análise é realizada através do cumprimento de sete Princípios previstos pelo Codex Alimentarius, e que servem de base estrutural ao sistema HACCP. Apesar de este curso se destinar apenas a conceitos gerais sobre Higiene e segurança Alimentar, não faria sentido deixar de abordar os 7 Princípios, uma vez que todos, de uma forma ou de outra, fazem parte da Equipa HACCP.
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            • name1º: Análise dos Perigos
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            • scriptEste princípio tem como objectivo listar todos os potenciais perigos associados a cada etapa de produção, bem como conduzir a sua análise e estabelecer as respectivas medidas de controlo. Ou seja, a equipa de HACCP deve listar todos os perigos que tenham probabilidade de acontecer em cada etapa, desde a produção primária, ao processo, à manipulação e distribuição até o ponto de consumo. Sempre que possível, na análise de perigos, deve ser incluído o seguinte: [93] -A probabilidade de ocorrência do perigo e a severidade dos efeitos adversos à saúde; - A avaliação qualitativa ou quantitativa da presença do perigo; - A sobrevivência ou multiplicação dos microrganismos em análise; - A produção ou persistência de toxinas, agentes físicos ou químicos no alimento; - As condições que possam levar aos pontos anteriormente descritos. [/93] A equipa deve avaliar se existem medidas de controlo que possam ser aplicadas a todos os perigos, tendo em conta que para controlar um perigo pode ser necessária mais do que uma medida. Por outro lado, mais do que um perigo pode ser controlado pela mesma medida controlo. Na condução da análise, a equipa de HACCP deve procurar identificar perigos de várias naturezas, tendo em conta que a sua eliminação ou redução a um nível aceitável é essencial para a produção de um alimento seguro, o que será de extrema importância para princípio de que vamos falar a seguir.
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            • scriptUm Ponto Crítico de Controlo é qualquer ponto, operação, procedimento ou etapa do processo de fabricação ou preparação do produto, onde se aplicam medidas preventivas de controlo sobre um ou mais factores. O objectivo deste princípio passa por prevenir, reduzir, ou eliminar os perigos para a saúde, bem como evitar a perda da qualidade dos alimentos. Se um perigo for identificado numa etapa onde o controlo é necessário para garantir a segurança do alimento, e se não existir nenhuma medida que possa eliminar esse perigo, então o produto ou o processo deve ser modificado imediatamente, de forma que se possa resolver o problema e incluir uma medida de controlo.
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            • scriptO terceiro princípio do HACCP estabelece que os limites críticos devem ser determinados para a monitorização estabelecida para cada Ponto Crítico de Controlo. Limite critico é o parâmetro que nos permite saber se as medidas de controlo a ser executadas vão mesmo garantir a segurança do produto. Ou seja, os limites críticos devem ser estabelecidos para garantir que não são excedidos os o níveis aceitáveis à segurança do produto final. Assim, estes limites críticos são representados pelo valor necessário à produção segura dos produtos. Trata-se, portanto, do critério que separa a aprovação ou reprovação do processo. Assim sendo, se um limite crítico é excedido, os produtos afectados são considerados como potencialmente inseguros.
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            • name4º: Sistema de Monitorização
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            • scriptOs procedimentos de monitorização devem ser capazes de detectar a perda de controlo de um Ponto Crítico. Além disso, a monitorização deve providenciar esta informação a tempo de se fazer ajustes, de forma a assegurar o controlo do processo. Estes ajustes devem ser feitos assim possível, quando os resultados da monitorização indicarem uma tendência que possa levar a uma perda de controlo do ponto crítico, preferencialmente antes que o desvio ocorra. Os dados resultantes da monitorização devem ser avaliados por uma pessoa designada, que tenha conhecimento e autoridade para conduzir acções correctivas quando necessário. Caso a monitorização não seja contínua, os intervalos entre as observações de controlo devem ser suficientes para garantir o controlo do Ponto Crítico e a segurança dos alimentos.
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            • name5º: Acções Correctivas
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            • scriptEm casos de desvio devem ser desenvolvidas acções correctivas para cada Ponto Crítico de Controlo, de maneira a inverter os desvios que venham a ocorrer. Estas acções devem assegurar que o ponto crítico de controlo é reconduzido de volta ao estado normal. As acções tomadas também devem incluir as condições apropriadas do produto envolvido. Os procedimentos para correcção do desvio, e para disposição do produto devem ser documentados no sistema de manutenção de registos do HACCP.
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            • name6º: Procedimentos de Verificação
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            • scriptMétodos, procedimentos e testes de verificação e auditoria, incluindo amostragem e análises aleatórias, podem ser utilizados para determinar se o Sistema HACCP funciona correctamente. A frequência da verificação deve ser suficiente para confirmar que o sistema HACCP é realmente eficaz. Com este procedimento de verificação, deve garantir-se que o plano HACCP funciona em todos os elementos, e que os perigos indicados foram todos controlados em cada ponto crítico de controlo.
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            • name7º: Documentação e Registo
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            • scriptOs procedimentos de HACCP devem ser documentados e as monitorizações registadas. A documentação e o arquivo dos registos devem ser apropriadas à natureza e tamanho da operação. O prazo de arquivo de registos deve ser, no mínimo, o correspondente ao prazo de validade do alimento.
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            • name Implementação do Sistema de HACCP
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            • scriptPara que o sistema de HACCP possa ser implementado, as empresas devem seguir uma lista de 14 passos. Estes passos funcionam como regras para que a produção de alimentos seja feita de forma segura e sem qualquer falha. Estas regras descrevem ao detalhe todos os passos que vão desde a descrição da equipa responsável pelo plano HACCP, até aos 7 princípios de que falámos anteriormente. Para que consiga perceber melhor estes passos, deixo-lhe em anexo um documento onde poderá consultar todas estas regras com mais atenção. Se calhar, ao ler a lista, vai pensar: “será mesmo preciso tudo isto para produzir um alimento seguro?”. A verdade é que sim, é mesmo necessário: desde a equipa, o espaço, instalações, o próprio produto em si, enfim, tudo é necessário estar descrito e documentado para que o processo de produção seja seguro e o produto final seja saudável.
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            • scriptAo longo deste curso, já verificamos um pouco da história do sistema HACCP, abordámos alguns conceitos de Microbiologia alimentar, e ainda os seus pré requisitos. Além disso, falámos também das suas vantagens e de como é feita a sua implementação. De facto, como vimos, este sistema não deve ser visto como um conjunto de regras chatas. Deve, sim, ser visto como uma forma de as empresas gerirem melhor a segurança dos alimentos. Se todos os processos forem executados na perfeição, as empresas ganharão sempre a máxima confiança dos consumidores. E não devemos esquecer o mais importante: é que todas estas práticas de que falámos, desde os pré-requisitos ao próprio sistema HACCP, têm como objetivo único o bem-estar e saúde de nós, consumidores. Resta-me agradecer-lhe todo o seu empenho ao longo deste curso. E lembre-se: com a segurança dos alimentos mais vale prevenir do que remediar!
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      • nameCurso Manipuladores de Carnes - 15 Horas de estudo
      • descriptionA carne é um dos principais veículos de transmissão de doenças humanas de origem alimentar. A manipulação de carnes deve garantir um elevado nível de proteção do consumidor em matéria de segurança dos géneros alimentícios. Para tal, é necessário estabelecer alguns objetivos, tais como a redução de organismos patogénicos ou a definição de níveis de desempenho, que deverá orientar a implementação das regras de higiene. Os principais objetivos desta formação são: - Compreender os principais conceitos de higiene alimentar; - Identificar os principais perigos das carnes e os seus tipos; - Descrever as principais medidas para o seu controlo. Seja bem-vindo à formação de Higiene no Controlo das Carnes. Vamos começar!
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            • scriptNos nossos dias, a carne tem sido tradicionalmente vista como veículo de um número significativo de doenças humanas de origem alimentar. Por estas razões, as novas regras gerais e específicas da higiene têm por principal objectivo garantir um elevado nível de proteção do consumidor. Deste modo, é importante estabelecer objetivos, tais como a redução de microrganismos patogénicos ou a definição de níveis de desempenho, que mais tarde deverão orientar a implementação das regras de higiene. Neste contexto, os operadores do sector alimentar são os principais responsáveis pela segurança dos géneros alimentícios. É fundamental que o consumidor confie e tenha a garantia que a carne que come é segura e adequada para consumo. [1] Assim sendo, os objetivos desta formação passam por: Compreender os principais conceitos de higiene alimentar Identificar os principais perigos das carnes e os seus tipos e Descrever as principais medidas para o seu controlo [/1] O meu nome é Ana Teresa Monteiro e sejam bem vindos à formação de Higiene no Controlo das Carnes. Vamos começar!
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            • scriptVamos começar por entender quais são os perigos que existem quando falamos de carnes. Um perigo é qualquer agente ou característica das carnes que potencialmente pode causar um efeito adverso na saúde humana ou animal. Ora, se assim é, os perigos devem ser identificados para que possam ser evitados, eliminados ou reduzidos para níveis aceitáveis. [2] Estes perigos podem ser FÍSICOS como vidro, metal, madeira, plástico; [/2] [3] QUÍMICOS, como agentes de limpeza, óleos, pesticidas, metais pesados (como chumbo ou cádmio), medicamentos, aditivos, promotores de crescimento [/3] [4] ou MICROBIOLÓGICOS como vírus, bactérias, fungos, parasitas. [/4] [5] Além disso, pode ter diferentes formas: presença, manifestação, sobrevivência e crescimento [/5] [6] E também é importante ter em mente que a contaminação pode ocorrer por via de alguns meios, tais como: água, ar, operadores, equipamentos e outros alimentos, sendo que esta contaminação pode ser directa ou cruzada. [/6] [7] Olhemos agora para 3 pontos que são importantíssimos para perceber os diferentes tipos de perigo que poderemos enfrentar: severidade, frequência e importância. [/7] [8] A severidade do perigo é aquilo que define a sua magnitude. Aqui devemos perguntar: é muito grave? [/8] [9] A frequência do perigo define a sua ocorrência: quantas vezes ocorre? [/9] [10] Já a sua importância vê-se através do risco, que é a probabilidade de ocorrer o perigo. Devemos ainda salientar que a importância do perigo é avaliada pelo conhecimento pormenorizado do produto e do processo, evidência histórica e investigação e avaliação da informação existente. [/10]
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            • scriptOs perigos são controlados através da implementação de Medidas Preventivas, que são factores físicos, químicos ou de outra natureza. Estas medidas podem ser usados para prevenir ou eliminar um perigo identificado ou reduzi-lo a níveis aceitáveis. Alguns exemplos de medidas preventivas são: [11] Boas práticas de Higiene, como higiene do estabelecimento, equipamentos, pessoal; manutenção de uma adequada cadeia de frio e temperatura adequada a cada espécie; prevenção e controlo das contaminações; iluminação adequada, rastreabilidade dos géneros alimentícios e respectivos ingredientes ao longo da cadeia alimentar; verificação e registos; [/11] [12] manutenção de registos; respeito pela regra FIFO; controlo de pragas; adequado abastecimento de água potável; controlo da saúde dos operadores; [/12] [13] um sistema de ventilação concebido e construído de modo a: minimizar a contaminação pelo ar com aerossóis e gotas de condensação; controlar as temperaturas ambientais, humidade e odores; respeito dos critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimentícios; e recolha de amostras e análises. [/13]
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            • scriptAs doenças alimentares são causadas pela invasão de Agentes Patogénicos no nosso organismo, através da ingestão de alimentos ou águ.] Mas o que é um Agente Patogénico? Um agente patogénico é um microrganismo que provoca doença. [/14] As causas das doenças alimentares são: bactérias patogénicas, vírus, parasitas, fungos e químicos. No entanto, devemos ter em conta que as bactérias causam cerca de 90% de todas as doenças alimentares. Por outro lado, as doenças também podem ser provocadas pelo próprio microrganismo, por uma forma de resistência, pelas suas toxinas ou por formas vegetativas. Além disso, podem igualmente estar associadas à carne; ao ambiente de processamento e/ ou aos manipuladores de alimentos. [/18] Finalmente, nota para o facto de que, para crescerem, os agentes necessitam de temperatura adequada, água, alimento, oxigénio, pH adequado e tempo. [/19]
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            • nameDoenças alimentares
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L2-3.mp4
            • scriptQuando falamos de doenças alimentares, podemos falar de dois tipos: as Infecções, que são causadas pelo próprio microorganismo; ou Intoxicações, quando são causadas por substâncias tóxicas. [/20] Alguns microrganismos causam doenças alimentares porque têm capacidade de crescer no organismo humano. Por outro lado, certos microrganismos quando conseguem crescer nos alimentos, produzem venenos conhecidos por toxinas, as quais são responsáveis por essas doenças. As toxinas podem estar presentes mesmo quando o microorganismo já lá não se encontra. Além disso, o consumo prolongado de alimentos ou águas contaminadas com tóxicos de origem química, como por exemplo metais pesados ou dioxinas, podem desencadear a médio/longo prazo o aparecimento de tumores, doenças neurológicas e outras doenças crónicas. Geralmente, estes tóxicos são transportados pela água, ar, solos, ou por matérias em contacto com os alimentos. [/21]
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            • slugprincipais-sintomas-de-doen-a
            • namePrincipais sintomas de doença
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L3-3.mp4
            • scriptHá que ter em atenção uma série de sinais que podem ser sintoma de uma doença alimentar! Os sintomas gerais são normalmente: diarreias, dores abdominais, vómitos, náuseas e desidratação. [/22] No caso das infecções alimentares, os sintomas só se manifestam depois de um período de incubação durante o qual o microrganismo cresce para poder exercer a sua função patogénica. Neste sentido, existem alguns procedimentos de higiene que deverão minimizar a contaminação direta e indireta da carne na medida do possível e do praticável. Estes procedimentos incluem: limpeza e desinfecção das superfícies, dos operadores, dos equipamentos. [/23] Uma nota importante: os manipuladores não devem manusear os alimentos quando apresentam: icterícia, diarreia, vómitos, febre, dores de garganta com febre, lesões na pele infectadas (furúnculos, cortes), corrimento nos ouvidos, olhos e nariz. [/24] A manutenção da cadeia de frio é essencial pois quando a temperatura está entre 15 e 50ºC, os microrganismos patogénicos multiplicam-se rapidamente podendo causar doenças e estragar os alimentos. É que os níveis de microrganismos patogénicos são dinâmicos. Bastam pequenos descuidos para aumentarem substancialmente. Por estes motivos, há que ter muito cuidado, até porque as doenças causadas por alimentos são desagradáveis e podem ser fatais.
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            • nameAlterações na carne - Maturação
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            • scriptExistem basicamente dois tipos principais de alterações na carne: maturação e putrefacção. [/25] A maturação é um processo muito usado pela indústria de abate e transformação de animais, principalmente de bovinos. É uma tecnologia de extrema importância pois permite melhorar as características de sabor e textura da carne, assim como a sua maciez. Há uma maior aceitação pelos consumidores e um aumento do valor do produto. O processo consiste em manter a carne fresca a uma temperatura superior ao ponto de congelação (1,5c), tornando a carne mais macia e aromática, sendo essa mudança devida sobretudo à atividade enzimática. [/26] As propriedades da carne de maior interesse para o consumidor são extremamente afetadas pelas condições impostas aos animais nos últimos dias de vida e à carcaça nas primeiras horas após o abate. Após a morte do animal, ocorrem algumas mudanças bioquímicas e biofísicas como: alterações no equilíbrio orgânico, na circulação sanguínea, no aporte de oxigénio e na temperatura do músculo. [/27] Como consequência dessas alterações, ocorre uma diminuição do pH, do ATP muscular e um aumento na rigidez do músculo. O fenómeno, conhecido como rigor mortis, ocorre devido à formação de ligações permanentes entre os filamentos musculares. [/28] Durante o acondicionamento da carne sob temperaturas de refrigeração, processo conhecido como maturação, a rigidez causada pelo rigor mortis começa a diminuir. Desta forma, a manutenção de carcaças ou cortes cárneos sob temperaturas de refrigeração tem sido utilizada para se alcançar uma textura satisfatória.
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            • nameAlterações na carne - Putrefeção
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L5-2.mp4
            • scriptA putrefacção é a decomposição e/ou crescimento microbiano nos alimentos que afeta a aparência e o sabor mas que normalmente não causa doença. A decomposição da matéria orgânica por microrganismos resulta na produção de cheiros e alteração da cor. Neste contexto, as bactérias são as principais responsáveis pela decomposição das carnes. Por outro lado, os fungos e leveduras são também agentes causadores da decomposição. [/29] Devemos sublinhar que, em temperaturas de refrigeração, só as bactérias responsáveis pela decomposição das carcaças se conseguem desenvolver. No entanto, a rapidez com que se desenvolvem depende do teor microbiano da carcaça, do aumento da temperatura de armazenamento e do aumento da atividade da água superficial.[/30] Como já dissemos, a putrefacção manifesta-se pelo aparecimento de maus odores ou manchas visíveis. A decomposição começa por aparecer nas zonas mais húmidas da carcaça: cavidade abdominal próximo do diafragma, nas dobras existentes entre os membros anteriores e o peito e nos músculos do pescoço depois de seccionados. O primeiro sinal é o cheiro. Há rancificação da gordura com aparecimento de exsudados. Dez vezes mais microrganismos originam cores e consistências anormais – tons cinza-esverdeados, viscosidade, humidade, limo. A esta alteração chama-se morrinha das carnes. Os pigmentos são amarelados, esverdeados, acinzentados, acastanhados, e são provocados por microrganismos cromogénicos.[/34] Os fungos provocam manchas verdes, brancas e negras e um odor a mofo. As manchas escuras podem também ser consequência do abate com o animal sob stress, ou também pelo frio, ao qual chamamos de chilling (queimadura pelo frio), normal em carnes expostas ao frio intenso. [/35] Analisados estes fatores, devemos ter em consideração que as carnes ficam menos nutritivas devido à degradação proteica e podem causar doença aos consumidores.
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            • slugprolongar-o-tempo-de-vida-da-carne
            • nameProlongar o tempo de vida da carne
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M3L6-1.mp4
            • scriptUma das formas de prolongar o tempo de vida útil das carnes é impedir o desenvolvimento bacteriano. Se o arrefecimento das carcaças e das vísceras não é controlado, as bactérias responsáveis pela decomposição e as bactérias patogénicas desenvolvem-se rapidamente. A dessecação superficial das carcaças durante a refrigeração é essencial para assegurar a sua segurança e estabilidade no armazenamento. No entanto, a dessecação superficial favorece os microrganismos de crescimento lento (como os micrococos e leveduras) e retarda os de crescimento rápido. Por isso, as câmaras devem ser construídas de modo a que, quando a sua capacidade esteja completa, a distribuição do ar no seu interior seja uniforme e a sua capacidade de refrigeração seja suficiente para reduzir a temperatura das carnes e reduzir a condensação. Deve-se lavar e desinfectar o pavimento, paredes e portas das câmaras frigoríficas para que as bactérias não tenham oportunidade de se desenvolverem e acumularem. Finalmente, também é importante limpar todos os líquidos de exsudação das carcaças. [/36]
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        • nameHigiene dos manipuladores
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            • nameLimpeza pessoal e vestuário
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            • scriptUmas das nossas grandes preocupações deve passar por garantir que as pessoas que entram em contacto direto ou indireto com as carnes não constituem uma fonte provável de contaminação. Para tal, é importante manter de um nível adequado de limpeza pessoal e adotar comportamentos de operação adequados. [37] Neste sentido, as pessoas que não mantenham um nível adequado de limpeza pessoal, que sofram de determinadas doenças ou que se comportem de um modo inadequado, podem contaminar os alimentos e transmitir doenças aos consumidores. [/37] Assim sendo, os manipuladores que entram em contacto direto ou indireto com a carne no decurso do seu trabalho devem manter um elevado padrão de limpeza pessoal e usar vestuário adequado à tarefa que desempenham. [38] Este vestuário deve estar em perfeito estado de limpeza, de cor clara, fácil lavagem e desinfecção. [/38][39] Alguns exemplos de vestuário são: a bata, avental de material impermeável, gorro, boné ou touca, e ainda calçado impermeável de fácil limpeza e desinfecção. Para carga e descarga da carne ao ombro, deve usar-se resguardo para a cabeça e pescoço, de material de cor clara e fácil lavagem e desinfecção. [/39] É importante não esquecer que qualquer deste vestuário não pode ser utilizado para outras atividades que não as próprias destes locais, ou ainda fora dos locais de venda. Por isso, é necessário garantir que o vestuário não descartável é limpo antes e durante o trabalho. Ao usar luvas, é importante certificar-se que são de um tipo aprovado para a atividade, [40] como por exemplo luva de malha de aço inoxidável, latéx – e que são usadas de acordo com as especificações: lavagem das mãos antes da utilização; troca ou desinfecção das luvas quando contaminadas. [/41] [42] O pessoal deve dispor de armários individuais e de vestiários e instalações sanitárias, em número suficiente, sempre que possível separadas por sexo e com chuveiro dotado de água quente e fria. [/42] [43] No fim da laboração e antes de saírem devem tomar banho. O vestuário e os adereços pessoais devem estar guardados num local afastado das áreas onde a carne está presente. [/43]
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            • nameHigiene das mãos
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            • scriptComo temos dito até aqui, uma das grandes preocupações que os manipuladores de carnes devem ter é o contacto com agentes que possam contaminar os alimentos. Por isso, sempre que houver contacto com partes doentes de um animal, devem lavar e desinfetar imediatamente as mãos e vestuário de proteção! Se porventura os manipuladores apresentarem um corte ou ferida que não os impeça de trabalharem a carne, [44] devem usar pensos à prova de água e tapar a respetiva ferida.[/44] Como deve saber, as mãos são fundamentais no trabalho dos manipuladores de carnes. [45] Por esta razão, devem ser sempre lavadas no início das atividades de manuseamento e após manusear os alimentos ou material contaminado. [/45] [46] Também deve lavá-las imediatamente após usar os lavabos, tossir, espirrar, tocar nos sapatos, nariz, cabelo e outras partes do corpo. [/46] Além disso, existem outras situações em que deverá igualmente lavar as mãos, como: [47] depois de fazer a limpeza ou usar materiais de limpeza; recolher resíduos; tocar em sacos, caixas, garrafas ou depois de qualquer interrupção do serviço. [/47] Nos locais de venda de carnes e seus produtos, não é permitido ao pessoal que as manipula executar outras tarefas alheias à atividade, excepto quando falamos de pagamentos e recebimento de dinheiro, desde que lave convenientemente as mãos imediatamente após a execução dessas tarefas. [48] Outra parte que merece a nossa atenção são as unhas. Estas devem estar sempre limpas, aparadas e sem verniz.[/48][49] Além disso, não se deve usar maquilhagem nem perfume. [/49] [50] Para terminar, fique a saber que para lavar corretamente as mãos, deve ter em atenção os seguintes pontos: 1. Molhar bem as mãos e antebraços com água e sabão líquido; 2. Esfregar bem as mãos (tendo em atenção os espaços entre os dedos); 3. Sempre que possível, usar escova de nylon para escovar bem as unhas; 4. Passar as mãos por água corrente para retirar o sabão; 5. E, finalmente, deve secar com toalhetes de papel descartáveis ou secador de mãos eléctrico. [/50]
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            • nameSaúde pessoal dos manipuladores
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            • scriptO estabelecimento de trabalho deve manter registos relevantes sobre a saúde do pessoal. Devem efetuar-se exames médicos aos manipuladores antes de serem contratados e no decurso do contrato de trabalho. As pessoas que suspeitem ou que sejam mesmo portadoras de doenças susceptíveis de se transmitirem através dos alimentos, não podem ser autorizadas a entrar em áreas de manipulação. Neste contexto, os estados de saúde que podem levar à exclusão do manuseamento de alimentos são: [51] icterícia, diarreia, vómitos, febre, dores de garganta com febre, lesões na pele infectadas (furúnculos, cortes), corrimento nos ouvidos, olhos e nariz. [/51] [52] Além disso, os manipuladores devem evitar comportamentos que possam causar contaminação, tais como: 1. fumar, 2. cuspir, 3. mascar ou comer, 4. assobiar, espirrar ou tossir sobre os alimentos. [/52] É importante lembrar que, ao tossir ou espirrar, o manipulador deve afastar-se do alimento, cobrir a boca ou o nariz, se possível, com papel ou uma toalha descartável, e depois lavar imediatamente as mãos. O suor deve ser enxugado também com uma toalha descartável e a seguir, lavar as mãos.
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            • nameAdereços e outros objetos
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            • scriptNo nosso dia a dia é normal usarmos alguns adereços. No entanto, é estritamente proibido levar objetos desta natureza para as áreas de manipulação, [53] tais como jóias, relógios, alfinetes e outros. Além disso, os manipuladores não devem usar utensílios ou equipamentos sujos. [/53] Outro aspeto que devemos ter em conta é que as pessoas que se movimentam a partir de áreas que contenham carne crua para outras áreas usadas para a preparação e transformação de carne devem lavar-se cuidadosamente e trocar ou desinfectar a respectiva roupa de proteção. Isto irá fazer com que a possibilidade de contaminação cruzada seja reduzida para nível de baixa probabilidade.
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            • nameNoções gerais
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            • scriptUm dos princípios fundamentais da higiene das carnes é manter as instalações, os equipamentos e os utensílios num estado de limpeza que não contamine direta nem indiretamente as carnes. O controlo da higiene exige o conhecimento e sistematização de todos os elementos intervenientes no processo de laboração de modo a poderem evitar-se os perigos. Dito isto, a limpeza deve remover resíduos de carne e sujidade que possam constituir fonte de contaminação. A implementação de um sistema com metodologia definida, com meios previamente escolhidos e uso adequado de produtos proporciona uma melhor higiene e limpeza. [54] Neste sentido, existem três tipos de limpeza: - limpeza microbiológica, que consiste em libertar ou diminuir para níveis mínimos a contaminação microbiana; - limpeza física, que passa pela remoção de agentes ou elementos fisicamente visíveis; - e limpeza química que consiste na remoção de agentes que afetam a cor e aroma das carnes, como resíduos de detergentes, desinfectantes e depósitos de minerais nas condutas de água. [/54] [55] Além disso, existem quatro tipos de limpeza: - limpeza a seco: por arrastamento, dispersão ou aspiração; - limpeza por líquidos: húmida por vapor de água, com água sob pressão; - limpeza por espuma - e limpeza com gel. [/55] [56] Finalmente, a limpeza é constituída por seis fases: 1. Pré-limpeza: onde se removem os agentes ou elementos mais grosseiros; 2. Limpeza: onde são separadas e eliminadas quaisquer sujidades do seu suporte; Estas duas primeiras fases servem para optimizar a atuação dos desinfectantes, pois estes perdem alguma eficiência em contacto com a matéria orgânica, razão esta que vai determinar a prévia, profunda e completa limpeza das áreas a higienizar. 3. Lavagem: aqui o meio usado é a água, na qual se dissolvem ou são arrastadas algumas sujidades; Normalmente adicionam-se os detergentes, que conferem poder molhante e de penetração, dissolução de gorduras, dispersão e defloculação de sujidades. 4. Desinfecção: que vai reduzir o mais possível os agentes microbianos vivos dos locais, equipamentos e utensílios; Estas ações podem ser feitas através de calor húmido – água a temperatura superior a 85ºC durante, pelo menos, 15 minutos; vapor de água ou por agentes químicos. Além disso, a limpeza e a desinfecção podem ser efetuadas em simultâneo pela utilização de um produto que possua as duas ações. 5. Enxaguamento: que consiste na remoção de detergentes, restos de desinfectantes, de sujidades, microrganismos, entre outros, para evitar a contaminação; 6. Finalmente, temos a secagem, que serve para evitar o desenvolvimento microbiano, quer por microrganismos residuais quer por recontaminação. [/56] É muito importante sublinhar que os programas de limpeza e desinfecção devem garantir que todas as partes do estabelecimento são adequadamente limpas e devem prever a limpeza do equipamento de limpeza. É necessária uma monitorização contínua e eficaz e registos. Além disso, devem especificar as áreas, equipamentos e utensílios a serem limpos; a responsabilidade por tarefas específicas; o método e a frequência da limpeza e também as medidas de monitorização.
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            • filehttp://www.ahptus.online/files/lessons/videos/M5L2-2.mp4
            • scriptOs locais de venda das carnes e seus produtos devem satisfazer uma série de requisitos higiénicos e técnicos quanto à sua localização e instalação. Em anexo nesta lição tem ao seu dispor um documento onde irá encontrar todas os parâmetros que devem ser salvaguardados para que a higiene dos produtos seja sempre garantida. Até já!
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            • nameEquipamentos
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            • scriptTodos os aspetos relacionados com a manipulação de carnes são delicados, mas a higiene dos equipamentos merece cuidados redobrados. Nesta lição vamos falar um a um de todos os equipamentos e dos processos que devem ser cumpridos para garantir a segurança dos alimentos. [57] Em primeiro lugar, o material utilizado no acondicionamento, designadamente películas ou sacos de plástico, deve ser próprio para contactar com alimentos e não alterar as características organolépticas das carnes e seus produtos, devendo ser armazenado e mantido em condições que o preserve de conspurcações e contaminações. [/57] [58] As mesas, balcões, armários, balanças, prateleiras, vitrinas e outros equipamentos devem ser frequentemente lavados e desinfectados. Além disso, convém lembrar que a mesa de corte não deve ser usada como balcão de atendimento ao público. [/58] [59] Quanto à exposição da carne, esta deve ser feita em expositor próprio a temperatura máxima de 6º, excluindo produtos estabilizados por salga, fumagem, secagem ou esterilização. [/59] [60] Já no que toca ao equipamento e os utensílios, estes devem ser limpos frequentemente durante e entre períodos de trabalho. Cada vez que entrem em contacto com material infectado ou contaminado devem ser limpos a fundo e desinfectados, assim como no fim do dia de trabalho. [/60] [61] As máquinas utilizadas no corte de carnes e seus produtos devem ser colocadas em local reservado para o efeito, protegidas eficazmente do contacto com o público, de raios solares, insectos, poeiras e outros agentes de contaminação. Devem ser lavadas após cada período de trabalho e sempre que necessário. [/61] [62] Quanto à máquina picadora, o tabuleiro, os moldes e demais utensílios utilizados na preparação de carne picada devem ser constituídos por material apropriado, reservados exclusivamente para esse fim e fáceis de desmontar e limpar. A sua limpeza e desinfecção deve ser efectuada após cada dia de trabalho e sempre que necessário. No caso das picadoras não refrigeradas, a cabeça da máquina deve ser colocada no frio entre a picagem das carnes. [/62] [63] As superfícies que contactam com as carnes devem estar em boas condições e serem feitas de materiais lisos, não absorventes, inertes em relação às carnes bem como a detergentes e desinfectantes sob condições normais de operação. [/63] [64] Em relação à utilização e o funcionamento das câmaras, armários e expositores frigoríficos, estes devem: • Ser mantidos em estado de perfeita conservação e limpeza; • No interior das câmaras, armários e expositores frigoríficos, as carnes devem ser mantidas de modo a permitir a adequada circulação de ar frio; • A carne e seus produtos que exijam temperaturas internas máximas diferentes para a sua conservação, quando colocadas no mesmo meio frigorífico, devem estar sujeitos à temperatura mais baixa permitida; • Os grupos frigoríficos devem ser instalados de modo a permitir a saída fácil para o exterior do ar que atravessa o condensador; • As câmaras devem dispor de indicadores de temperatura e de um sistema de acondicionamento interior para a abertura das portas, em caso de emergência, devendo aquelas manter-se fechadas sempre que não haja movimentação de produtos; • As superfícies internas dos frigoríficos devem ser descongeladas, lavadas e desinfectadas quando necessário. [/64] [65] Não devemos esquecer que é proibida a utilização das câmaras frigoríficas para armazenagem de carnes e seus produtos destinados à distribuição e venda para outros estabelecimentos de comércio a retalho, salvo quando devidamente autorizados. [/65] [66] As câmaras destinadas a armazenar carnes ou alimentos ultracongelados devem ser dotadas de instrumentos de registo adequados para controlarem, com intervalos regulares, a temperatura do ar a que estão sujeitos, salvo se possuírem menos de 10 metros cúbicos, caso em que a medição pode ser efetuada utilizando um termómetro colocado em local visível. [/66]
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        • nameAcondicionamento/embalagem de carne e seus produtos
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            • nameNormas gerais
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            • scriptOs materiais de acondicionamento e embalagem devem obedecer a todos os requisitos de higiene e serem perfeitamente inócuos: não podem alterar as características organolépticas da carne; não podem transmitir à carne substâncias nocivas à saúde humana e devem ser suficientemente sólidas para assegurar uma proteção eficaz durante o transporte e as manipulações. Além disso, estes materiais devem ser transparentes, incolores e não podem voltar a ser utilizados no acondicionamento das carnes. Já a embalagem deve ser suficientemente rígida para assegurar uma proteção eficaz durante o transporte e manipulação e ser mantida em bom estado de limpeza.
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            • nameAcondicionamento de embalagens
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            • scriptO acondicionamento não dispensa a embalagem, excepto nos casos em que o material utilizado para o efeito satisfaça as condições de proteção exigidas para a embalagem. Neste caso, o material de acondicionamento não deve ser incolor nem transparente. As embalagens podem ser permeáveis a gases, sendo a apresentação mais comum o filme de polietileno e as bandejas de poliestireno. Esta embalagem permite apenas a troca de gases com o ambiente. O oxigénio não é restrito e a carne continua vermelha. A validade média é de 2 a 3 dias em ambiente refrigerado. Muito usado para a carne de bovino. [/67] Na embalagem a vácuo ar é retirado da embalagem e a carne adquire uma cor arroxeada. Esta embalagem prolonga a vida das carnes mas exige cuidados. Como a permeabilidade da embalagem tem que ser mínima; a carne tem que aderir à embalagem, de modo a que haja uma produção mínima de líquido para impedir o desenvolvimento microbiano. É necessário cuidado com a temperatura de armazenamento, sendo que a validade média é de um mês em ambiente refrigerado. [/68] Por fim, importa dizer que a embalagem com atmosfera modificada é semelhante à embalagem a vácuo, mas com a adição de gases optimizados. É-lhe colocada uma mistura de gases, oxigénio (para uma cor vermelha) e dióxido de carbono para restringir o crescimento microbiano.
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            • nameCarnes refrigeradas
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            • scriptQuando falamos de carnes refrigeradas, devemos ter atenção à necessidade usar embalagens apropriadas. No caso das aves refrigeradas, o acondicionamento nas caixas perfuradas ou de paredes em grelha deve ser cuidadoso de modo a que as aves não fiquem muito comprimidas. Todas as carnes que não forem suspensas enquanto transportadas ou em suportes devem ser embaladas e cada embalagem não pode conter carne de mais de uma espécie animal. Além disso, O acondicionamento das carnes frescas desmanchadas ou das miudezas deverá ser efetuado logo a seguir à desmancha e de uma forma que satisfaça as regras de higiene. As carnes desmanchadas e as miudezas devem dispor sempre de acondicionamento de proteção, excepto se forem transportadas suspensas. Quando comercializados, o fígado, os rins ou o coração, cada acondicionamento deve apenas conter um órgão completo.
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            • nameOutras operações relacionadas
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            • scriptAs operações de desmancho, desossamento, acondicionamento e embalagem podem ser efetuadas no mesmo local desde que cumpram algumas regras, tais como: [69] - o local ser suficientemente amplo e estar equipado de um modo que assegure a higiene das operações; - os locais de armazenagem dos materiais de embalagem estejam isentos de poeiras e de animais nocivos e sem qualquer ligação atmosférica com locais que contenham substâncias que podem contaminar a carne fresca; - as embalagens não estejam em contacto direto com o pavimento; - sejam montadas em condições higiénicas antes de serem introduzidas no local; - utilizadas imediatamente, não podendo ser manipuladas por pessoal encarregado de manipular a carne fresca. [/69] É importante não esquecer que as embalagens só podem conter carnes desmanchadas que pertençam à mesma espécie animal excepto no caso de porções comerciais destinadas à venda direta ao consumidor. Já no que toca ao rótulo da embalagem do dia, esta deve mencionar o nome e morada do acondicionador, a denominação de venda (espécie, peça e/ou finalidade), a data de acondicionamento, a data limite de consumo, as condições de conservação e a quantidade líquida. [/70]
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            • scriptA venda e distribuição de alimentos é umas das últimas etapas que vão desde a sua produção aos pratos de nossas casas ou estabelecimentos. Como temos vindo a falar neste curso, a manipulação de carnes é bastante exigente do ponto técnico e higiénico, sobretudo quando falamos desta fase de venda e distribuição. É que estamos a falar da primeira fase em que o produto alimentar sai da zona operacional e tem contacto com o exterior. Consulte o documento disponível em anexo nesta lição e saiba ao pormenor todas as práticas gerais que devem ser implementadas durante a venda e distribuição de carnes. Até já.
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            • scriptA distribuição com destino aos locais de venda só é permitida a partir de estabelecimentos de abate, preparação e fabrico de produtos à base de carne, de reacondicionamento e de armazéns devidamente licenciados. Assim, é proibida a distribuição a partir de locais de venda para outros estabelecimentos de venda a retalho excepto quando é uma atividade menor, de pequenas quantidades. Além disso, é permitida a distribuição num raio de 50 km dos locais de venda a retalho para o domicílio do consumidor desde que as carnes sejam devidamente protegidas de contaminações e conspurcações, não devendo a temperatura durante o trajeto ultrapassar os máximos definidos pela legislação. Só é permitida a distribuição de carnes picadas, preparados de carne e produtos à base de carne desde que devidamente acondicionados. [/72] Finalmente, os veículos e as suas caixas, bem como os recipientes e equipamentos utilizados na distribuição das carnes e produtos devem ser lavados e desinfectados após cada utilização, utilizando detergentes e desinfectantes adequados para instalações de géneros alimentícios.
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            • name Marcas de salubridade e identificação
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            • scriptA marca de salubridade é aplicada no matadouro na presença do Médico Veterinário Oficial, enquanto a marca de identificação é usada nas salas de desmancha e nas indústrias. Além disso, esta só pode ser aplicada a carne inspecionada e aprovada. Pode ser a tinta ou a fogo na superfície exterior da carcaça, para que se forem desmanchadas em meias carcaças, em quartos ou em três peças cada uma ostente uma marca. Por fim, deve ser colocada antes do produto deixar o estabelecimento. [/72] A marca de salubridade não pode ser removida das carnes excepto se esta for cortada ou processada. É que os operadores do sector alimentar não podem colocar no mercado produtos de origem animal manipulados num estabelecimento sujeito a aprovação sem uma marca de salubridade. Deste modo, a marca oficial deve ser aplicada à carne ou embalagem de uma forma que seja destruída quando é aberta. [/73] (exemplo) A marca deve ser legível, indelével e ostentar caracteres facilmente decifráveis. Deve indicar o nome do país em que se situa o estabelecimento e o seu número de aprovação, as letras CE e ser de forma oval, com pelo menos 6,5 cm de largura e 4,5 cm de altura. As dimensões da marca e dos caracteres que compõem a marca de salubridade são reduzidas a metade no caso da marcação de borregos, cabritos e leitões. [/74] (sai exemplo) Outras considerações importantes vão para o tamanho dos caracteres. A letras devem ter 8 milímetros de tamanho, números com 10 milímetros e a espessura da oval 3 milímetros. [/75] [76] Além de tudo isto, a marca tem que ter o número oficial do estabelecimento e deverá ser colocada de modo a não poder ser reutilizada e a ser legível. Pode ser impressa num rótulo afixado ao produto ou embalagem ou ser uma etiqueta não amovível feita de material resistente. [/76] A marca de identificação deve ser do último estabelecimento que processou o produto. No caso do armazenamento, mantêm as respectivas marcas devendo a marca do estabelecimento de armazenagem ser aposta na documentação dos produtos expedidos. No caso das embalagens que contenham carne cortada ou miudezas, a marca de identificação deve ser colocada num rótulo fixado ou impressa na embalagem de forma a que seja destruída aquando da sua abertura, não sendo, todavia, necessário este requisito se o processo de abertura destruir a embalagem. Sempre que o acondicionamento conferir a mesma proteção do que a embalagem, o rótulo com a marca de identificação pode ser posto no acondicionamento. (exemplo) Sempre que os produtos de origem animal sejam colocados numa embalagem destinada ao fornecimento direto ao consumidor, basta que a marca de identificação seja colocada unicamente no exterior da embalagem, e que as dimensões mínimas dos caracteres inseridos na marca de identificação sejam superiores ou iguais a 0.2 cm. [/77] (sai exemplo).
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        • nameResponsabilidade do operador e auto-controlo no estabelecimento
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            • nameNoções gerais
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            • scriptDe acordo com a regulamentação, os operadores são responsáveis por implementar um sistema baseado nos princípios do HACCP no seu estabelecimento, ou seja, um sistema de autocontrolo. Assim sendo, devem mantê-lo e atualizá-lo permanentemente, mantendo os documentos e registos devidamente arquivados e atualizados. [78] O objetivo é a venda de alimentos seguros aos consumidores. [/78] Antes da implementação deste sistema, devemos ter os pré-requisitos bem montados para que o nosso sistema possa funcionar em pleno. Os pré-requisitos são um conjunto de procedimentos que controlam condições operacionais dentro de uma empresa alimentar, favorecendo o estabelecimento de condições ambientais favoráveis à produção de alimentos seguros. [79] Estes procedimentos são: - estruturas e equipamentos, - adequado abastecimento de água potável, - plano de higiene e limpeza, - plano de manutenção, - plano de controlo de pragas, - plano de formação, - E finalmente, recolha de resíduos. [/79]
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            • namePlano de higienização
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            • scriptSeja uma grande indústria ou um pequeno retalhista, a higiene deve ser encarada pelo operador do sector alimentar como uma necessidade. É que um plano de higienização adequado ao operador do sector alimentar é fundamental para a eficácia do sistema de segurança alimentar. Assim sendo, este plano deve contemplar a limpeza e desinfeção das superfícies em contacto com os alimentos, assim como quem realizará a tarefa, com que produtos e equipamentos e com que frequência. [80] A limpeza consiste na remoção de terra, resíduos de alimentos, sujidade, gordura ou outra matéria indesejada. Já a desinfeção passa pela redução do número de microrganismos no ambiente por meio de agentes químicos ou métodos físicos, como o objetivo de atingir um nível que não comprometa a segurança e a adequação dos alimentos. [/80] [81]O procedimento de higienização, genericamente, deve sempre contemplar os seguintes passos: 1. Pré-limpeza ou limpeza a seco, destinada a remover resíduos mais grosseiros sem a utilização de agentes químicos; 2. Limpeza com a aplicação de agente de limpeza, ou seja, um detergente apropriado ao tipo de sujidade encontrada; 3. Enxaguamento, para remoção de sujidade e detergente; 4. Desinfeção, com a aplicação de agente desinfetante que assegure a eliminação ou redução do número de microrganismos presentes na superfície; 5. E finalmente o enxaguamento final para remoção do agente desinfetante [/81] Devemos ainda ter em conta que num Plano de Higiene, o tipo de produtos utilizados nas operações de higienização deve encontrar-se inequivocamente descrito, sendo necessária a presença da respetiva ficha técnica e ficha de segurança do produto. [82] Com esta documentação, pretende- se evitar que sejam utilizados agentes impróprios para a higienização de superfícies em contacto com os alimentos, que o agente de limpeza seja utilizado para fins não apropriados, assim como proteger o operador de eventuais acidentes causados pelo contacto com o agente de limpeza. [/82]
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            • nameControlo de pragas
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            • scriptAs empresas deverão recorrer a entidades especializadas no controlo e erradicação de pragas, pela utilização de agentes químicos e/ou físicos. [83] Neste sentido, os planos de controlo de pragas deverão considerar as seguintes informações: - As espécies parasitárias suscetíveis de ocorrer no local e processo específico; - Sinais de alerta; - Danos e consequências potenciais da ocorrência de cada uma das espécies identificadas; - Procedimento de controlo (incluindo referência e caracterização dos agentes químicos ou físicos utilizados); - Locais de colocação dos iscos (com planta); - Periodicidade das atividades de controlo e monitorização; - Responsáveis pela execução das atividades de controlo de pragas; - Responsáveis pela verificação da implementação e eficácia do plano; -Forma de registo das atividades. [/83] [84] Finalmente, os documentos associados ao Controlo de Pragas devem ser arquivados e facilmente acessíveis e incluir o seguinte: - Contrato de prestação de serviço; planta com localização dos iscos; - Fichas técnicas e autorização de utilização dos produtos químicos eventualmente utilizados nos tratamentos de desinfestação; certificados de serviço emitidos pela empresa contratada; - Registos de verificação da eficácia do processo; - Notas de ocorrência de pragas. De notar que os procedimentos de controlo de pragas terão sempre de assegurar a segurança dos géneros alimentícios, não podendo colocar em causa a contaminação dos mesmos pela sua aplicação. [/84]
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            • scriptA rastreabilidade é a capacidade de detetar a origem e seguir o rasto de um género alimentício, de uma animal produtor de géneros alimentícios ou de uma substância destinada a neles ser incorporada ou com probabilidade de o ser ao longo de todas as fases de produção, transformação e distribuição. A rastreabilidade dos géneros alimentícios e respetivos ingredientes ao longo da cadeia alimentar constitui um elemento essencial para garantir a sua segurança. Por estes motivos, os estabelecimentos devem ter sistemas adequados para a retirada de produtos da circulação. Além disso, as autoridades devem ser notificadas quando os operadores retirarem algum produto da circulação. [85] Assim, os sistemas de rastreabilidade devem ser capazes de: 1. Bloquear ou retirar o produto da circulação. O operador do estabelecimento adota medidas para evitar a distribuição, exibição ou colocação à venda de um produto que não é seguro ou adequado ao consumo humano. 2. Recolher o produto, em que são aplicadas medidas para retorno de um produto inseguro ou inadequado que já tenha sido fornecido ou disponibilizado aos consumidores. 3. Retenção do produto, em que a autoridade competente aplica medidas para garantir que este não é removido nem falseado enquanto estiver pendente uma decisão acerca do destino a dar-lhe. [/85] [86] Por outro lado, os sistemas de retirada de produto concebidos pelo operador do estabelecimento devem: 1. Incorporar a identificação, gestão e procedimentos operacionais que facilitem a remoção rápida e completa dos lotes implicados; 2. Fornecer registos que facilitem a rastreabilidade até à origem do problema; 3. Fornecer registos que facilitem a investigação de quaisquer introduções realizadas no decurso do processamento passíveis de estarem implicadas; 4. Serem revistos e testados periodicamente; 5. E Incluir o recurso à comunicação quando for necessário. [/86] [87] Para terminar, outro aspeto importante são os métodos de rastreabilidade. Estes são: - Rotulagem, - Documentos de acompanhamento, - Registos, - E Identificação. [/87]
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            • nameReceção e entrega de produtos
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            • script[88] Os operadores devem dispor de sistemas e de procedimentos para identificar as pessoas das quais recebem ou entregam os produtos tais como: - O nome e endereço dos fornecedores e natureza dos produtos por eles fornecidos; - Nome e endereço dos clientes e natureza dos produtos que lhes foram entregues e datas das transações; - E também, se possível, volume ou quantidade, número de lote e descrição pormenorizada do produto. [/88] [89] Estes registos devem ser conservados durante 5 anos nos alimentos sem prazo de validade específico; +6meses nos produtos com prazo de validade superior a 3 meses, e 6 meses após a data de fabrico quando o prazo é inferior a 3 meses ou sem data especificada. [/89] É importante lembrar que a manutenção da cadeia de frio deve ser assegurada em todos os momentos para que os produtos cheguem em segurança até ao consumidor final. Além disso, a temperatura deve ser medida na receção dos produtos e na armazenagem em intervalos frequentes e regulares e verificada periodicamente. Devem ser efetuados registos das medições. Este procedimento deve ser efetuado pelo menos duas vezes por dia.
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            • nameSíntese Geral
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            • scriptComo pudemos ver, a manipulação de carnes é um tema bastante complexo, embora o possa não parecer numa primeira análise. É que estamos a falar de algo que envolve uma quantidade enorme de processos que são necessários para que se garanta, sem falhas, a qualidade do produto e a sua higiene e segurança para os consumidores. Todos os intervenientes envolvidos neste processo e todos e quaisquer riscos devem ser avaliados e analisados. Desde o ambiente em que a carne é trabalhada, os manipuladores, acessório,s instalações e equipamentos, processos de acondicionamento, embalagens, distribuição e venda.... Enfim, nada deve escapar ao controlo exigente que se pede aos profissionais desta área. É perfeitamente normal que as pessoas, em suas casas ou no restaurante, olhem para o seu prato e vejam no seu bife apenas um pedacinho de carne a saborear. Mas a verdade é que, para nós, profissionais, trata-se de algo que merece toda a nossa atenção e cuidado. E eu tenho a certeza que este curso a que acabou de assistir contribuiu para que se torne mais eficiente no seu trabalho, oferecendo-lhe toda a informação de que precisa para o correto desempenho da sua atividade. O meu nome é Ana Teresa e este foi o curso de Manipulação de Carnes. Até uma próxima.
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      • nameCurso Manipuladores de Carnes - Renovação - 4 horas
      • descriptionA carne é um dos principais veículos de transmissão de doenças humanas de origem alimentar. A manipulação de carnes deve garantir um elevado nível de proteção do consumidor em matéria de segurança dos géneros alimentícios. Para tal, é necessário estabelecer alguns objetivos, tais como a redução de organismos patogénicos ou a definição de níveis de desempenho, que deverá orientar a implementação das regras de higiene. Depois de ter assistido ao Curso de Manipuladores de Carnes de 15 horas, seja bem-vindo ao curso de renovação. Lembre-se de tudo o que aprendeu anteriormente e reforce os seus conhecimentos.
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      • nameSegurança e higiene no trabalho
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            • scriptNos nossos dias, a carne tem sido tradicionalmente vista como veículo de um número significativo de doenças humanas de origem alimentar. Por estas razões, as novas regras gerais e específicas da higiene têm por principal objectivo garantir um elevado nível de proteção do consumidor. Deste modo, é importante estabelecer objetivos, tais como a redução de organismos patogénicos ou a definição de níveis de desempenho, que mais tarde deverão orientar a implementação das regras de higiene. Por isso, é fundamental que o consumidor confie e tenha a garantia que a carne que come é segura e adequada para consumo. O curso que está neste momento a ver tem como objetivo a renovação da licença para profissionais da manipulação de carnes, sendo equivalente ao curso presencial de 4 horas. Vamos começar!
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            • scriptO sistema de análise de perigos é uma metodologia preventiva com o objectivo de evitar potenciais riscos que causem danos aos consumidores através da redução ou eliminação dos perigos, de forma a garantir que não sejam colocados à disposição do consumidor alimentos não seguros. [1]Na área alimentar podemos considerar os perigos físicos: fragmentos de vidro, plástico, metal, cascas, espinhas, adornos ou outros materiais estranhos que possam causar dano ao consumidor; [/1] [2] perigos químicos: resíduos de detergentes, óleos, tintas, pesticidas, medicamentos [/2] [3] e perigos biológicos: bactérias, vírus, parasitas. [/3] Para prevenir, reduzir ou eliminar os perigos devemos implementar os pré-requisitos, que controlam o meio envolvente e os sistemas baseados nos princípios HACCP que controlam o processo produtivo.
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            • nameMicrobiologia da higiene alimentar
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            • scriptAs bactérias, os fungos e as leveduras podem provocar alterações na carne. As carnes quando contaminadas servem como alimento e facilmente se deterioram até se tornarem impróprias para consumo. Pode haver fermentação, putrefacção ou alteração da aparência. Na fermentação, os gases são geralmente inodoros enquanto na putrefacção têm um cheiro desagradável. Quando os microrganismos se desenvolvem à superfície, há uma alteração na aparência. Quanto menor o pedaço de carne, mais intensas são as alterações. Para prevenir, devemos manter sempre a cadeia de frio e também a higiene dos processos. A contaminação durante o abate ou manipulação não é reversível pelo frio. [4] As doenças de origem alimentar são de origem infeciosa ou tóxica, provocadas por agentes que entram no organismo através da água ou dos alimentos. Muitas dessas doenças têm sintomas comuns: diarreia, dores abdominais, vómitos e desidratação. [/4] Os sintomas aparecem após um período de incubação que se inicia após a ingestão do alimento ou da água contaminada, e podem ser provocadas por bactérias, vírus, parasitas. A sua prevenção é feita através da limpeza de todas as superfícies e equipamentos que contactam com os alimentos, da correta higienização das mãos e fardas dos manipuladores, uso de água potável, proteção contra as pragas, manutenção da cadeia de frio, correto armazenamento, separação entre produtos, e pelo correto acondicionamento e embalagem.
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            • scriptQuando nos referimos à higiene dos manipuladores de carnes, referimo-nos ao estado de limpeza do corpo, roupa e calçado do manipulador. Um manipulador tem de manter uma higiene cuidada para não transmitir microrganismos aos alimentos. Além disso, deve fazer exames médicos no momento da admissão e depois todos os anos ou de 2 em 2 anos, consoante a idade. [5] Os manipuladores não devem estar em contacto com os alimentos quando têm: vómitos, diarreias, doenças de pele, doenças infeciosas, inflamações na garganta, olhos, nariz, ouvidos, expeturação, tosse, gripe ou corrimento nasal. [/5]
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            • scriptOs processos de limpeza e desinfecção são fundamentais para a produção alimentar, tendo grande influência na qualidade dos produtos a a eficácia com que são efetuados. Falhas ou insuficiências nestes procedimentos podem estar na origem de alterações e contaminações por microrganismos. A limpeza deve fazer-se a intervalos regulares e frequentes e deve ser encarada como parte integrante do trabalho. [6] O seu objectivo deve ser reduzir ou eliminar os perigos inerentes à manipulação de alimentos, retardar ou prevenir alterações nos alimentos, destruir ou eliminar os microrganismos. [/6] [7] As operações são: trabalho preparatório ou pré-limpeza, onde são removidos restos de produtos, derrames e são retirados os utensílios e equipamentos móveis; limpeza, com detergente e finalmente desinfecção usando um desinfectante. [/7] A limpeza usa-se para remover a matéria orgânica e outras sujidades e a desinfecção para eliminar microrganismos. A água é usada como solvente de todos os agentes de limpeza e desinfecção, em lavagens intermédias ou enxaguamentos e na lavagem final dos equipamentos e instalações. A qualidade da água é muito importante para a eficiência dos processos de higienização.
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            • script[8] Os materiais de acondicionamento e embalagem devem obedecer a todos os requisitos de higiene e serem perfeitamente inócuos: não podem alterar as características organolépticas da carne; não podem transmitir à carne substâncias nocivas à saúde humana; e devem ser suficientemente sólidas para assegurar uma proteção eficaz durante o transporte e as manipulações. Os materiais de acondicionamento – invólucro ou recipiente diretamente em contacto com a carne - devem ser transparentes, incolores e não podem voltar a ser utilizados no acondicionamento das carnes. Por isso, devemos ter atenção e usar embalagens apropriadas. [/8] A embalagem deve ser suficientemente rígida para assegurar uma proteção eficaz durante o transporte e manipulação e ser mantida em bom estado de limpeza. Devemos ter atenção e usar embalagens apropriadas. O acondicionamento não dispensa a embalagem, excepto nos casos em que o material utilizado para o efeito satisfaça as condições de proteção exigidas para a embalagem. Neste caso, o material de acondicionamento não deve ser incolor nem transparente.
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            • script[9] Na rotulagem da embalagem do dia deve constar o nome e morada do acondicionador, a denominação de venda (ou seja, a espécie, peça ou finalidade), a data de acondicionamento, a data limite de consumo, as condições de conservação e a quantidade líquida. [/9] [10] Os Pré-embalados são produtos cuja embalagem impede que o seu conteúdo possa ser modificado sem que aquela seja aberta ou alterada e que não permite a libertação de partículas, fragmentos, poeiras ou escorrências que possam conspurcar ou contaminar os expositores bem como os produtos circundantes. [/10] Já o lote é um conjunto de unidades de venda de um género alimentício produzido, fabricado ou acondicionado em circunstâncias praticamente idênticas. Nas carnes frescas, é um grupo de animais cujas carcaças ou carne, desmanchadas ou cortadas em estabelecimentos de desmancha aprovados, apresentem as menções obrigatórias nos respectivos rótulos iguais entre si, não podendo a dimensão do grupo exceder a produção de um dia desse estabelecimento. A identificação do lote é essencial para a retirada do produto do mercado e facilita a eficaz rotação dos stocks. Cada embalagem deve ser marcada de forma permanente com a identificação do produtor e do lote. Essa indicação deve ser precedida pela letra “L”, excepto nos casos em que se distinga claramente das outras menções da rotulagem. A indicação do lote é ainda obrigatória para os géneros alimentícios não pré-embalados, na fase anterior à sua exposição e venda ao consumidor final, devendo figurar na embalagem ou recipiente que os acondicione ou, na sua falta, nos respectivos documentos de venda. [11] O lote é determinado pelo produtor, fabricante ou acondicionador do género alimentício ou, no caso de produtos provenientes de países não comunitários, pelo primeiro vendedor estabelecido no interior da comunidade. Quando a data de durabilidade mínima ou a data limite de consumo figurar no rótulo, a indicação do lote pode não acompanhar o género alimentício, desde que essa data seja composta pela indicação, clara e por ordem, do dia e do mês. [/11]
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            • script[12] A data de durabilidade mínima, a figurar na rotulagem, deve ser indicada de forma clara, segundo a ordem do dia, mês e ano, de acordo com os critérios seguintes: a) Quando a durabilidade do género alimentício for inferior a 3 meses, é suficiente a indicação do dia e do mês; b) Quando a durabilidade do género alimentício for de 3 a 18 meses, é suficiente a indicação do mês e do ano; c) Quando a durabilidade do género alimentício for superior a 18 meses, é suficiente a indicação do ano. [/12] [13] A data de durabilidade mínima deve ser indicada por uma das seguintes menções: a) «Consumir de preferência antes de...», quando a data indique o dia; b) «Consumir de preferência antes do fim de...», nos restantes casos. [/13] As referências do dia, do mês e do ano podem ser inscritas em local separado da respectiva menção, desde que junto a esta se indique o local da embalagem onde constam. A data de durabilidade mínima é estabelecida pela entidade responsável pela rotulagem, devendo observar, quando existam, os períodos de durabilidade previstos pela legislação. Nos géneros alimentícios microbiologicamente muito perecíveis e que, por essa razão, sejam susceptíveis de apresentar um perigo imediato para a saúde humana, a data de durabilidade mínima deve ser substituída pela data limite de consumo. [14] Esta deve ser precedida da expressão ”Consumir até” com a indicação do dia e do mês e eventualmente do ano, segundo esta ordem. As referências do dia e do mês podem ser inscritas em local separado desde que nesta seja feita referência expressa ao local da embalagem onde a mesma é indicada. [/14] A data limite de consumo é estabelecida pela entidade responsável pela rotulagem, devendo observar, quando existam, os períodos previstos em diploma legal ou norma portuguesa obrigatória. Devemos lembrar que é proibida a comercialização dos géneros alimentícios relativamente aos quais a data limite de consumo se encontre ultrapassada.
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            • scriptA rastreabilidade é a capacidade de detectar a origem e seguir o rasto de um género alimentício, de uma animal produtor de géneros alimentícios ou de uma substância destinada a ser incorporada neles ou com probabilidade de o ser ao longo de todas as fases de produção, transformação e distribuição. Por isso, a rastreabilidade dos géneros alimentícios e respectivos ingredientes ao longo da cadeia alimentar constitui um elemento essencial para garantir a segurança dos mesmos. Neste sentido, o objectivo é a retirada do produto do mercado. Isto é conseguido através da rotulagem, dos documentos de acompanhamento e dos registos. Os operadores devem dispor de sistemas e de procedimentos para identificar os operadores dos quais recebem ou entregam os produtos.
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            • scriptDurante a distribuição as carnes e os seus produtos devem ser mantidas às temperaturas internas exigidas para a sua conservação, quer sejam refrigeradas, congeladas ou ultracongeladas. Esta deve ser feita o mais rapidamente possível. A carne e seus produtos destinados aos locais de venda só podem provir de estabelecimentos devidamente licenciados e não podem ser distribuídos para outros locais de comércio a retalho. []É permitida a distribuição de carne e seus produtos dos locais de venda a retalho para o domicílio do consumidor desde que não ultrapasse um raio de 50 km, que a temperatura durante o trajeto não ultrapasse os valores previstos e que estejam protegidos de conspurcações e contaminações. [] As caixas dos veículos usados na distribuição devem estar em perfeito estado de limpeza e conservação, não permitirem escorrências para o exterior e terem isolamento que limite as trocas térmicas entre o interior e o exterior. Não é permitido o transporte simultâneo de outras mercadorias, subprodutos não destinados a consumo humano, objectos e pessoas estranhas. Nos locais de venda, a carne deve ser manipulada com todos os cuidados higiénicos para evitar a conspurcação e contaminação. É proibida a permanência, nos locais de laboração de pessoas, produtos ou materiais estranhos às suas instalações e ao seu funcionamento. Finalmente, na recepção da carne e seus produtos é necessário verificar se o veículo de transporte está devidamente higienizado e se a temperatura está correcta. Devemos ter atenção à rotulagem e marcas de salubridade e à aparência do produto.
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            • scriptA marca de salubridade é aplicada no matadouro na presença do Médico Veterinário Oficial enquanto a marca de identificação é usada nas salas de desmancha e nas indústrias. A marca de salubridade só pode ser aplicada a carne inspecionada e aprovada. Pode ser a tinta ou a fogo na superfície exterior da carcaça, para que se forem desmanchadas em meias carcaças, em quartos ou em três peças cada uma ostente uma marca. Deve ser aposta antes do produto deixar o estabelecimento. A marca de salubridade não pode ser removida das carnes excepto se esta for cortada ou processada. Os operadores do sector alimentar não podem colocar no mercado produtos de origem animal manipulados num estabelecimento sujeito a aprovação sem uma marca de salubridade. A marca oficial deve ser aplicada à carne ou embalagem de uma forma que seja destruída quando é aberta.
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            • scriptAté aqui já falamos de todos os aspetos fundamentais que convém recordar para que desenvolva corretamente a sua prática profissional dentro desta área. No entanto, para que conclua com sucesso este curso de renovação, deve ainda rever a questão das temperaturas de distribuição, conservação e exposição das carnes e seus produtos. Consulte o documento em anexo e saiba tudo ao pormenor sobre este tema. Até já.
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            • scriptAgora que chegou a este ponto, parabéns! Acabou de concluir o curso de renovação da sua licença! Agora que revisitou todos os aspetos fundamentais para a correta prática da sua atividade, não tenho qualquer dúvida que se sente um profissional mais capaz e mais eficiente. Não se esqueça de aplicar todos estes conhecimentos no seu dia-a-dia de forma a garantir a segurança dos alimentos produzidos. É que, na verdade, estamos a falar da saúde dos consumidores e, para tal, deve ser ter sempre em mente todo o rigor e exigência que é pedido neste setor. O meu nome é Ana Teresa Monteiro e para mim foi um prazer acompanhá-lo neste processo de aprendizagem! Até uma próxima!
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App Constants

CakePHP Constants

PHP Environment

Included Files

Include Paths

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Included Files

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  • Utility
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    • Plugin
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  • Inv
    • Config
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  • Uploader
    • Behavior
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